quinta-feira, 2 de julho de 2009

Transformers - A Vingança dos Derrotados

02/julho/2009

Transformers: Revenge of Fallen (EUA, 2009)
De Michael Bay. Com Shia LaBeouf, Megan Fox, Josh Duhamel, Tyrese Gibson, John Turturro, Ramon Rodriguez.

Antes de conferir "Transformers 2" no cinema, tinha lido uma entrevista com Michael Bay que ele dizia que fez os dois filmes da franquia para garantir bom entretenimento aos seus espectadores. A crítica, a essa altura do campeonato, já tinha massacrado o segundo exemplar da franquia, porém os fãs não deram nem bola e fizeram o filme quebrar recordes de bilheteria (o melhor fim de semana de estreia, atrás apenas de "Batman - O Cavaleiro das Trevas", sexta melhor estreia do ano no Brasil). Mas afinal, "A Vingança dos Derrotados" é tão ruim assim? Talvez um olhar descompromissado resolva a questão.

Na nova aventura, Sam Witwicky vai para a faculdade, enquanto os Autobots lutam ao lado do exército americano, caçando Decepticons reminescentes. Porém, Sam entra em contato com um fragmento do Cubo e absorve todo o conhecimento que pode salvar a raça dos Decepticons da extinção. Os robôs do mal, que estão monitorando todas as atividades terrestres para saber a hora certa de voltar, descobrem esse fato e começam a caçar Sam e sua namorada Mikaela. Para tal, revivem Megatron e dão poderes a um antigo líder, The Fallen, que só pode ser destruído por um Prime, nesse caso Optimus Prime. A caçada começa com Sam tentando descobrir o mistério dos símbolos que enxerga na sua mente e a luta entre Autobots e Decepticons mais uma vez,o que pode resultar na explosão do sol e na extinção da humanidade.

Não é preciso ser genio pra adivinhar que o filme tem explosões, lutas, batidas e muitos efeitos especiais. O problema é que Michael Bay mandou ver nos efeitos e desprezou a história toda, fazendo com que ela fique confusa e perdida às vezes. Personagens secundários toscos (os gêmeos e o carrinho decepticon) e uma precariedade de alguns efeitos sonoros contribuem para a imagem ruim. Para se ter uma ideia, em uma sequncia em que uma ponte enorme é destruída em Xangai, não há um único ruído feito quando o concreto tomba no chão, mas o que ouvimos são os ruídos metalicos do robô derrotado.

Há ainda a aposta na sensualidade de Megan Fox (sempre salvadora da pátria nesses casos) e na bestialidade do próprio Sam, que torna-se bobo demais. Porém, se você jogar seu olhar crítico no lixo antes de entrar na sala de exibição, assim como eu tentei fazer, vai encontrar um filme divertido e cheio de ação, típico exemplar do pipoca. É só uma pena que a indústria esteja utilizando eses recursos para se manter viva ( e muito viva), ou seja, dinheiro pelo dinheiro. Mas nesse caso, há muita diversão também, e nesse ponto Michael Bay acertou em chei.

Nota: 6,5

Um comentário:

Anderson Siqueira disse...

Bem inferior ao anterior. Efeitos visuais não satisfatórios e roteiro abaixo do esperado. Os diálogos ganharam o prêmio de vagacidade e medriocrisidade. Michael Bay errou a mão ao tentar maximizar os personagens e perdeu o foco da história. Um filme que tenta mostrar muita coisa e se confunde. A trilha sonora continua acompanhando as cenas e a proposta de entretenimento, porém o filme torna-se cansativo e monótono. Várias cenas são genéricas do filme anterior. Os erros de continuidade são intermináveis. As atuações são boas, mas nada demais.

SORO: EDIÇÃO; TRILHA SONORA.

VENENO: ROTEIRO; EFEITOS VISUAIS; ROTEIRO.

NOTA (0 a 5): 3,5
***