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domingo, 11 de janeiro de 2009

Sete Vidas

Seven Pounds (EUA 2008)
De Gabrielle Muccino. Com Will Smith, Rosario Dawson, Woody Harrelson.

Quando um filme tem Will Smith no elenco, uma coisa é certa: grandes filas dobrando esquinas para ver a obra, tendo absoluta certeza de que Will vai arrasar. Em 2008 foi assim com Eu Sou a Lenda e foi assim com Hancock. E assim também é com este Sete Vidas, onde o ator repete a parceria com o diretor Gabrielle Muccino, o mesmo de À Procura da Felicidade, que quase rendeu um Oscar a Smith. E é a mesma capacidade de achar que Will Smith segura um filme sozinho que leva esse exemplar a um marasmo, mesmo que tenha um final surpreendente e bem intensionado.

Will Smith é Ben, um homem que pretende mudar a vida de sete pessoas diferentes que passam por dificuldades. É nesse contexto que ele conhece uma mulher que precisa de um transplante de coração, um radialista cego, uma mexicana que apanha do namorado. Essas pessoas receberão a mudança mais inesperada em suas vidas, mas como Ben irá ajudar essas pessoas? E como não se envolver o suficiente com suas histórias? É o que acontece com a mulher do transplante, interpretada - brilhantemente - por Rosario Dawson. Ben acaba se envolvendo emocionalmente, mas a forma como vai salvar a vida dessas pessoas, supera qualquer trauma.

Vamos lá. O filme é bom, tem apelo e expulsa algumas lágrimas dos olhos. Will Smith, é óbvio, está muito bem, tão bem que Rosario Dawson tem que suar pra sair de sua sombra. Mas o roteiro enrola em alguns aspectos, provocando uma sensação de monotonia, sobretudo no meio do filme. Ele perde-se tentando explicar apenas a personagem de Rosario, enquanto os outros são simples coadjuvantes que precisam estar lá pra somar sete. Woody Harrelson que o diga. Mas, apesar de tudo, do meio para o fim a história se desenvolve e o filme se agiliza, revelando um final surpreendente. Bem que poderia ser melhor, pelo bem de Will.

Nota: 6,0

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