21 de dezembro de 2012. O mundo acabou? Não. Pelo menos, não
ainda, já que estou escrevendo às 15h31 do referido dia, ou seja, tudo ainda
pode acontecer. Mas se você está lendo isso do dia 22 em diante, não, o mundo
não acabou. Seja pelos Maias, por Nostradamus, ou por qualquer outro profeta do
Apocalipse, o fim do mundo não fez tanto sucesso quanto ele já fez nas telonas
do cinema, visto que o povo adora um filme-catástrofe. Então, já que o mundo
não vai acabar por agora, nada melhor do que conferir os principais filmes
sobre o tema. Quem sabe não dá pra aprender algumas regras quando o fim
realmente chegar?
Last Night (1998). De Don McKellar. Com Don McKellar, Sandra
Oh e Sarah Polley.
31 de dezembro de 1999, você lembra desta data? Com a
chegada do ano 2000, muita gente realmente achou que o mundo ia acabar e é
justamente disso que trata o filme. Um grupo de diferentes indivíduos se
encontra para decidir como passar o último dia da Terra, já que em 31/12/1999 é
o derradeiro. O roteiro mostra como o fim afeta a vida dos moradores da cidade
de Toronto, no Canadá, que tentam colocar em prática suas últimas vontades
antes do apocalipse.
Por que vê-lo antes do fim: foi premiado em Cannes e tem a
participação de ninguém menos do que David Cronemberg (ele mesmo) como ator.
End of Days (1999). De Peter Hyams. Com Arnold Schwarzenegger, Gabriel Byrne e
Robin Tunney.
Outro que se passa no final do século XX. Desta vez, o
demônio em pessoa, interpretado por Gabriel Byrne, vem à Terra em busca de uma
noiva para procriar e, assim, fazer nascer o Anticristo, cumprindo as profecias
sagradas sobre o (er) fim dos dias. Cabe a ninguém mais, ninguém menos do que
Arnold Schwarzenegger a defender a pobre Christine York (Robin Tunney) das
garras de Satã e, assim, evitar o destino terrível da humanidade.
Por que vê-lo antes do fim: Arnold Schwarzenegger versus o
Diabo. É o embate do século! Além disso, os efeitos especiais são bem legais
(para 1999) e trata de um dos fins mais aceitáveis para a maioria dos cristãos,
a chegada do Anticristo.
When Worlds Collide (1951). De Rudolph Maté. Com Barbara
Rush e John Hoyt.
Essa ficção científica de 1951 mostra que um planeta está em
rota de colisão com a Terra. Sendo assim, um milionário constrói uma nave (!)
que poderá levar alguns poucos escolhidos (!!) a outro planeta seguro (!!!).
Tá, vamos combinar que na década de 50 esses filmes de ficção científica eram
um tanto quanto toscos, dado o orçamento, e que as possibilidades de isso aí
dar certo na vida real são absurdas. Mas vale pelo pioneirismo do filme e pelo
retrato de como as pessoas encaravam a vida lá fora antigamente.
Por que vê-lo antes do fim: Ganhou o Oscar de Efeitos
Especiais em 1951, o que quer dizer muita coisa.
(1998) De
Michael Bay. Com Bruce Willis, Billy Bob Thorthon e Ben Affleck.
Se Roland Emmerich estivesse muito ocupado para dirigir a
cerimônia do fim do mundo, o substituto ideal seria Michael Bay. Em “Armageddon”,
um asteroide de proporções colossais está se aproximando da Terra em (pausa
para o suspense) 1999! Dá pra ver que porque tanto terror na virada do milênio!
Cabe a uma equipe de astronautas, liderada por Bruce Willis, embarcar em uma
missão para destruir o tal asteroide.
Por que vê-lo antes do fim: “I don’t wanna close my eeeeeyes...”
Se você não ver pelas explosões, por Bruce Willis explodindo um asteroide, e
por todo o drama do filme, veja pela música "I Don't Wanna Miss a Thing" do Aerosmith, indicada ao Oscar de
melhor canção.
(1996) De
Roland Emmerich. Com Will Smith, Bill Pullman e Jeff Goldblum.
“Independence Day” é um marco dos filmes-catástrofe, por seu
apuro técnico e sua primazia em efeitos especiais. No dia da Independência dos Estados Unidos,
uma nave alienígena se aproxima, deixando a população em pânico. Após um
primeiro contato mal sucedido, com a nave alienígena destruindo tudo em seu
caminho, uma equipe de fuzileiros entra em ação pra combater o mal vindo do
espaço, antes que a destruição seja pior. Até o presidente dos EUA é
requisitado pra entrar no meio da ação.
Por que vê-lo antes do fim: Porque tem Will Smith em um dos
seus primeiros grandes papeis no cinema, no início da carreira cinematográfica,
e um dos últimos papeis relevantes de Jeff Goldblum. Fora isso, os efeitos
ainda são de tirar o fôlego. Quem não se lembra da Casa Branca sendo destruída
como se fosse feita de cartas de baralho?
Seeking a
Friend for the End of the World (2012). De Lorene Scafaria. Com Steve
Carrell e Keira Knightley.
Esse estreou por aqui e passou quase despercebido. Um dos
filmes mais fofos do ano, aproveitando o gancho de que o mundo iria acabar em
2012, mostra um homem recém-abandonado pela esposa que resolve ajudar uma
desconhecida a chegar em segurança na casa de sua família, na Inglaterra.
Enquanto isso, o mundo se prepara para o fim anunciado e é tomado por saques,
ataques de pânico, explosões, etc.
Por que vê-lo antes do fim: Apesar de alguns momentos
cômicos, o filme é todo tomado por um tom dramático e melancólico, fazendo com
que as atuações de Steve Carrell e Keira Knightley fiquem mais intimistas.
Knowing (2009). De Alex Proyas. Com Nicolas Cage e Rose
Byrne.
Em “Presságio”, Nicolas Cage investiga uma profecia deixada
em uma cápsula do tempo, aberta na escola do filho 50 anos depois. Na profecia,
uma série de números que cruzam com diversos acidentes. O último deles
indicaria o fim da humanidade e, de alguma forma, o filho do personagem de Cage
está envolvido.
Por que vê-lo antes do fim: São cenas impressionantes de
desastres e várias outras de efeitos especiais. Alex Proyas mistura o
filme-catástrofe com um quê de suspense sobrenatural, embora o fim deixe a
desejar. Nicolas Cage entrega uma boa atuação, coisa que está rara
recentemente.
3 Impacto Profundo
Deep Impact (1998). De Mimi Leder. Com Robert Duvall, Téa Leoni, Morgan Freeman e
Elijah Wood.
Um dos melhores do gênero, “Impacto Profundo” mostra os
preparativos da Terra (leia-se Estados Unidos) diante do iminente impacto
(jura?) de um cometa em rota de colisão com o nosso planeta. Enquanto isso,
muito drama se desenrola, como a jornalista que não se dá bem com o pai, uma família
que procura desesperadamente fugir para as montanhas e a expectativa de quem
irá ser sorteado para o abrigo militar do governo.
Por que vê-lo antes do fim: Esse vale a pena. Um elenco de
peso entrega boas atuações e o filme convence. E tem Morgan Freeman como
presidente dos Estados Unidos. Imagina Morgan Freeman dando a notícia ao vivo
sobre o fim do mundo, num pronunciamento oficial. Vale só por isso.
Melancholia
(2011) De Lars Von Trier. Com Kirsten Dunst, Charlotte Gainsbourg, Kiefer
Sutherland e Alexander Skarsgaard.
Por causa deste filme, Lars Von Trier virou persona non
grata no Festival de Cannes, o que não ofuscou o brilhantismo do longa. “Melancolia”
traz Kirsten Dunst como uma mulher recém-casada que sofre uma espécie de
depressão profunda, impactando toda a sua família em plena festa de casamento.
Enquanto a irmã a ajuda a se recuperar, a família se isola em casa enquanto
rumores de que o planeta Melancolia estaria se aproximando da Terra começam a
aparecer.
Por que vê-lo antes do fim: Apesar de ser polêmico, Lars Von
Trier manda bem nesse filme, que traz a melhor atuação de Kirsten Dunst em toda
a sua carreira. O filme também se destaca por mostrar o drama particular de uma
família enquanto o mundo está prestes a acabar.
(2009) De
Roland Emmerich. Com John Cusack, Amanda Peet, Chiwetel Ejiofor e Thandie
Newton.
Em minha opinião, “2012” é o mais bem sucedido filme catástrofe
já produzido, apesar de falhas grosseiras no roteiro. Primeiro que ele mostra que
o fim do mundo é, realmente, o fim do Mundo todo, e não só dos EUA. Segundo que
Roland Emmerich soube aproveitar o gancho do apocalipse maia para criar a
atmosfera perfeita que o filme precisou. Sem falar nos efeitos especiais que
supera toda a lista deste post. O final poderia ser um tanto melhor, mas
satisfaz, depois de tanta aflição dos protagonistas.
Por que vê-lo antes do fim: Além do gancho certeiro (que
agora já foi) por causa da data 21/12/12, tem a destruição do Cristo Redentor e
de outros monumentos ao redor do mundo, os tsunamis no Tibete, o terremoto em
Los Angeles... nem dá pra especificar, veja o filme todo!