domingo, 28 de fevereiro de 2010
Alice no País das Maravilhas... de 1903!
"Alice" foi realizado apenas 37 anos depois de Carroll ter finalizado o livro e 8 anos após o nascimento do cinema! Ele foi restaurado pelo instituto britânico BFI Nacional Archive após muitos danos sofridos.
Antes de ver a versão do Tim Burton, dá uma olhada nessa.
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
"Cine Gestão" vai falar sobre Liderança Feminina com "Elizabeth - A Era de Ouro"
Pois o desafio do Cine Gestão vai ser retratar esse sucesso feminino nas telas do cinema. Entre tantas produções que poderiam ser abordadas, o filme escolhido para a ocasião foi "Elizabeth - A Era de Ouro", vencedor do Oscar de Melhor Figurino e ainda indicado a melhor atriz para Cate Blanchett ("O Aviador").
www.buscarh.com.br/elagestora
Release da palestra aqui.
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Mais um boicote de "Alice no País das Maravilhas"
Mais uma rede de cinemas decidiu boicotar o filme "Alice no País das Maravilhas" em protesto à decisão da Disney de reduzir para 12 semanas o tempo entre a data de lançamento do filme nos cinemas e a data de lançamento do DVD. Dessa vez foi a rede britânica Odeon, que não irá exibir o filme em suas 110 salas na Grã-Bretanha, além da Irlanda e da Itália.
Em nota, a rede afirmou ter investido quantias consideráveis de dinheiro para capacitar as salas de exibição com o melhor equipamento digital de projeção para lançar o filme em suas salas 3D. A Disney afirma que a redução do tempo para 12 semanas é para combater a pirataria. O temor da rede Odeon é que as 12 semanas se tornem algo comum e virem o novo padrão, ao invés das 17 semanas atuiais. Por sua vez, a Disney afirma que não pretende manter esse acordo em nenhum de seus próximos lançamentos.
Apesar de ter cinemas na Alemanha, na Áustria, na Espanha e em Portugal, nesse países a exibição está mantida porque neles o período de lançamento de DVD permanece inalterado. Outras redes de cinemas na Grã-Bretanha também se expressaram contra a decisão da Disney, mais ainda não se manifestaram a respeito. Apenas a rede Cineworld, que tem 150 salas, afirmou que chegou a um acordo satisfatório com a Disney e que vai manter a exibição.
Na semana passada, as redes de cinema Minerva, Pathé, Wolff e Jogchems, da Holanda, anunciaram o boicote ao filme de Tim Burton ("Ed Wood"). Juntas, elas representam 80% das salas de exibição de todo o país.
sábado, 20 de fevereiro de 2010
Educação
(UK, 2009). De Lone Scherfig. Com Carey Mulligan, Peter Sarsgaard, Rosamund Pike, Dominic Cooper, Alfred Molina, Olivia Williams e Emma Thompson.
Ah como é bom tirar o atraso cinematográfico. O que eu perdi semana passada não indo assistir às estreias da semana (#vergonha), ganhei na sessão dupla da última sexta-feira. Logo após assistir a "Preciosa" fui assistir ao inglês "Educação". E não poderia me dizer mais encantado com a aura do filme. O roteiro é muito, mas muito simples e acho que é isso que conquista quem está assistindo. "Educação" é de uma leveza tão poucas vezes vistas que faz você querer mais. A história do amor "proibido pero no mucho" entre uma menina de 17 anos e um homem mais velho não chega a ser totalmente escandalizadora, como se promete o trailer ou a sinopse. Mas é o que vem depois disso que chama a atenção.
Em meados dos anos 1960, Jenny é uma menina que está cursando o último ano do colegial e se prepara para os exames que devem levá-la para a Universidade de Oxford, para estudar inglês. Para conseguir esse objetivo, ela acarreta o maior número de atividades possiveis, o que pode fazer com que seu currículo seja excepcional, além das boas notas exigidas pelo pai. Um dia, Jenny aceita carona de um estranho, David, que é charmoso, interessante e despojado - ou seja, tudo o que pode atrair uma adolescente.O romance que surge a partir daí é óbvio, e nem chega a ser o principal do filme e sim como as atitudes das pessoas ao redor de Jenny vai mudando conforme seu relacionamento com David fica mais sério. Os dois passam a frequentar casas de jazz, galerias de arte, bons restaurantes. Até o pai de Jenny muda de atitude quando vê que David é um bom homem - o que na verdade ele não é. Quando Jenny percebe que, no fim das contas, ela pode acabar igual à sua mãe, uma dona-de-casa, ela começa se perguntar se é mesmo necessário toda a boa educação.
Com um enredo mais complicado do que se imagina de cara, "Educação" trata mais do moralismo de uma sociedade conservadora, que ecoa até os dias de hoje. Claro que a história de amor entre Jenny e David é o fio condutor de tudo, mas até para os amigos de David, despojados e vividos, a moral tem suas regras. Com roteiro de Nick Hornby (escritor de "Um Grande Garoto"), a diretora Lone Scherfig faz com que cada segundo do filme seja atraente para o espectador que acompanha cada ato inconsequente e rebelde de Jenny como sendo seu próprio.
Jenny. Sim, Jenny. Não haveria filme se não fosse pela atuação deliciosa de Carey Mulligan. A atriz indicada - merecidamente - ao oscar esse ano fez por merecer a honra. Peter Sarsgaard também parece ser o cara certo na película certa. Mas é Mulligan quem rouba cada detalhe, cada cena, tudo é sobre ela, tudo é sobre Jenny, então estranharia se a atriz não encarnasse o personagem. Carey Mulligan vai crescer e muito daqui pra frente, não à toa a atriz foi escolhida uma das promessas do ano pela Vanity Fair (no polêmico ensaio das garotas brancas e bonitas que deixaram de fora Gabourey Sidibe). Ah, se esse não fosse o ano da Sandra Bullock...
Nota; 9,0
Um Olhar do Paraíso - A Decepcionante Crítica
(EUA, 2009) De Peter Jackson. Com Saoirse Ronan, Mark Wahlberg, Rachel Weisz, Susan Sarandon e Stanley Tucci.
Vamos lá. Um dos primeiros livros que li quando comecei a me interessar por livros foi um romance escrito por Alice Sebold chamado "Uma Vida Interrompida - Memórias de um Anjo Assassinado". Foi o primeiro livro que minha mãe me deu então ele tem um significado muito especial. Além do valor sentimental, a história de Susie Salmon, como o peixe, mexeu tanto comigo que o livro se tornou um dos meus favoritos para todo o sempre. Então, qual não foi a minha felicidade e alegria saber que o livro não só iria ser adaptado para os cinemas, como o seria feito por Peter Jackson, o homem que tinha acabado de ganhar uns 17 oscars pela franquia "O Senhor dos Anéis". Hoje, após assistir a "Um Olhar do Paraíso", me senti traído pela arte que mais amo.
Susie Salmon, 14 anos, foi assassinada brutalmente pelo seu vizinho, Mr, Harvey. Só que todos os vestígios sobre o crime sumiram e a polícia encerra as buscas por falta de indícios. O pai de Susie enfrenta uma crise na sua família após a morte da garota, mas mesmo assim não desiste de lutar para achar o culpado com a ajuda da filha Lindsay, enquanto Harvey continua a solta e com mais insegurança, à medida que os Salmon se aproximam da verdade. Enquanto isso, Susie se encontra entre a Terra e o Paraíso, em algum lugar em que ela observa sua família se destruir e se recompor à medida que ela tenta ajudar como pode à resolver o mistério da sua morte. A ajuda pode vir de Ruth Connor, uma garota sensitiva que todos acham esquisita e que começa a se aproximar de Ray, o garoto que gostava de Susie quando ela era viva. Susie só pode partir mesmo para o céu quando nada mais a prender na Terra.
Lindo, né? Até seria se A HISTÓRIA DO LIVRO NÃO FOSSE NADA DISSO AÍ!!!! É essa a parte mais revoltante. Pegaram a história de superação da dor, de luta pela verdade e de valores familiares que eram tratados no livro e transformaram em um trhiller policial sem sentido! Sem falar que toda a parte do céu está distorcida e o filme enfoca muito mais os desdobramentos (pífios, por sinal) da investigação policial feita pelo pai de Susie do que na família em si. Foi cortada inclusive a parte do assassinato de Susie, descrito com rigor de detalhes, além do estupro que a menina sofreu antes. Podiam ter cortado tudo, menos isso.
Falando do filme isoladamente, ele é meio confuso. A montagem é muito doida e às vezes dá pra se perder no enredo se não estiver prestando bem atenção. As cores berrantes do céu de Susan, que não fica claro se é mesmo o céu dela ou se o céu é assim pra todos (?!), são um misto de psicodelia que vão e voltam ao bel prazer da história. As atuações de Rachel Weisz e Susan Sarandon ficam bem aquém do esperado, elas são quase nulas. Mark Wahlberg, bem, é Mark Wahlberg. Stanley Tucci até que consegue se destacar como Mr. Harvey, o tenebroso assassino, mas não a ponto de ganhar uma indicação ao Oscar, eu acho. Na verdade, esperava até bem mais justamente por causa dessas indicações que ele recebeu. Saoirse Ronan desempenha bem o seu papel e sempre achei que ela seria uma ótima Susie Salmon e, até foi.
O problema não foi nem dela não. Foi do inconsistente roteiro escrito por Jackson com sua parceira Phillipa Boyens, que mal lembrava o original de Alice Sebold. Só pra quem quer saber: Susie é estuprada, Abigail Salmon vai embora de casa e só volta anos depois, o corpo de Susie é retalhado, trancado no cofre e jogado no sumidouro bem no começo da história. o cão da família acha um pedaço do corpo de Susie no milharal, Susie, aliás, vive no seu próprio céu particular onde ela encontra algumas pessoas mortas mas e não outras pessoas assassinadas por Harvey, Holly não é o anjo da guarda dela, é só uma amiga e, por Deus, Lindsay não encontra todas as provas cabais assim do nada na casa de Harvey... e isso é só o que eu lembro. Ah, Ruth Connors, a garota esquisita, é mais importante do que se pensa.
Quer saber mais de "Uma Vida Interromida"? Leia o livro, porque o filme infelizmente não vale tanto a pena. Méritos para Saoirse Ronan e Stanley Tucci. Penalidades para Peter Jackson que preferiu colocar "King Kong", o finado "Halo" e "Distrito 9" como prioridade antes do filme.
Acho que vou ler meu livro de novo.
Nota: 5,0
Preciosa
(EUA, 2009) De Lee Daniels. Com Gabourey Sidibe, Mo'Nique, Paula Patton, Mariah Carey e Lenny Kravitz.
Quando "Preciosa" surgiu na cena cinematográfica há alguns meses atrás, todo mundo se surpreendeu com a história que era contada. Estava achado o "Quem Quer Ser um Milionário" de 2009. Só que "Preciosa" é muito mais do que isso. O filme tem a ousadia de expor os nossos medos e preconceitos de uma forma tão descarada, que nos deixa constrangidos com os nossos próprios atos cotidianos. Indicado a seis Oscars em 2010, o filme merece estar nessa posição, porque possui uma das narrativas mais profundas do cinema nos últimos anos, sem ter nenhuma grande estrela no elenco (Mariah Carey não conta).
Claireece Precious Jones é uma garota de 16 anos, mas não tem nada de comum na sua história. Ela é negra, obesa, mora no Harlem, sofre com os abusos sexuais do próprio pai e com os maus tratos da mãe, está grávida do segundo filho - também do pai - e é analfabeta. Quando sua escola descobre que ela está grávida novamente, ela é expulsa e é encorajada a procurar uma escola especial para alunos mais "problemáticos", digamos assim. A escola passa a dar mais força a Precious, mas a sua vida não melhora nem um pouco a partir daí. Se é que é possível, ela fica pior. Ela tem que descobrir sozinha como dar a volta por cima, mesmo que pareça impossível.
A princípio, a mensagem do filme parece ser a de que "nada é tão ruim que não possa ficar pior". Surpreende a submissão de Precious aos abusos do pai e da mãe e seu ligeiro conformismo com a vida que leva. Mas é quando paramos para pensar: que outra saída ela tem? Precious é´praticamente excluída por todos na sociedade, é a soma de todos os defeitos que todos os seres humanos insistem em enxergar nos outros, e detrimento das suas qualidades. Mesmo Precious, que aparentemente não é boa em nada, consegue cativar as pessoas de alguma forma. É quando eu me faço a pergunta (e transmito para quem quiser responder também): o que você faria por Precious. O filme é dedicado a todas as garotas Precious no fim. O que você faria por elas?
Bom, voltando ao filme, ele não seria nada sem as atuações das pessoas que estão lá presentes. Gabourey Sidibe é o principal destaque, obviamente, já que consegue desenvolver um papel tão profundo mesmo sem qualquer experiência anterior em atuação. Não à toa, a atriz de 26 anos foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz. Outra indicada, Mo'Nique, a preguiçosa e abusada mãe de Precious, deve levar o prêmio de atriz coadjuvante. Paula Patton, Lenny Kravitz e até, vejam só, Mariah Carey, se saem muito bem. Lee Daniels conduz a história misturando a tristeza da vida de Precious com flashes dos sonhos da menina, que se vê magra, branca e loira no espelho, se imaginando como uma grande estrela de cinema ou da música.
"Preciosa" deixa uma lição. Esse é um dos poucos filmes que podem se dar ao luxo de ser pretensiosos a ponto de deixar uma lição. O valor do próximo é importante, mas não tanto quanto o valor que você dá a si mesmo. O filme tem chances no Oscar sim, sobretudo em roteiro e na atuação de Mo'Nique. Se vai bater o gigante "Avatar" em melhor filme? Acho mesmo que não, "Avatar" é iconico o suficiente para ser eleito o filme do ano. Mas seria uma surpresa merecida ver "Preciosa" ganhar.
Nota: 9,5
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Sobre "Maluca Paixão"
Pensar em razões para porque Sandra Bullock resolveu fazer esse filme é uma incansável busca por uma agulha em um palheiro. O filme começa do nada, não leva a lugar nenhum, traz a personagem mais chata da carreira da atriz (talvez da história do cinema)e ainda quer nos convencer a amar aquela criatura! Claro que há os seus momentos engraçados, mas eles são baseados no nada sólido e consistente que rodeia todo o longa.
Para quem ainda não sabe sobre o que se trata o filme: Bullock é uma mulher que todos consideram esquisita porque ela sempre fala demais e sabe todas as respostas de tudo. Mas também pudera, sua personagem, Mary, é a responsável por criar as palavras cruzadas de um jornal. Fora isso, ela ainda usa um par de (horrendas) botas vermelhas. Seus pais a colocam em um encontro às escuras com o filho de um casal de amigos, Steve, e é o que basta para Mary começar sua obsessão. Ela inventa um jogo de palavras cruzadas insolúvel, já que todas as lacunas são de coisas relacionadas a Steve ("All About Steve", como sugere o título original). Com isso, Mary perde o emprego e começa a caçar Steve, que é cameraman de um telejornal, por todos os cantos onde ele esteja.
Pode ser mesmo que Sandra Bullock leve pra casa o Framboesa de pior atriz e o Oscar de melhor atriz no mesmo fim de semana. Mas ela até que merece o premio já que entrou conscientemente nessa roubada - Bullock é uma das produtoras do filme.Não é nem o fato de Mary ser obsessiva o ruim do filme. É a forma como todas as outras pessoas agem também. Não só Bullock está um caco no longa, como Bradley Cooper está bem aquém do cara que fez "Se Beber, Não Case" e até Thomas Haden Church passa como um completo imbecil. Na verdade, acho até que só uma atriz do calibre de Bullock poderia interpretar assim tão pifiamente.
Como Sandra Bullock fez "A Proposta", "Um Sonho Possível" e esse lixo no mesmo ano, nunca saberemos. Poderia estar entre os segredos que a Unidos da Tijuca levou para a avenida no Carnaval. Dá vergonha, sério.
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
Alice Boicotada
A Holanda foi o primeiro país a boicotar a exibição de "Alice no País das Maravilhas" em seus cinemas. A produção que será exibida em 3D pode não dar as caras no país. Acontece que as redes de cinema Minerva, Pathe, Wolff e Jogchems, que representam 80% das distribuidoras do país, anunciaram que não irão exibir o filme em seus cinemas.
A polêmica: a Disney quer reduzir o tempo de espera entre o lançamento nos cinemas e em DVD para menos de tres meses, o que garantiria pouquíssimo tempo de exibição do filme nas salas de cinema (ou seja, um prejuizo para as redes). Acontece que o mercado de DVD andou meio pra baixo no último semestre de 2009 e a Disney quer recuperar o tempo perdido.
O tiro pode acabar saindo pela culatra (ou não) já que "Alice" é um dos filmes mais aguardados do ano, e será o sucessor em 3D do sucesso "Avatar". Além da Holanda, a Grã-Bretanha também ameaçou o boicote. Já pensou se a moda pega e chega ao Brasil? Aqui a estreia do filme está marcada para o dia 16 de Abril e até lá a Disney ainda exibe em 3D as duas primeiras partes da franquia "Toy Story" por duas semanas.
domingo, 14 de fevereiro de 2010
Daily Oscar - Carey Mulligan
Carey Mulligan é um dos rostos novos que invadiram o cinema - e o Oscar - na edição 2010 do prêmio. Assim como Gabourey Sidibe, Jeremy Renner e até Christoph Waltz, digamos, a jovem conseguiu um feito notável em um dos seus primeiros papeis de destaque... mas peraí, primeiros? Não, não! Carey Mulligan já tem um currículo considerável, desde que estreou no cinema em "Orgulho e Preconceito".
A britânica de 24 anos já atuou em vários papeis no teatro e na TV, incluindo uma participação na série "Doctor Who?", mas começou a chamar a atenção mesmo no filme "Quando Você Viu o Seu Pai Pela Última Vez?". Fez uma participação também em "Inimigos Públicos" e em "Entre Irmãos", mas com "Educação", filme indicado também ao Oscar na categoria principal, ela teve a oportunidade de ouro que toda atriz em início de carreira anseia. Mulligan é a protagonista do filme escrito por um dos roteiristas mais aclamados dos últimos temos na Grã-Bretanha, Nick Hornby ("Um Grande Garoto").
Mesmo que não leve o Oscar, o que é bem provável, a atriz já está com a vida ganha. Já tem projetos até 2012 e está na sequência de "Wall Street", "Money Never Sleeps", como a filha do magnata Gordon Gekko (Michael Douglas). Ela também está cotada para substituir ninguém menos do que Audrey Hepburn na refilmagem de "My Fair Lady".
Não deve demorar muito para Mulligan alcançar o status de grande estrela. Um Oscar ajudaria muito né? Mas enquanto não chega lá, ela vai trabalhar muito nos próximos anos. Já foi até apontada pela Vanity Fair como uma das promessas para o futuro no cinema. Boa Sorte para Mulligan. Boa Sorte para Educação.
Balanço do Carnaval
O Carnaval pode ser bem mais produtivo quando uma amiga sua empresta o pack dela com vários e vários filmes que você ainda não viu, a maioria comédias romanticas que vc deixou passar despercebido no ano passado e filmes de ação que não acrescentam nada mais do que diversão. Tudo bem que o calor do Rio de Janeiro não ajuda muito a ficar dentro de casa, mas pra quem não gosta da folia com aquele bando de gente pulando suada a sua volta.
Até agora já foram :
Agente 86
O Sequestro do Metrô
Harry Potter e o Enigma do Príncipe
A Verdade Nua e Crua
Jumper
17 Outra Vez
Espartalhões
Madagascar 2
Anjos e Demônios
Jogos Mortais 6
Meu Trabalho é um Parto
Gamer
Jogo de Amor em Vegas
Maluca Paixão
Duplicidade
Vamos ver até o fim do carnaval quantos vão ser!
sábado, 13 de fevereiro de 2010
A Fita Branca
Uma fila gigantesca, de dobrar o quarteirão, do lado de fora. Expectativas lá no alto. Três horas de projeção. Michael Haneke, o homem por trás de "Caché" e "Funny Games". "A Fita Branca" tem arrancado aplausos por todos os lugares que passa, e não é para menos. O longa foi filmado em preto-e-branco, o que é arriscado para os padrões digitais do século XXI. Mas Michael Haneke faz um filme não só competente no roteiro, mas visualmente e esteticamente bonito, como um poema.
No filme, um professor de um vilarejo no interior da Alemanha narra os acontecimentos naquela localidade, antes da Segunda Guerra Mundial. Vários acidentes misteriosos começam a acontecer, como uma linha esticada para derrubar um cavalo e o médico da cidade, um incêndio em um celeiro, duas crianças sequestradas e torturadas. Todos ficam apreensivos no local enquanto tentam levar suas vidas adiante. Tudo é controlado pelo temido Barão, e seus atos repercutem na vida de todos. Ainda vemos a rotina na casa do pastor local, que controla seus filhos com mãos de ferro e do administrador, que também é afetado por tudo o que acontece. O único alhieo e disposto a desvendar o mistério é o professor, que se apaixona pela babá do Barão, que é demitida após o filho dele ser torturado.
"A Fita Branca" tem um roteiro magnífico. A história se desenrola e não vai se arrastando, como seria de se esperar de um filme do gênero. Alguns elementos do filme lembram um pouco do expressionismo alemão do início do cinema, sobretudi na escolha (mais do que acertada) do diretor de usar fotografia preto-e-branco. Ao mesmo tempo que dá um ar de antigo, já que a história se passa no início do século XX, também ajuda a conferir o caráter de suspense e autoritarismo puritano.
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
Guerra ao Terror
De Katherine Bigelow. Com Jeremy Renner, Anthony Mackie, Brian Geraghty e participações de Guy Pearce, Ralph Fiennes, David Morse e Evangeline Lilly.
Todos aguardaram ansiosamente a chegada de "Guerra ao Terror" ao Brasil. Vamos então por partes da trajetória: em 4 de setembro de 2008 (sim, dois mil e OITO), o filme foi escrito e exibido no Festival de Veneza, onde a diretora chegou a ser nomeada para o Leão de Ouro; Dias depois foi a vez do Festival de Toronto. Após tres festivais nos Estados Unidos,já em 2009 o filme é lançado diretamente e discretamente em DVD no Brasil, em 15 de abril. Ninguém viu, é claro, a não ser os muito fanáticos. 26 de junho de 2009: o filme é lançado em salas limitadas nos Estados Unidos. Pronto, estrago feito. "Guerra ao Terror" se tornou um dos filmes mais comentados do ano, nos níveis de burburinho de "Avatar". O que um filme pequeno, de baixo orçamento, de uma diretora quase desconhecida e sobre a guerra no Iraque tem de tão especial?
Em plena Guerra do Iraque, os soldados americanos nunca sabem o que podem encontrar no meio do caminho. É por isso que a base americana do exército mantém equipes antibombas especialmente para caso eles encontrem uma mina terrestre ou uma ogiva "perdida" no meio do caminho (e isso é relativamente frequente). Quando o líder da equipe morre em uma missão, entra em cena o Sargento William James, especialista em desarmar bombas, mas com um parafuso a menos. Sua coragem e loucura mexem com o senso de equipe, uma vez que ele sempre põe o time em risco quando se coloca em risco. Com isso aumentam as perguntas e especulações sobre se a guerra vale a pena e o medo da morte. Quando um garoto árabe aparentemente aparece morto como cadáver-bomba, James surta e passa a colocar suas emoções acima de sua razão, colocando a equipe em mais risco ainda.
Mais não dá pra falar. A diretora Katherine Bigelow talvez tenha querido passar a ideia de como deve ser dificil a vida dos americanos que estão baseados no Iraque. Sem muita profundidade, ela passeia por questões que são inerentes a cada ser humano, e assim o espectador pode fazer os seus próprios julgamentos. O problema nas plateias brasileiras vai ser a dificuldade de tentar se enxergar no filme, uma vez que a guerra não é nossa. Não são os nossos parentes, familiares e amigos que estão lá, lutando em vão por uma guerra inútil, injusta e vaidosa. Mesmo quando, aparentemente, não há feridas a serem abertas, a diretora consegue cutucar.
Apesar disso, não é tanto o roteiro ou a história - com boas doses de comédia, acredite - que são o melhor do filme. O estilo de direção, a montagem, os efeitos especiais, é tudo tão vibrante e correto que prendem o espectador e ajudam a dar o estilo do filme. A grande maioria das cenas é filmada em um estilo documental, com a câmera na mão para dar um tom mais intimista ao filme. A interpretação de Jeremy Renner surpreende para um ator meio desconhecido, assim como seus coadjuvantes que também são competentes. As participações de luxo não ousam roubar o mérito deles (Ralph Fiennes, Guy Pearce e Evangeline Lilly), mas sim para complementar a história. Sendo assim, "Guerra ao Terror" conseguiu 9 indicações ao Oscar, mas esperava mesmo mais do filme. O burburinho era tanto que fez a Imagem Filmes distribuir o filme nos cinemas, mesmo depois de uma infrutifera distribuição em DVD. Os resultados podem surpreender e Bigelow pode até vencer James Cameron e levar o prêmio de direção pra casa, já que a Academia adora essas festinhas (ela pode ser a primeira mulher a levar o premio de direção). Vamos aguardar os envelopes se abrirem.
Nota: 8,0
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
"Escritores da Liberdade" e o Ambiente de Trabalho
Comandado por Marcos Nascimento (este que vos fala), o debate começou trazendo os aspectos do ambiente de trabalho. Um ambiente cheio de diversidade, diferença de opiniões que encontra resistência à mudanças. Mas é com a força do trabalho individual que conseguimos conquistar o coletivo. Para vencer os nossos desafios, muitas vezes temos que abrir mão de necessidades pessoais e assumir um maior comprometimento com o serviço que nos é cobrado.
Confira também o que já foi publicado sobre "Escritores da Liberdade", clicando AQUI.
CINEMARCOS na SulAmérica Paradiso!!!
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
Daily Oscar - Jeremy Renner
Você já tinha ouvido falar de Jeremy Renner antes de "Guerra ao Terror"? Mesmo agora durante a estreia do filme ainda é dificil associar nome à pessoa. Renner foi indicado não apenas ao Oscar pelo papel mas a vários outros prêmios pela atuação no papel do soldado Williams James. Até estrelar o longa de Katheryne Bigelow, o ator tinha participado de filmes como "O Assassinato de Jesse James","Extermínio 2" e "Terra Fria", além de ter estado em séries como "House M.D.","CSI" e "Angel", além de ter estrelado a série "The Unusuals".
Jeremy Renner não é exatamente o favorito à categoria de Melhor Ator, mas é um grande feito ter sido indicado já no seu primeiro grande papel no cinema. Com a cara de comediante que tem, não me surpreende que daqui ha algum tempo o vejamos ao lado de Bradley Cooper, Jason Bateman e esses atores cômicos escondidos em algum corpo de ator sério. Não à toa ele aparece como um dos candidatos para o filme "Os Vingadores", que vai reunir os principais herois da Marvel em um único filme. Renner deve interpretar o Gavião Negro (Hawkeye), Clint Barton.
Mesmo com poucas chances perto do favorito Jeff Bridges, Renner pode despontar para o estrelato a partir de todo o rebuliço causado por "Guerra ao Terror".
Só pra saber mais sobre ele, Renner atuou ainda em "S.W.A.T." ao lado de Colin Farrell e Samuel L. Jackson, e estrelou o filme "Neo Ned".
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
A hora e a vez de Sandra Bullock
Se alguem me perguntasse há uns dois meses atrás quem iria ganhar o Oscar de melhor atriz esse ano eu estaria apostando em Gabourey Sidibe, por "Preciosa" ou em Meryl Streep (Why Not?) por "Julie e Julia" ou em qualquer outra atriz. Apostaria até na velhinha que fez a Sylvia Ganush em "Arrasta-me Para o Inferno", menos em Sandra Bullock. E isso porque o filme que ela está concorrendo ao Oscar esse ano não ganhou muita divulgação na Terra brasilis até pouco tempo atrás. "Um Sonho Possível" (The Blind Side) só estreou nos EUA em 17 de novembro, quando todos já tínhamos ouvido ótimas coisas de "Precious" e "(500) Dias com Ela" e, óbvio, esperando ansiosamente "Avatar".
Isso aí, nada de festivais independentes, nada de mostras competitivas. O filme estreou por sua conta e risco no circuito comercial como mais um filme dramático de Sandra Bullock, assim como "A Casa do Lago", "Cálculo Mortal" ou até mesmo "Crash - No Limite", onde ela faz uma participação fenomenal tambem. Mas, convenhamos, esse ano foi confuso para ela. Um grande (e previsível) sucesso de bilheteria e um imenso fracasso.
Quando "A Proposta" saiu, era apenas mais um comédia romântica protagonizada pela atriz. O filme é clichê até a raiz, mas agradou plateias do mundo inteiro, e parte do sucesso (se não a maior parte) se deve a Bullock. A atriz se colocou num outro patamar, se tornando inclusive a Mulher do Ano no cinema. "A Proposta" fez com que ela ganhasse uma indicação ao Globo de Ouro de Melhor Atriz em Comédia. Foi aí que saiu "Maluca Paixão" (All About Steve).
Ainda não vi o filme mas pela critica lá fora - e pelo medonho poster - dá pra imaginar sobre o que é o filme. "Maluca Paixão" fracassou redundantemente nas bilheterias americanas e sobrou claro, para Bullock responder por um dos piores personagens de sua vasta carreira. Até Bradley Cooper, recém saído de uma comédia de sucesso, "Se Beber, Não Case", deveria estar envergonhado com esse filme. O curioso: Sandra Bullock recebeu uma indicação de Pior Atriz no Framboesa de Ouro esse ano. Ou seja, ela pode ser a primeira atriz na história a ganhar no mesmo ano o prêmio de Melhor e Pior Atriz. Como isso é possível? Sendo Sandra Bullock!
A veterana atriz tem o mesmo gabarito de outros grandes nomes de Hollywood. Com vários filmes no currículo, ela sabe se manter firme diante de sucessos e fracassos, mas ainda assim é o seu nome que leva multidões ao cinema. Todo mundo já assistiu a um filme dela. "Miss Simpatia", "Velocidade Máxima", "Enquanto Você Dormia", "A Rede" e um bando de outros que nem dá pra falar. Chegou a vez de Sandra Bullock ganhar seu Oscar, repetindo o que aconteceu alguns anos atrás com Julia Roberts e ano passado com Kate Winslet. Só se algo muuuuuito surpreendente acontecer, ela não ganha esse ano. E sabemos como a Academia detesta surpresas.
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Lista dos Indicados ao Oscar
Saiu uma das listas mais aguardadas da história do
Oscar, já que pela primeira vez em muito tempo, serão 10 indicados à categoria Melhor Filme. Dentre os indicados, um filme de animação concorre na categoria principal, 19 anos depois de "A Bela e a Fera" conseguir o mesmo êxito. Se bem que sabemos que "Up", da Pixar, só está concorrendo por causa das 10 vagas, assim como talvez "Distrito 9".
Os maiores indicados foram "Avatar" (claro), o mega sucesso de 2 bilhões de dólares de James Cameron, e o algoz do longa dos Na'vi, "Guerra ao Terror", curiosamente dirigido por Katherine Bigelow, ex-mulher de Cameron. Cada um com 9 indicações. Dentre as ausências que mais senti foram qualquer menção a "Onde Vivem os Monstros" e a "(500) Dias com Ela", e uma indicação para Mélanie Laurent, por "Bastardos Inglórios".
Vamos aos indicados:
MELHOR FILME
Avatar
O Lado Cego
Distrito 9
Educação
Guerra ao Terror
Bastardos Inglórios
Preciosa
Um Homem Sério
Up - Altas Aventuras
Amor sem Escalas
MELHOR ATOR
Jeff Bridges, por Crazy Heart
George Clooney, por Amor Sem Escalas
Colin Firth, por A Single Man
Morgan Freeman, por Invictus
Jeremy Renner, por Guerra ao Terror
MELHOR ATRIZ
Sandra Bullock, por O Lado Cego
Helen Mirren, por A Última Estação
Carey Mulligan, por Educação
Gabourey Sidibe, por Preciosa Meryl Streep, por Julie e Julia
MELHOR ATOR COADJUVANTE
Matt Damon, por Invictus
Woody Harrelson, por O Mensageiro
Christopher Plummer, por A Última Estação
Stanley Tucci, por Um Olhar do Paraíso
Christoph Waltz, por Bastardos Inglórios
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Penélope Cruz, por Nine
Vera Farmiga, por Amor sem Escalas
Maggie Gyllenhaal, por Crazy Heart
Anna Kendrick, por Amor sem Escalas
Mo'Nique, por Preciosa
MELHOR DIREÇÃO
James Cameron, por Avatar
Katherine Bigelow, por Guerra ao Terror
Quentin Tarantino, por Bastardos Inglórios
Lee Daniels, por Preciosa
Jason Reitmann, por Amor sem Escalas
MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO
Coraline e o Mundo Secreto
O Fantástico Sr. Raposo
A Princesa e o Sapo
O Segredo dos Kells
Up - Altas Aventuras
MELHOR FILME DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
Ajami - Israel
El Secreto de Sus Ojos - Argentina
A Teta Assustada - Peru
O Profeta - França
A Fita Branca - Alemanha
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
Avatar
O Imaginário do Dr. Parnassus
Nine
Sherlock Holmes
The Young Victoria
MELHOR FOTOGRAFIA
Avatar
Harry Potter e o Enigma do Príncipe
Guerra ao Terror
Bastardos Inglórios
A Fita Branca
MELHOR FIGURINO
Bright Star
Coco Antes de Chanel
O Imaginário do Dr. Parnassus
Nine
The Young Victoria
MELHOR MONTAGEM
Avatar
Distrito 9
Guerra ao Terror
Bastardos Inglórios
Preciosa
MELHOR MAQUIAGEM
Il Divo
Star Trek
The Young Victoria
MELHOR TRILHA SONORA
Avatar
O Fantástico Sr. Raposo
Guerra ao Terror
Sherlock Holmes
Up - Altas Aventuras
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
"Almost There", de A Princesa e o Sapo
"Down in New Orleans", de A Princesa e o Sapo
"Loin de Paneme", de Paris 36
"Take it All", de Nine
"The Wear Kind (Theme from Crazy Heart)", de Crazy Heart
MELHOR EDIÇÃO DE SOM
Avatar
Guerra ao Terror
Bastardos Inglórios
Star Trek
Up - Altas Aventuras
MELHOR MIXAGEM DE SOM
Avatar
Guerra ao Terror
Bastardos Inglórios
Star Trek
Transformers: A Vingança dos Derrotados
MELHORES EFEITOS VISUAIS
Avatar
Distrito 9
Star Trek
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
Guerra ao Terror
Bastardos Inglórios
O Mensageiro
Um Homem Sério
Up - Altas Aventuras
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
Distrito 9
Educação
In the Loop
Preciosa
Amor sem Escalas
MELHOR DOCUMENTÁRIO (LONGA-METRAGEM)
Burma VJ
The Cove
Food, INC.
The Most Dangerous Man in America: Daniel Ellsberg Pentagon Papers
Wich Way Home
MELHOR DOCUMENTÁRIO (CURTA-METRAGEM)
China's Unnatural Disaster
The Last Campaign of Governor Booth Gardner
The Last Truck: Closing of a GM Plant
Music by Prudence
Rabbit à la Berlin
MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO
French Roast
Granny O'Grimm's Sleeping Beauty
The Lady and the Reaper
Logorama
A Matter of Loaf and Death
MELHOR CURTA DE FICÇÃO LIVE-ACTION
The Door
Instead of Abracadabra
Kavi
Miracle Fish
The New Tenants