La Bocca Del Lupo
(Italia, 2009) De Pietro Marcello. Com Mary Monaco e Vicenzo Motta.
Não dá pra entender certas coisas conceituais que saem da Europa de vez em quando. Uma delas é esse filme que já passou por festivais como Berlim e Turim, e que agora chega ao Festival do Rio. Uma pena é que o filme não tem muito propósito, a não ser encaixotar um monte de imagens sem sentido encartadas com cenas da história principal, o que ao invés de criar uma linha narrativa, confunde o espectador.
Vamos ao que eu entendi do filme: O matador Enzo e a transsexual Mary se conheceram na prisão e desde então construiram uma vida juntos. Quando Mary saiu da prisão, ela e Enzo continuaram a se corresponder, através de cartas e fitas gravadas por ambos. Um dia ele sai da cadeia e se junta a Mary em um barraco numa região precária de Gênova. E é isso.
O filme se contrói toda com imagens de Enzo se arrastando pelas ruas italianas enquanto uma voz em off vai contando aspectos da vida do casal. É quase como se o diretor Pietro Marcello estivesse tentando filmar uma poesia, mas desse tudo errado. Porque, por mais que a ideia de o espectador ter que adivinhar tudo sozinho seja legal, as peças no quebra-cabeças estão jogadas demais pra serem entendidas, inclusive intercaladas com cenas nada a ver, como pássaros voando por um longo tempo ou vários homens pulando num rio.
Nota: 3,0
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