Resident
Evil: Retribution
(EUA, 2012)
De Paul W.S. Anderson. Com Milla Jovovich, Siena Guillory, Michelle Rodriguez,
Kevin Durand e Shawn Roberts.
Peço desculpas desde já pelo afastamento de tanto tempo do
blog (nossa, última atualização foi em 20 de agosto, shame on you, blogueiro!). Peço mais desculpas ainda se a volta ao
blog é com o quinto filme da franquia “Resident Evil”. Sim, desculpas, mas é
preciso falar sobre esse filme. Filme? Que filme? “Retribuição” é um videogame
de quase 2 horas, onde a cada vilão vencido pela heroína ela pula uma fase, até
chegar ao chefão final. E nem é dos bons. Seria melhor ter pego toda a
sequência de “Resident Evil 5”, o jogo, e lascar na tela. Os personagens
virtuais têm muito mais diálogo e história do que o filme, que apela para uma
ação desenxabida sem o mínimo comprometimento com a história. História? Que
história?
No quinto filme, após um flashback que mostra o que
aconteceu nos outros quatro, Alice é capturada pela Umbrella Corporation e é
auxiliada por Ada Wong, uma agente que trabalha para Albert Wesker, antes
vilão, agora parceiro. Wong faz parte de uma missão que pretende resgatar
Alice, mas escapar da Umbrella não será tão fácil, ainda mais depois que
antigos companheiros voltam do mundo dos mortos e Alice encontra uma garotinha,
que acredita que a agente é sua mãe.
Mesmo esse arremedo de história aí não convence e é muito
mal explicado. Apesar do flashback, fica difícil de tentar entender tudo o que
acontece e com qual propósito. Na verdade, a minha impressão foi de que eu
deveria ter assistido ao quarto filme e isso aí era alguma fase secreta do
jogo, porque o que importa mesmo será o que vem no próximo. Próximo? Que
próximo?
Sim, senhores leitores, haverá um próximo, dado o final
deste. Aliás, esse quinto filme é absolutamente descartável (assim como os
outros quatro). Nem zumbis tem direito e quando tem eles não são mostrados
muito bem. Mas “The Walking Dead” tá aí né pra quem quiser ver zumbis e
histórias de verdade.
O que me deixa intrigado é que o diretor Paul W.S. Anderson
se leve tão a sério, assim como os estúdios que ainda capitaneiam essa bodega. “Resident Evil”, o jogo, merece um tratamento
de mais respeito e, não, a linguagem de videogame não se adapta ao cinema. É
preciso recontar a história, de maneira satisfatória, mas sem perder sua
essência. Para quem gosta de ação, isso o filme tem de sobra, com saltos
espetaculares, muitos tiros e explosões e perseguições de zumbis (que zumbis?).
Mas só isso também. O espectador ficará mais perdido do que cego em tiroteio.
Ah, de bom o filme tem Milla Jovovich. Ela tá mais artificial
do que nunca, mas pelo menos é bonita.
Nota: 2,0
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