Clash of the Titans
(EUA, 2010) De Louis Leterrier. Com Sam Worthington, Gemma Arterton, Liam Neeson, Ralph Fiennes e Mads Mikkelsen.
O "Fúria de Titãs" original, dos anos 1980, deixou aquela aura de saudosismo em todos aqueles que curtiam aqueles filmes do gênero, que tinham efeitos especiais aos montes. Hoje, filmes dessa época chegam a provocar algumas risadas, já que o aprimoramento dos efeitos visuais digitais é infinitamente superior. Filme como "Viagens de Gulliver", "20 mil Léguas Submarinas" e até os "King Kongs", tanto o de 1933 como o de 1977, são lembrados hoje pelos seus efeitos mais "toscos", digamos assim. Porém, o que antes havia e que agora parece ter se perdido, é o trabalho de dedicação de toda a equipe de produção em fazer uma história coerente, já que os efeitos da época não estavam tão evoluídos. É o que falta no remake de "Fúria de Titãs". Uma vez que os elementos digitais se apresentam de uma forma espetacular, parece que a preocupação com a história ficou para segundo plano, deixando prevalecer apenas o senso de entretenimento.
Na Grécia Antiga, Perseu, semideus filho de Zeus com uma humana, teve a família adotiva morta por Hades, deus do submundo. Com isso ele contrai uma sede de vingança insaciável e vê a oportunidade de revidar a morte dos pais, entrando na guerra entre homens e deuses. Os homens começaram a se rebelar contra a superioridade das divindades. Zeus, então, convencido por Hades, lhe dá carta branca para destruir a humanidade, o que vai começar em 10 dias, com a soltura do Kraken, o monstro invencível dos mares. Hades então faz um acordo com os homens. O monstro só será detido caso a população da ilha de Argos entregue a princesa Andrômeda como sacrifício. Para evitar tudo isso, Perseu se oferece para deter a criatura, partindo em uma jornada com os principais guerreiros gregos e Io, sua protetora secreta desde o nascimento. Eles entram em uma jornada onde eles encontram desde escorpiões gigantes até a temível Medusa.
"Fúria de Titãs" é puro entretenimento. Ponto. A expectativa em torno do filme só fez confirmar mesmo o seu sucesso de bilheteria, por conta dos magníficos efeitos especiais. As criaturas são mostradas com tanta perfeição, que chegamos a acreditar que elas são mesmo reais. Porém não basta apenas mostrar bem uma história. A história precisa ser boa. O problema com o filme é que nada tem muita profunididade e Perseu parece que está numa jornada sem sentido e vazia. Nem mesmo o pseudo-romance entre o herói e a sua protetora Io dá uma engatada, deixando toda a atuação bem feita do filme para as criaturas digitais.
O filme serviu também para mostrar que Sam Worthington veio mesmo para dominar todas as próximas superproduções de Hollywood. Desde que foi revelado ao mundo em "O Exterminador do Futuro - A Salvação" e viu seu nome aliado à James Cameron em "Avatar", a maior bilheteria da história, ele está cada vez mais cogitado para filmes do gênero. Pontos positivos também para Gemma Arterton, que finalmente se sobressaiu em um filme e vai mostrar mais ainda de seu potencial em "Príncipe da Pérsia". Ralph Fiennes também encarna o personagem Hades com firmeza. Porém os atores não salvam o filme de ser mais do mesmo, previsível até a medula, embora deixe o diretor Louis Leterrier orgulhoso de seu trabalho final, um grande brinquedo: divertido, mas facilmente esquecível.
Nota: 6,0
-Sabe há quanto tempo não vem um desses por aqui?
2 comentários:
Um verdadeiro vexame. Assim posso definir este longa.
Não assisti o original, mas este remake é mal produzido, dirigido e conduzido. Atuações fracas, roteiro com argumentos esdrúxulos e uma trilha sonora bizarra.
Aos 10 minutos de filme parecia que já tinha uma hora. Não quero nem lembrar tamanha decepção.
NOTA (0 a 5): 2
=/
Nossa que coincidência vi esse filme no finde passado kkkk Concordo com você o filme não tem um historia forte o suficiente pra te prender ao filme. Se você for assisti-lo acompanhado e tiver uma mão pra acariciar nem se dá importância ao filme... abração adoro o blog ...fã #1
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