Não por acaso, nove filmes de Von Trier já foram indicados à Palma de Ouro, sendo que um deles venceu, “Dançando no Escuro”, com a Bjork. “Dogville”, “Manderlay”, “Europa”, “Ondas do Destino”, “Anticristo”. Todos exibidos em Cannes. Todos indicados à Palma. “Melancholia” já está sendo destacado como o melhor filme de sua carreira e parece que isso não diminuiu após os comentários infames do diretor.
O que muda para Kirsten Dunst, vencedora da Palma? Tudo. Ela deixa de ser a Mary Jane do Homem-Aranha pra sempre. Kirsten chegou ao ápice da carreira pelas mãos do diretor, sendo que a Palma é até agora o seu prêmio mais importante. Aos brasileiros resta esperar mais um pouco para ver a atriz de “Maria Antonieta” brilhando na tela num filme grande, adulto.
Ah, sim. “Melancholia” trata sobre a relação conturbada entre duas irmãs após o recente casamento da mais nova (Kirsten). Enquanto isso, um planeta gigante chamado Melancolia se aproxima da Terra, exercendo um efeito devastador nas duas mulheres enquanto anuncia o fim do mundo. (Complexo e genial. A história tinha ficado um pouco esquecida depois que Von Trier falou de Hitler. Esqueceram de focar na obra. Cannes sabia disso e premiou quem devia).
Sou fã da obra de Von Trier. Fã confesso. Leia-se da obra, não das declarações do diretor. Von Trier é superestimado? Talvez. Mas pelo menos ele consegue ousar em um mercado cinematográfico formado por coisas óbvias e simples fazedoras de dinheiro, como um dispensável “Pirata do Caribe 4”.
Aaaaaah falando em Piratas... Penélope Cruz trocou “Melancholia” por esse filme aí. Como ela deve estar se sentindo? Rica, né.
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