Após quinze anos, estou eu sentado em uma sala de cinema para assistir “Titanic”, o megalomaníaco filme de James Cameron, a maior bilheteria do século XX – a segunda maior da história. A primeira vez eu tinha dez anos de idade e ainda não compreendia muito bem o que era o cinema, apesar de uma alegria muito grande que eu sentia quando via um filme. Antes de “Titanic”, eu só tinha ido ao cinema duas vezes, uma para ver “O Rei Leão” e outra acompanhando minha mãe na sessão de “Olha Quem Está Falando”, ou seja, com dois anos de idade.
Foi “Titanic” quem começou a despertar a paixão pelo cinema.
Em 1998, eu estava cheio de adesivos, revistas, fotos do navio. Passava horas
desenhando trechos do filme, como o famigerado naufrágio. Repetia diálogos,
imitava cenas. E pensava comigo que James Cameron nunca mais na vida dele iria
precisar fazer um filme de novo, tamanho o sucesso.
Curiosamente, só entrei numa sala de cinema quatro anos mais
tarde, em 2001, para assistir a “Harry Potter e a Pedra Filosofal” e nunca mais
sair da cadeira do cinema. Por isso lembro com tanta nostalgia de “Titanic”. É
muito mais do que a história de amor contada com mais de 300 erros de
continuidade, mais do que as 3h14min do filme, mais do que os onze oscars. “Titanic”
marcou uma década. Marcou uma geração.
Há seus detratores, aqueles que não suportam olhar para
Leonardo Di Caprio (que, aliás, ficou um tanto estigmatizado pelo papel). Tem
aqueles que não conseguem mais ouvir “My Heart Will Go On”, como a própria Kate
Winslet. A questão é que mesmo os detratores não conseguem diminuir a
importância do filme para a história do cinema. Tanto é que o filme deve fazer
sucesso também agora, na sua versão 3D, em ocasião do centenário do naufrágio
ocorrido em 14 de abril de 1912.
Quanto à crítica, me limito a julgar os efeitos 3D da nova
versão. Eles estão lá, fazem certa diferença mas ela não é gritante. Como todo
filme convertido para o 3D, as mudanças são sutis, já que o filme não foi
pensado para ser realizado com a técnica. Isso pode atrapalhar um pouco, uma
vez que algumas pessoas ainda sentem o desconforto dos óculos 3D, ainda mais
com um filme de mais de três horas.
No mais, a história permanece a mesma e a choradeira
continua garantida. Relembrar o filme quinze anos após sua estreia é manter
viva a lenda do próprio navio. Muito do que conhecemos do terrível acidente foi
propagado pelo filme (muitos mitos também, fato). A navegação nunca mais foi a
mesma após o naufrágio do Titanic, assim como o cinema nunca mais foi o mesmo
após o iceberg destruir os sonhos de amor eterno de Jack e Rose.
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Um comentário:
Gostei do muito do blog! Dê uma olhada no meu: 16thmovieavenue.blogspot.com (Também fizemos um post sobre o Titanic)
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