(EUA, 2012)
De Bill Condon. Com Robert Pattinson, Kristen Stewart, Taylor Lautner, Michael
Sheen, Dakota Fanning, Lee Pace, James Campbell-Bowen, Maggie Grace e Mackenzie
Foy.
O fenômeno “Crepúsculo” é um marco da atual geração
adolescente. É inegável o que a saga fez com o cinema atual, criando novos
patamares para o lançamento de blockbusters, mudando o panorama de Hollywood e
criando novos astros. O trio principal certamente ficará marcado pelos seus
papéis, mas saem vitoriosos em busca de novos projetos que os conduzam ainda
mais ao estrelato (er, bem, talvez não Kristen Stewart rs). Sobre o filme (a
parte dois do final), é um bom encerramento para tudo o que se produziu e uma
justa homenagem a todos os que trabalharam na franquia e a seus fãs. “Amanhecer
– Parte 2” é, talvez, o melhor dos cinco filmes e, de certa forma, é o pior. Foi
gasta toda uma produção, o mais caro filme produzido para a franquia, mas tudo
baseado no que Stephenie Meyer escreveu, o que não ajuda muito. Recapitulando
tudo o que eu já escrevi no blog sobre “A Saga Crepúsculo”, o grande erro não
foi da produção (talvez um pouco de Kristen Stewart), mas da autora de toda
essa coisa, que deu um final fraco para sua obra.
Após a “morte” de Bella e sua “ressurreição” como vampira,
ela começa a se adaptar com a sua nova forma ao mesmo tempo em que vê o
crescimento assustadoramente rápido de sua filha com Edward, Renesmee. Esta é o
alvo do imprinting do lobisomem
Jacob, uma espécie de atração que o faz proteger a garota para sempre. Bella,
Edward e Jacob vão se unir para proteger Renesmee dos Volturi, que acreditam
que a criança seja uma ameaça a toda a comunidade vampiresca do mundo. Uma
guerra será travada entre os dois lados, embora os Cullen prefiram o não derramamento
de sangue, buscando testemunhas ao redor do mundo de que Renesmee é inofensiva.
Porém, não será tão fácil convencer os Volturi.
É impressionante o apuro técnico e a dedicação de todos os
atores com a última parte. Até Kristen Stewart, geralmente tão apática,
consegue se impor mais com sua Bella vampira/mãe/esposa/filha. O problema é o
fraco roteiro. No começo, enquanto Bella tenta se adaptar como vampira, a trama
se arrasta num ritmo lento e chato, sem falar em certos erros grotescos. Assim
que a garota desperta do seu “sono”, ela primeiro se preocupa em abraçar o
marido para, só então, notar que está com fome e sede de sangue e se contorcer
numa careta digna de quem passa fome no deserto saariano.
Ao fim, para os que leram o livro (e para os que não leram),
foi colocada uma sequência inteiramente nova, diferente do que acontece na
história original, surpreendendo o espectador. Uma luta espetacular entre os
dois lados, com direito a todos os efeitos especiais (e assustadores) que foram
poupados em toda a saga. Aí é que mora o perigo, já que o espectador se vê em
um dilema quando o final se define: gostar ou não gostar do desvio surpresa da
história?
Gostando ou não, esse trecho foi incluso justamente porque
Meyer não soube fazer isso com o próprio livro que escreveu, sendo preciso um
toque hollywoodiano para que a franquia não se finde de forma apática. E é isso
que salva “A Saga Crepúsculo” como um todo: ter sido transformada em filme.
Os créditos finais também deixam clara a homenagem a todos
os que trabalharam nos cinco longas, mostrando que esse foi um filme feito
especialmente para os tão devotados fãs da saga. “Amanhecer – Parte 2” encerra
uma das mais bem sucedidas franquias do cinema, que revitalizou o gênero
vampiresco e projetou um time de novos atores, produtores e diretores. Apesar
dos pesares, foi um bom final para uma saga que não deve ser esquecida tão
cedo.
PS: Alguém sabe quanto Dakota Fanning ganhou para dizer só uma
palavra?
Nota: 7
Nenhum comentário:
Postar um comentário