Porque eu me recuso a chamar o filme de "As Múmias do Faraó"
Quando você pensa em cinema francês logo vem à mente um ar de sedução e mistério ou aquela sensação de obra de arte que só os europeus conseguem traduzir em película. Sem dúvida os primeiros filmes que vem à cabeça são os da nouvelle-vague, ou os noir, ou obras mais contemporâneas e artísticas como “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain” ou “Piaf – Um Hino ao Amor”. Enfim, pra muita gente, o cinema francês é sinônimo de chato.
Porém, um dos diretores que mais foge desse conceito, Luc Besson (“O Quinto Elemento”), prova mais uma vez que nem só de filmes mais cabeça vive o cinema francês. Ele é o responsável por provar que a França também sabe fazer filmes de ação e aventura e isso está presente no seu novo longa, “As Múmias do Faraó”, que é uma adaptação dos quadrinhos franceses “As Aventuras Extraordinárias de Adéle Blanc-Séc”.
O filme ficou por várias semanas em primeiro lugar nas bilheterias da França e em outras regiões da Europa, roubando um pouco das atenções da mídia durante o glamour do Festival de Cannes deste ano, época em que o longa esteve em cartaz.
Nas histórias dos quadrinhos, Adéle Blanc-Séc é uma repórter aventureira do início do século XX que vai até o Egito em busca de uma cura para a doença de sua irmã. Ao retornar a Paris, ela descobre que um ovo de dinossauro de milhões de ano eclodiu e a criatura está aterrorizando a cidade. Adéle vai atrás de resolver o mistério enquanto continua em busca da cura para sua irmã.
O filme abusa dos recursos visuais e tem uma direção de arte e figurino reconstituídos para serem fiéis à época dos acontecimentos, mais ou menos nos anos 1910. Os quadrinhos de Adèle foram publicados entre 1976 e 1998, em oito álbuns. A personagem é famosa na França por ser uma representante fiel das feministas, carregada de humor crítico contra os homens.
A Imagem Filmes anuncia que em breve o filme chega aos cinemas brasileiros, mais precisamente no dia 22 de outubro. No elenco, estão Louise Bourgoin, dos filmes “A Garota de Mônaco” e “O Pequeno Nicolau”, em cartaz em alguns lugares do país, e Mathieu Almaric, famoso ator francês protagonista de “O Escafandro e a Borboleta”.
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