sábado, 9 de outubro de 2010

O Melhor (e o pior) do Festival

Depois do Balanço que o próprio festival deu para si mesmo, aqui vai o meu resumo com o que eu mais gostei neste ano.

Primeiro, fazer um comentário rapidinho dos quatro últimos filmes que eu assisti.

04/10 - Sunshine Cleaning
De Christine Jeff. Com Amy Adams, Emily Blunt, Alan Arkin e Steve Zahn.

O filme saiu em 2008 e só agora pisa por aqui. Traz a história de duas irmãs que trabalham limpando cenas de crime, para ganhar dinheiro. O filme é daqueles independentes, o gênero que consagrou Amy Adams como a atriz perfeita para esse tipo de papel. E o tema é interessante, diferente de tudo o que já foi visto, além do ótimo entrosamento entre as atrizes principais. Mas, por alguma razão, Emily Blunt não é mais a mesma desde "O Diabo Veste Prada".

Nota: 8,0

05/10 - Turnê (Tourneé)
De Mathieu Almaric.

Ganhou o prêmio de direção no Festival de Cannes, mas eu ainda não sei em quê essa babel de costumes franco-americanos merceu ganhar. O filme é cansativo e nos enche os olhos com um monte de coisas burlescas, mas todas sem nenhum propósito. Ponto por mostrar que pode ser que existam boas histórias por trás das mulheres que encenam números burlescos (e de nudez) em Las Vegas, mas perde o mesmo ponto por não mostrar nenhuma delas. Fora o final inconclusivo.

Nota: 4,5

06/10 - O Louco Amor de Yves Saint-Laurent (L'Amour Fou)
De Pierre Thoretton.

Uma história boa. Mas chaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaato. Legal contar a história de um dos marcos da moda do século XX, Yves Saint-Laurent, ainda mais feito pela ótica do homem que sempre ficou em segundo plano para colocar Yves em primeiro. Mas é chaaaaaaaaaaaaaaaaato.

Nota: 3,0



06/10 - Lope
De Andrucha Waddington. Com Alberto Ammann, Selton Mello, Leonor Watling, Sônia Braga e Pilar Lopez de Ayala.

Um dos melhores filmes do Festival, apesar de apelar para uma dramaticidade teatral que foge um pouco dos padrões e do estilo espanhol (e/ou brasileiro). Mesmo assim, a história construída por Andrucha Waddington é ótima, mesmo que não apresente nada de novo. A mim, me pareceu uma grande reinvenção de "Shakespeare Apaixonado", só que na Espanha medieval.

Nota: 7,0


Agora sim, vamos ao melhor e pior deste ano (baseado nos que eu vi, tá?)

Melhor Filme: "Lixo Extraordinário"

Melhor Atriz: Hellen Mirren, por "A Última Estação"

Melhor Ator: Josh Brolin, por "Você Vai Conhecer o Homem dos Seus Sonhos"

Melhor Atriz Coadjuvante: Maria de Medeiros, por "O Aniversário de David"

Melhor Ator Coadjuvante: Mark Ruffalo, por "Minhas Mães e Meu Pai"

Melhor Direção: Xavier Dolan, por "Amores Imaginários"

Melhor Roteiro: "Bom Apetite"

Surpresa do Festival: "Bom Apetite"

Pior Filme: "A Boca do Lobo"

Ponto alto: A sessão de gala de "Lixo Extraordinário"

Ponto baixo: a desorganização por conta da venda de ingressos e coordenação das filas

Melhor sala de cinema: Odeon BR, lógico!

Melhor Filme Estrangeiro de língua não-inglesa: "Amores Imaginários", de Xavier Dolan

Menção honrosa: "Machete", de Robert Rodriguez

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