27/outubro/2009
Com um roteiro assim nem parece que "Bastardos" só foi mesmo feito porque Tarantino cansou de olhar para o script inacabado na sua gaveta! O filme levou anos para ser finalizado e as filmagens aconteceram no ano passado, quase que instantaneamente. Obra do destino, milagre divino, ou a genialidade do diretor? O que importa é que quando assistimos ao filme vemos um diretor maduro, não cansado da indústria pop (as referencias apareçam o tempo todo) mas aproveitando-as em um filme, digamos, adulto. E põe adulto nisso! Se o sangue falso espirrando, como em um mangá, em "Kill Bill" não foi suficiente, em "Bastardos" a sua impressão de um bastão de baseball nunca mais será a mesma!
Com um elenco ligeiramente desconhecido - exceto por Diane Kruger ("A Lenda do Tesouro Perdido") e, claro, Mr, Pitt - Tarantino explora ao máximo o potencial de cada um dos atores. Praticamente todas as frases do coronel Landa, interpretado por Christopher Waltz, são marcantes. Eli Roth (diretor de "O Albergue") aparece como ator e dá um show de carisma na tela (ele não parece com o Zachary Quinto, o Sylar da série "Heroes"?). Os Bastardos tem seu momento junto a Diane Kruger, a atriz espiã Bridget von Hammersmark. Mas se falaremos de atuações, os destaques sem dúvida são de Brad Pitt, que interpreta talvez o seu personagem mais forte dos últimos dez anos, e isso incluindo Jesse James, Benjamin Button e Tyler Durden - tá, talvez não Tyler Durden. Outro destaque é para Melanie Laurent, a verdadeira protagonista do filme, cuja personagem o filme não existiria sem.
Inglorious Basterds
(EUA, 2009) De Quentin Tarantino. Com Brad Pitt, Michael Fassbender, Eli Roth, Diane Kruger e Mélanie Laurent.
Pois é, ninguém imginava que ele faria de novo. Ninguém pode ser tão brilhante assim a ponto de erguer um filme do nada existencial entulhado numa gaveta. Mas não estamos falando de qualquer ninguém aqui. É de Tarantino, baby. Quentin Tarantino. Algum tempo depois de ter saído da sessão de "Bastardos Inglórios" ouvi alguém me dizer, ou li em algum lugar, que até então Tarantino estava apenas brincando de ser Tarantino, se descobrindo. Com esse filme, ele mostra que ele é o Tarantino pleno, amadurecido, o cineasta pelo qual o mundo se apaixonou anos atrás com "Pulp Fiction". Se ele queria fazer o filme definitivo, conseguiu.
Na trama de "Bastardos", durante a segunda guerra, na França ocupada pelos nazistas, um francês esconde uma família judia em sua casa mas eles são descobertos pelo coronel Hans Landa. É claro que ninguém sobra vivo e são todos fuzilados, menos uma das filhas, Shosanna Dreyfuss, que consegue fugir. Anos depois, Shosanna se mantém com um cinema antigo com uma outra identidade. Em um outro ponto, o Tenente Aldo Raine lidera um grupo intitulado "Os Bastardos", rebeldes americanos nas linhas inimigas encarregados de fazer só uma coisa, uma coisa apenas: matar nazistas. Os destinos de Shosanna e dos Bastardos irão se cruzar quando um oficial nazista consegue realizar a premiére de um filme-propaganda nazista no cinema de Shosanna e mais, com a presença do Fuhër Hitler em pessoa! Prato cheio para os Bastardos colocarem o plano mais absurdo de todos para matar Hitler e para Shosanna enfim poder vingar sua família. O que não vai ser fácil, para nenhum dos lados, é passar pela astúcia do coronel Landa.
(EUA, 2009) De Quentin Tarantino. Com Brad Pitt, Michael Fassbender, Eli Roth, Diane Kruger e Mélanie Laurent.
Pois é, ninguém imginava que ele faria de novo. Ninguém pode ser tão brilhante assim a ponto de erguer um filme do nada existencial entulhado numa gaveta. Mas não estamos falando de qualquer ninguém aqui. É de Tarantino, baby. Quentin Tarantino. Algum tempo depois de ter saído da sessão de "Bastardos Inglórios" ouvi alguém me dizer, ou li em algum lugar, que até então Tarantino estava apenas brincando de ser Tarantino, se descobrindo. Com esse filme, ele mostra que ele é o Tarantino pleno, amadurecido, o cineasta pelo qual o mundo se apaixonou anos atrás com "Pulp Fiction". Se ele queria fazer o filme definitivo, conseguiu.
Na trama de "Bastardos", durante a segunda guerra, na França ocupada pelos nazistas, um francês esconde uma família judia em sua casa mas eles são descobertos pelo coronel Hans Landa. É claro que ninguém sobra vivo e são todos fuzilados, menos uma das filhas, Shosanna Dreyfuss, que consegue fugir. Anos depois, Shosanna se mantém com um cinema antigo com uma outra identidade. Em um outro ponto, o Tenente Aldo Raine lidera um grupo intitulado "Os Bastardos", rebeldes americanos nas linhas inimigas encarregados de fazer só uma coisa, uma coisa apenas: matar nazistas. Os destinos de Shosanna e dos Bastardos irão se cruzar quando um oficial nazista consegue realizar a premiére de um filme-propaganda nazista no cinema de Shosanna e mais, com a presença do Fuhër Hitler em pessoa! Prato cheio para os Bastardos colocarem o plano mais absurdo de todos para matar Hitler e para Shosanna enfim poder vingar sua família. O que não vai ser fácil, para nenhum dos lados, é passar pela astúcia do coronel Landa.
Com um roteiro assim nem parece que "Bastardos" só foi mesmo feito porque Tarantino cansou de olhar para o script inacabado na sua gaveta! O filme levou anos para ser finalizado e as filmagens aconteceram no ano passado, quase que instantaneamente. Obra do destino, milagre divino, ou a genialidade do diretor? O que importa é que quando assistimos ao filme vemos um diretor maduro, não cansado da indústria pop (as referencias apareçam o tempo todo) mas aproveitando-as em um filme, digamos, adulto. E põe adulto nisso! Se o sangue falso espirrando, como em um mangá, em "Kill Bill" não foi suficiente, em "Bastardos" a sua impressão de um bastão de baseball nunca mais será a mesma!
Com um elenco ligeiramente desconhecido - exceto por Diane Kruger ("A Lenda do Tesouro Perdido") e, claro, Mr, Pitt - Tarantino explora ao máximo o potencial de cada um dos atores. Praticamente todas as frases do coronel Landa, interpretado por Christopher Waltz, são marcantes. Eli Roth (diretor de "O Albergue") aparece como ator e dá um show de carisma na tela (ele não parece com o Zachary Quinto, o Sylar da série "Heroes"?). Os Bastardos tem seu momento junto a Diane Kruger, a atriz espiã Bridget von Hammersmark. Mas se falaremos de atuações, os destaques sem dúvida são de Brad Pitt, que interpreta talvez o seu personagem mais forte dos últimos dez anos, e isso incluindo Jesse James, Benjamin Button e Tyler Durden - tá, talvez não Tyler Durden. Outro destaque é para Melanie Laurent, a verdadeira protagonista do filme, cuja personagem o filme não existiria sem.
O melhor filme de Tarantino? Talvez. "Pulp Fiction" é icônico, "Cães de Aluguel" foi marcante, "Kill Bill" é o mais pop, sem dúvida. O que vale aqui é dizer que "Bastardos" é único. O filme de segunda guerra definitivo. E quando dizem isso é verdade, não existe mais nada a contar sobre a segunda guerra. O que restava era uma realidade alternativa, E é isso que Tarantino nos dá com maestria no instigante final. Mas aí, no final do filme, você já está vibrando de felicidade e saltando da cadeira. Tarantino não deve ganhar o Oscar, Mas que merece, merece. Ou talvez não. O filme já é um brinde à sua carreira. Os fãs agradecem. E aposto que ele também.
Nota: 10
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