Paranormal Activity 4
(EUA, 2012) De Henry Joost e Ariel Schulman. Com Kathryn Newton, Matt Shively, Brady
Allen, Aiden Lovenkamp e Katie Featherson.
Eu não sei se eu é que fiquei mais sensível nos últimos anos
ou se realmente capricharam mais ao longo dos filmes, mas “Atividade Paranormal
4” é um exemplo raro de filme que, com o numeral 4 ao lado do título, não dá sinais
de cansaço à sua franquia. Ainda mais uma franquia de terror. De uma ideia
relativamente simples que foi o primeiro (um tanto amador, mas que cativou
milhões de espectadores mundo afora), a franquia se transformou em uma potência
que não perde o fôlego e, ao contrário de séries como "Jogos Mortais”,
capricha mais a cada produção que é exibida. O número 4 continua tentando
explicar os eventos ocorridos no primeiro filme e é impressionante como todo
mundo lembra os detalhes passados quando eles são mostrados. Honestamente, não
é toda franquia que faz isso.
No quarto filme, cinco anos se passaram desde os eventos do
primeiro e a família de Alex, uma garota adolescente comum que filma tudo com
sua câmera e com a webcam de seu computador, passa a receber a visita do
vizinho Robbie, quando a mãe do menino passa mal e vai para o hospital. Robbie
é introspectivo e se comunica apenas com o filho mais novo da família, Wyatt. A
partir daí, os eventos sobrenaturais passam a atormentar também Alex, que tenta
contar para os pais o que acontece, mas eles não acreditam. É quando se
descobre que Robbie e sua mãe não são tão inocentes assim, já que os conhecemos
muito bem de filmes passados.
Com muito mais investimentos do que os modestos US$ 15 mil
que custou o primeiro filme, a parte 4 tem uma produção e direção mais
sofisticadas. As atuações são modestas, mas devemos dar mérito para Katie
Featherson, a única do elenco original presente em todos os filmes e que, de
certa forma, consegue criar uma atmosfera quase demoníaca só em estar presente
numa cena. Destaque também para o garotinho Brady Allen, o intérprete de
Robbie.
De resto, “Atividade Paranormal 4” peca por onde todos os
outros pecaram: afinal, quem, pelo amor de Deus, anda com uma câmera o tempo
todo filmando seu cotidiano? Uma falha no roteiro que se faz incrivelmente
necessária, já que é dessa forma que sabemos dos acontecimentos. Mas isso é um
detalhe mais do que caprichoso deste blogueiro, afinal, saí tremendo da sessão
e fechei os olhos algumas vezes durante a projeção.
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