(EUA, 2011) De Henry Joost e Ariel Schulman. Com Katie Featherston, Sprague
Grayden, Lauren Bittner, Christopher Nicholas Smith, Jessica Tyler, Chloe
Csengery.
Por alguma razão, nunca fui com a cara de “Atividade
Paranormal”. Sempre achei um filme bem mais ou menos, com poucas razões para
ter conquistado o público daquela maneira, às vezes baseado em bobagens. Admiro
sim o fato de terem um baixo orçamento e terem feito o que fizeram, mas nada
que justificasse o estardalhaço. Daí veio o “2”. Explicando um pouco mais o
contexto da história, o segundo trouxe mais sustos e cenas de dar medo – o que
se espera de um filme de terror decente. Não assisti à “Atividade Paranormal em
Tóquio”, nem sei dizer o quanto deste filme contribui para a franquia original,
mas “Atividade Paranormal 3” é, sem dúvida alguma, melhor do que qualquer um
desses três, de deixar os fantasmas do filme abobalhados.
Desta vez, voltamos aos anos 80 para conhecer a infância das
irmãs Katie e Kristie e como começaram os efeitos paranormais com as duas.
Kristie tem um amigo imaginário, Toby, e o comportamento da garota começa a
ficar estranho demais. Paralelo a isso, eventos sem explicação começam a
acontecer e então o padrasto das duas, Dennis (que trabalha com filmagens e
edição de vídeo), coloca várias câmeras na casa para capturar o que está
acontecendo. Os fenômenos começam a ficar cada vez piores, assim como o
comportamento das duas irmãs.
O roteiro ainda é relativamente fraco, no mesmo nível dos
dois primeiros, mas impressiona não só os sustos que são arquitetados na
plateia, mas o detalhismo com algumas coisas referentes aos anos 1980. Também
chama a atenção o cuidado com a filmagem, em uma locação real, para passar mais
credibilidade aos eventos. E os próprios atos sobrenaturais em si estão mais
decentes, dignos de espíritos zombeteiros e não coisas que podem ser
confundidas com o vento.
A saga que começou com Oren Peli desembolsando nada menos do
que US$ 15 mil em 2007, se tornou maior do que se imaginava, atraindo a
sofisticação de um grande estúdio, no caso a Paramount, e a produção executiva
de (oooh!) Akiva Goldsman, de filmes como “Eu Sou A Lenda” e “Hancock”. O
orçamento ainda é baixo (US$ 5 milhões), mas a qualidade subiu e toda a
experiência fez bem a “Atividade Paranormal” que, agora sim, pode ser incluída
no hall das grandes séries de horror, com um representante digno.
Nota: 8,5
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