quarta-feira, 31 de março de 2010

A Caixa

The Box
(EUA, 2009) De Richard Kelly. Com Cameron Diaz, James Marsden, Frank Langella.

Quando um diretor como Richard Kelly resolve lançar um filme, todo mundo entra na expectativa. Afinal, o cara é o que trouxe para o mundo cinematográfico a história de "Donnie Darko", um dos filmes mais cultuados dos últimos vinte anos. Porém, parece que Kelly sofre de uma maldição que acomete alguns diretores tachados de "gênios" algum dia, como, por exemplo, M. Night Shayamalan, ou seja, "diretores de um filme só". Isso porque o filme seguinte de Kelly, "Southland Tales" ficou muito aquém das expectativas e o mesmo se repete com este "A Caixa", que chega ao Brasil com certo atraso.

No filme, um casal dos anos 1970 que enfrenta problemas financeiros recebe uma caixa deixada na porta de sua casa. A caixa é a representação de uma oferta que lhes é feita por um homem, cujo rosto desfigurado espanta quem o vê. Dentro do pacote está um dispositivo feito de madeira, com um botão vermelhor protegido por uma redoma de vidro. A oferta é simples: se eles apertarem o botão, ganham US$ 1 milhão em dinheiro. Porém, se o fizerem, uma pessoa que eles não conhecem irá morrer. Apertar ou não apertar? Essa é a questão que envolve o casal, que não faz ideia no que está prestes a se meter, sobretudo quando decidem investigar o que há por trás do homem misterioso.

A trama em si não é ruim e o espírito dos filmes de Richard Kelly está presente o tempo todo. O problema é que no afã de apresentar toda a linha de esquisitices que está por trás da caixa misteriosa, o diretor (que também é o roteirista) se perde todo ao contar a história, que fica por inteira sem sentido. No final, um tanto desapontador, já que não revela bulhufas, temos uma leve esperança com um suspense inserido, mas não é o suficiente para segurar a onda de confusão já formada pelo filme.


O mérito de tudo vai para a divulgação do filme, já que "A Caixa", junto com "Caso 39", de Renée Zellwegger, tem sido um dos filmes de suspense mais aguardados, justamente por causa da demora do lançamento. A propaganda também ajuda a vender o filme como um thriller de suspense, com toques sobrenaturais, quando na verdade não é nada disso. Não dá pra negar que o longa apresente toques de inteligência, mas eles se perdem na imensidão de coisas inexplicadas que acontecem. Ainda não foi dessa vez que Kelly venceu a si próprio.

SPOILER: Há alguns anos atrás, fui cheio de expectativa ver um filme de suspense, em moldes sobrenaturais também, chamado "Os Esquecidos". Não só estava animadíssimo, como convenci metade da minha turma do segundo grau a ir ver também. Quem assistiu a "Os Esquecidos" sabe que a vontade de todos era de me linchar quando o filme acabou, de tão ruim que é. Sem falar na explicação do filme. E não é que a mesma entidade de "Os Esquecidos" se faz presente em "A Caixa"? O filme não diz, mas é meio óbvio que são os marcianos quem dominam a mente dos humanos e estão fazendo os testes com as caixas, para saber se nós merecemos ou não continuar vivos. Qual é, Hollywood, sejamos mais inteligentes! ET's de novo? Se bem que, dessa vez, a culpa é do autor do livro "Button! Button!", em que Richard Kelly se baseou para fazer o filme. Mas aposto que no livro os alienígenas, ou os "empregadores", estão muito melhor explicados.

Nota: 5,0

domingo, 28 de março de 2010

CINEMARCOS - MELHORES DE 2009

Chega de enrolação. Tá na hora de uma vez por todas dizer quais foram os meus melhores filmes de 2009. E 2009 foi um ano maravilhoso. Tudo bem que tivemos que encarar produções pífias, roteiros fracos e disputas monetárias. Mas também vimos nascer grandes clássicos e tivemos muitos marcos históricos. Um ano que, antes de tudo, já entrou para a história. Assim como seus filmes.

MELHOR FILME Bastardos Inglórios

Me desculpe a população azul de Pandora ou os tripulantes da Enterprise. Ou ainda os moradores da Índia. Quando um gênio do cinema atinge sua maturidade, a gente tem que reconhecer. E se teve um filme corajoso a ponto de mudar os rumos da história - e deixar coerente! - foi "Bastardos Inglórios". Um projeto que estava há anos engavetado e que só foi filmado porque Quentin Tarantino queria colocar logo um fim nele para esquecê-lo de vez. Bem, esquecer é a última coisa que o diretor vai fazer, já que essa pode ter sido a sua melhor obra de arte, comparada inclusive com o intocável "Pulp Fiction". O filme de guerra definitivo, como muitos falaram? Acho que não. O Tarantino definitivo? Esperamos que não. O melhor filme do ano passado? Com certeza!




MELHOR ATOR
Sean Penn - Harvey Milk em "Milk - A Voz da Igualdade"

Esse a Academia já tinha proclamado como o melhor, mesmo quando tudo parecia a favor de Mickey Rourke. Também não é para menos. Só um ator com a ousadia e despreendimento de Sean Penn conseuiria interpretar a figura de Harvey Milk. E não é o seu lado gay que é desafiador, e sim o ativista político que lutou pelos direitos homossexuais, foi perseguido e ainda assim teve que se manter com a cabeça erguida para defender seus ideais. Penn entrega um personagem não apenas carismático mas instigante, fazendo você repensar suas próprias questões. E é isso que queremos de um bom ator.

MELHOR ATRIZ
Kate Winslet - Hannah Schmitz em "O Leitor"


É muito ruim ir junto com a maioria, mas Kate Winslet foi uma unanimidade no ano passado. Dois filmes seus saíram de uma só vez. Com "Foi Apenas Um Sonho" vimos seu lado sonhador e libertador no papel da típica dona de casa americana. Mas em "O Leitor" vemos uma face extremamente madura de Winslet, ao interpretar uma ex-oficial nazista que não tem muito remorso pelo que cometeu simplesmente por sua ingenuidade. Hannah Schmitz é de longe o melhor personagem da atriz - e olha que bons personagens não lhe faltam. Me emocionei com Angelina Jolie, estremeci com Meryl Streep, me encantei com Audrey Tatou e me espantei com Charlotte Gainsboury. Mas Kate Winslet provou neste filme porque é uma das melhores de sua geração.

MELHOR ATOR COADJUVANTE Christoph Waltz - Hans Landa em "Bastardos Inglórios"

Mais um ponto pros Bastardos. E dessa vez para a alma do filme. O coronel Hans Landa é mesquinho, tem sangue frio, é um calhorda sem limites, falso, fingido, faz de um tudo para sempre estar por cima da carne seca. Mas ele é tudo isso sendo um dos mais carismáticos, simpáticos e inteligentes vilões da fimografia de Tarantino, senão do cinema. A personalidade foi escrita por Tarantino, mas a alma é inteira de Christoph Waltz, que deu um salto gigante para as portas abertas das oportunidades graças ao diretor, que o aprovou no filme porque queria um ator legitimamente alemão. Quem o aprova mesmo é o seu talento.

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Mélanie Laurent - Shosanna Dreyfuss em "Bastardos Inglórios"

Tá aí a versão feminina da alma do filme. Particularmente adoro Melanie neste filme e achei uma injustiça ela ter sido pouco reconhecida nesta temporada de premiações. Ela é praticamente o elo do filme, o que junta as duas partes e a força motora do principal desfecho do filme. A sede de vingança de Shosanna Dreyfuss fica nítida ao espectador no instante em que a atriz aparece, logo no terceiro ato do filme, como a dona do cinema onde tudo está prestes a ser Kaput! Melanie Laurent passa ainda a ousadia das moças francesas de uma época em que ser ousado, mesmo na França, custava a sua cabeça.

MELHOR DIREÇÃO
Quentin Tarantino - "Bastardos Inglórios"


Quando um diretor tem um estilo único, seu legado é sempre reconhecível. O que dizer quando um mestre se torna mais maduro do que nunca? Foi o que aconteceu com Tarantino em 2009. Vimos um filmão de um cara que antes brincava de cultura pop e dava certo. Com roteiro próprio, Tarantino foi à luta e mostrou que já tinha atingido um nível muito mais alto do que as pessoas julgavam. Ele provou que é um mestre no que faz e porque é um dos diretores mais cultuados de todos os tempos.


MELHOR COMÉDIA/MUSICAL
(500) Dias com Ela


Quando a comédia sensação do ano passado estreou, "Se Beber, Não Case", eu me perguntei onde é que estava a sensação toda, porque, por mais que a história seja mirabolante, não havia muita coisa de diferente. A comédia definitiva (e original) do ano passado é mesmo "(500) Dias com Ela", que pode nem ser tão engraçada quanto a ressaca do filme aí de cima, mas é bem mais leve e apaixonante, com todo o mérito dado ao diretor Marc Webber. Muito mais gente precisa se deixar levar por 500 dias com Summer.

MELHOR FILME DE AÇÃO
Star Trek


Reinventar uma série como "Jornada nas Estrelas", uma das obras da ficção com fãs mais ferrenhos, agradar a quem não gostava da série original e ainda colocar cenas de ação sem mexer no ritmo do roteiro deve ter sido um desafio imenso para J.J. Abrams. Mas o diretor deve ter uma cabeça incrível, sendo o "geek" que é. Afinal, o cara é também um fã da série original, mas sabe como ninguém como conduzir cultura pop contemporânea (vide "Lost"), além de ter vivido uma experiência em ação com "Missão Impossível 3". Mistura tudo isso de bom que dá "Star Trek".

MELHOR FILME DE TERROR/SUSPENSE
Arrasta-me Para o Inferno


Me diz uma coisa. Você riu pra caramba com "Arrasta-me Para o Inferno", não riu? Mas vai pensar duas vezes em negar favores a uma velhinha suspeita, não vai? É esse o espírito de um bom filme de terror, como esse grande achado de Sam Raimi, que não insere piadas sem graça no filme - elas estão lá desde o início e convivem harmoniosamente com o suspense que cerca a trama. Com um desfecho de deixar qualquer um boquiaberto e com toda a tortura que passou a personagem Christine Brown, não tinha como verificar duas vezes se tinha alguém no seu quarto antes de dormir, depois de assistir ao filme.

MELHOR DRAMA
A Troca

Christine Collins perdeu o filho na Los Angeles dos anos 1920, nunca o recuperou de volta, mas também não perdeu a esperança. Essa história foi contada magistralmente por Clint Eastwood, com uma atuação impecável da maravilhosa Angelina Jolie, indicada ao Oscar pelo papel. O sofrimento da personagem está estampado de uma forma mais do que comovente, mas que faz despertar todos os instintos paternais de cada um. Uma frase que entrou para a história. "Stop saying that! You're not my son! I want my son back! I WANT MY SON BACK!".

MELHOR ROMANCE
(500) Dias com Ela

Comédia romântica é tudo igual né? O casal principal passa por alguns percalços durante o filme todo, daí eles percebem que se amam mas brigam por alguma razão. Até que o cara percebe o quanto é burro por deixar uma mulher como ela escapar e eles fazem as pazes no fim, geralmente com uma declaração de amor bonitinha. E de preferencia o filme tem que ter um pôster em branco, preto e vermelho. Bom, "(500) Dias com Ela" não tem nada disso e ainda assim é a melhor comédia romântica que eu já assisti, eu acho. Não dá pra não se encantar com as personagens de Zooey Deschanel e Joseph Gordon-Levitt. São realistas e irreais demais para caber num filme só, mas cabem.

MELHOR CANÇÃO
"Jai Ho", Música: A.R. Rahman, letra: Gulzar & Tanvi Shah - "Quem Quer Ser Um Milionário"

Falando a verdade, o ano passado foi o ano da Índia. Mesmo fora da Índia. Mais precisamente aqui no Brasil. Tivemos novela sobre a Ìndia, um filme sobre a Índia vencedor do Oscar e uma canção que não dá pra tirar da cabeça. "Jai Ho", tocada ao fim do filme, mostra como mesmo depois de uma grande e sofrida batalha, a comemoração pela vitória é sempre melhor. Quero deixar lembrado também o quanto "The Climb", de "Hannah Montana - O Filme" ficou marcado também esse ano que passou na minha memória.

MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO
Up - Altas Aventuras


Nem precisa de justificativa, mas vamos lá. Todo mundo já disse isso, mas a Pixar arriscou muito ao lançar um filme para crianças - teoricamente - com um personagem idoso. Mais do que isso, nos trailers, Carl Fredericksen não era mostrado como uma pessoa amável, e sim como um velho rabugento que, cansado da vida, se manda pro Paraíso das Cachoeiras na casa içada por balões. Bom, todo o resto tá certo no filme, menos a parte do velho rabugento! Justamente para explicar a natureza do personagem, no primeiros minutos do filme somos apresentados a toda a história do velhinho, o que por si só já é suficiente pra nos deixar encantados.

MELHOR FILME DE FICÇÃO CIENTÍFICA / BASEADO EM HQ Avatar

Você pensou que "Avatar" estaria fora né? Confesso, sou muito fã do filme. Mas com o tempo fui percebendo a canastrice dele, o suficiente para concordar com a Academia e não dar o filme como o melhor do ano. Mesmo assim, o fenômeno é inegável e dentro de sua categoria "Avatar" é único. James Cameron criou um mundo próprio, com um ecossistema que funciona em harmonia e com uma linguagem própria que realmente faz sentido. Junta tudo com questões ambientais plausíveis, máquinas futuristas e toda a tecnologia presente no filme. Quer mais ficção científica do que isso?

MELHOR FILME ESTRANGEIRO NÃO NORTE-AMERICANO
A Teta Assustada (La Teta Assuatada) - Peru

Quantos filmes peruanos conseguem destaque fora do Peru? Eu só consigo lembrar de um de cabeça e é justamente "A Teta Assustada", que não só conseguiu o feito de colocar o país em evidência como tem uma das histórias mais surpreendentes do cinema latino-americano dos últimos tempos (sem exagero). Prova é a indicação dele ao Oscar de melhor filme estrangeiro, ao lado do vencedor "O Segredo de Seus Olhos", da Argentina, que só não está na minha lista porque só estreou por aqui em 2010. Aprende, Brasil.

MELHOR CENA DE EFEITOS ESPECIAIS Bombardeio da Casa da Árvore (e o resto do filme) - Avatar

Se tem uma unanimidade é a mudança que "Avatar" representou na indústria cinematográfica. Não só o 3D vai ser largamente utilizado daqui pra frente como técnicas de filmagem, uso de CGI, captura de performance, enfim, um mundo de coisas vai ser usado, graças ao grande "dever de casa" de James Cameron. A cena do bombardeio da casa da árvore, onde só uns 5% era real (apenas alguns atores de carne e osso, como Stephen Lang), mostra como o filme todo pode copiar a realidade de uma tal forma que conduza o espectador a aceitar aquilo como verdade mesmo.

MELHOR FILME NACIONAL
Se Nada Mais Der Certo


Esqueça "Se Eu Fosse Você 2", nossa maior bilheteria (grrrrr). "Salve Geral" é um bom filme, mas nem de longe deveria ter preenchido a vaga do Brasil no Oscar. O ano foi repleto de filmes-musicais e nesse gênero "Simonal - Ninguém Sabe o Duro Que Eu dei" é o melhor. Mas, por alguma razão aqui no Brasil os filmes ousados são deixados de lado por uma coisa mais clichê. Pra mim, o melhor nacional é o vencedor do Festival do Rio de 2008, "Se Nada Mais Der Certo", longa que revelou uma grande jovem atriz, Caroline Abras, vencedora do prêmio de melhor atriz no mesmo Festival, e me fez ver que Cauã Reymond é mais do que um rosto bonito, mas tem mesmo uma grande veia de atuação. Um grande trabalho do diretor José Eduardo Belmonte.




MELHOR ATOR NACIONAL
Daniel de Oliveira - Santinho em "A Festa da Menina Morta"


Mais uma vez o ator Daniel de Oliveira mostra o assombro que é uma atuação sua no cinema nacional. Ele já havia mostrado seu talento em filmes como "Cazuza" e "Zuzu Angel", mas seu personagem no filme de estreia de Matheus Nachtergaele na direção extrapola os limites do aceitável socialmente e entra numa realidade impensável pra algumas pessoas. Seu personagem é um milagreiro de um vilarejo numa região ribeirinha do interior do Brasil. Ele mostra que o nosso país tem mais coisas que nós não sabemos do que aquilo que nós queremos acreditar que exista. Intenso e profundo. Desafio vencido, embora o filme seja um embrulho no estômago.

MELHOR ATRIZ NACIONAL
Andréa Beltrão - Lúcia em "Salve Geral"


Ela já foi uma grande atriz de dramas em novelas e uma de suas personagens mais marcantes foi na novela "A Viagem". Porém o talento inegável de Andréa Beltrão na comédia faz com que nós estejamos acostumados com papeis como a Radical Chic ou a Marilda de "A Grande Família". Imagina então o assombro de ver a atriz voltando ao drama com tudo em dois filmes. "Verônica", onde ela é uma professora que enfrenta o tráfico para proteger um aluno testemunha de um crime, e "Salve Geral", pelo qual ela ganha aqui, interpretando a mãe de um presidiário em pleno ataque do PCC à cidade de São Paulo. Simplesmente fenomenal. Menção honrosa para Lília Cabral, que ganhou definitivamente minha admiração depois de "Divã".

FILME DE VAMPIROS DO ANO
Deixa Ela Entrar


Quem gritou horrores nas filas quilométricas que levavam às sessões de "Lua Nova" não faz ideia de que raio de filme é esse. Mas esse exemplar vindo da Suécia mostra um drama vampiresco único, que surpreendeu em festivais em todo o mundo. "Deixa Ele Entrar" mostra a amizade entre um menino, Oskar, e sua nova vizinha, que é normal quando está alimentada, mas vira uma fera quando está com fome. Ou seja, de mal a mal, temos vampiros de verdade! Tente assistir em DVD porque vale a pena. Agora, falando a verdade, "Lua Nova" nem é filme de vampiros, é de lobisomens...

Veja os indicados clicando aqui

quarta-feira, 24 de março de 2010

Um Sonho Posível

The Blind Side
(EUA, 2009) De John Lee Hancock. Com Sandra Bullock, Quinton Aaron, Tim McGraw e Kathy Bates.

Quando "Um Sonho Possível" estreou, ele chegou cheio de burburinhos em torno de si. 1°: Era a história de um dos maiores jogadores de futebol americano. 2°: Era a melhor atuação de Sandra Bullock em toda a sua carreira (não necessariamente nessa ordem). Até porque a ordem normal traria Sandra Bullock em primeiro lugar. O filme é dela, o mérito é dela. "Um Sonho Possível" não traz uma Sandra irreconhecível, despida de seu olhar cômico. Não, ela ainda é Sandra Bullock nesse filme. Mas com certeza é uma atriz madura que teve a oportunidade de mostrar sua versatilidade de uma forma como nunca antes.

O jovem Michael - o Big Mike - é o tipo de menino rejeitado pela sociedade. Grande, pobre e negro, sai de casa para morar nas ruas, e onde der, até que consegue uma oportunidade numa escola local através de um vizinho. É numa de suas voltas pra casa que ele conhece a familia Tuohy, cuja mãe, Leigh Anne, se afeiçoa de cara por ele e o leva pra casa. Uma vez dentro de casa, Mike não sai mais, e consegue transformar a vida dos Tuohy, sobretudo a de Leigh Anne, que não conhecia o mundo sem os olhos de uma perua metida. Mas é a mesma garra de perua metida que vai fazer com que ela batalhe por tudo o que MIke precise: até ele se tornar o melhor jogador de futebol da escola - e do mundo.

Uma espécide de "Preciosa" masculino, o filme só erra mesmo ao entregar todo o ouro para Sandra Bullock. Ele acaba sendo um filme sem profundidade, sem maiores discusões sobre a vida de Mike, que, na verdade, deveria ser o foco do filme. Mas é justamente no mesmo ponto que erra que o filme mais acerta. É Sandra Bullock quem brilhantemente faz você se entragar à história, sem nem perceber o que está por trás dela. São suas emoções e sentimentos que carregam o filme - que não merecia ter estado entre os dez melhores no Oscar, mas nem de longe. Oscar de Melhor Atriz merecido para Sandra Bullock, mas como um todo poderia ser melhor.

Nota: 6,0

terça-feira, 23 de março de 2010

Escolhido o Capitão América

Acabou a novela. Chris Evans, conhecido do grande público por ter sido o Tocha Humana nos dois filmes do "Quarteto Fantástico", foi o escolhido para viver o Capitão América no filme que leva o nome do herói. Aparentemente foi um bom negócio para Evans, que tem no contrato outros nove filmes com os estúdios Marvel. Entre eles, a megaprodução que está entre os filmes mais comentados dos últimos anos, "Os Vingadores", que vai colocar na mesma panela vários heróis do Universo Marvel, como Hulk, Homem de Ferro e Thor, além, claro, do Capitão América.

Evans venceu uma batalha concorrida. Contra ele chegaram a ser cotados uns dez nomes diferentes, que incluian Sebastian Stan ("O Pacto"), Channing Tatum ("G.I. Joe"), Ryan Phillipe ("Crash") e por aí vai.

Claro que a Marvel está rindo à toa. Atualmente são vários os projetos do estúdio em desenvolvimento e, mais do que isso, outros que não pertencem à Marvel Studios também estão a todo vapor, como a sequência de "X-Men Origens: Wolverine", "X-Men First Class" e o reboot do "Homem-Aranha". Já se fala inclusive em uma reformulação do "Quarteto Fantástico" pela Marvel, o que colocaria Evans fora do uniforme do Tocha (weird, isn't it?).

De qualquer forma, toda essa disputa dos atores envolvendo personagens dos filmes Marvel (com "Thor" foi a mesma coisa) mostra o poder do estúdio que se firmou há pouco mais de três anos. Quando "Homem de Ferro" surgiu, fora do contexto de estúdios como Paramount, Columbia e Sony, o mundo viu um assombro de qualidade técnica aliada ao compromisso com a fidelidade à história. Não tinha mais aquele desespero por fazer dinheiro que vimos em "Homem-Aranha 3", por exemplo ou em "X-Men: O Confronto Final". Claro que o dinheiro ainda manda. A Marvel produz, mas as distribuidoras ainda precisam ver as cifras no contra-cheque pra mandar brasa nos cinemas. Mas só mesmo a galera que sempre trabalhou com quadrinhos, como Avi Arad, Kevin Feige e amigos, pra colocar esses projetos bacanas pra funcionar.

Só pra constar: "Capitão América" deve começar a ser filmado muito em breve e está programado para ser lançado em 22 de julho de 2011, com direção de Joe Johnston ("O Lobisomem"). É bom Chris Evans começar a malhar. O escudo pesa mais do que ele imagina.

segunda-feira, 22 de março de 2010

O Livro de Eli

The Book of Eli
(EUA, 2010) De Albert e Allen Hughes. Com Denzel Washington, Gary Oldman, Mila Kunis, Ray Stevenson, Jennifer Beals, Michael Gambon e Frances De La Tour.

Flimes apocalípticos sempre estão na moda. A sede da mente humana em saber o que vai vir depois do fim do mundo povoa o cinema. Os últimos exemplares disso foram o catastrófico "2012" e o também pós-apocalíptico inédito "A Estrada". Mas o que a humanidade não sabe é que o que está por vir está escrito em um livro conhecido de nós a muito tempo: a Bíblia! Conceitos religiosos de lado, é sobre as revelações (sem trocadilhos) escondidas no livro sagrado dos cristãos que se baseia "O Livro de Eli", filme dos irmãos Hughes que não dirigiam nada desde "Do Inferno", em 2001.

Uma guerra de proporções nucleares devastou o planeta e aumentou ainda mais o buraco na camada de ozônio, o que fez com que os raios solares queimassem o que havia sobrado. Os sobreviventes tentaram reconstruir o mundo e qualquer item vital poderia ser disputado a tapa. Numa dessas colônias de humanos, o tirano Carnegie comanda tudo com mão de ferro, e guia uma busca por um livro com o poder de escravizar e submeter outras pessoas às suas ordens. Porém apenas um exemplar desse livro existe em toda a Terra e ele está sob a posse de Eli, um andarilho com a missão de levar o livro para o Oeste. Quando Carnegie descobre o quão valioso é Eli e que ele está com o livro, a caçada se coloca atrás do andarilho, que tem que proteger o livro e ainda cuidar de Solara, uma jovem que fugiu do covil de Carnegie.

O filme tem um visual de abandono muito propício para um filme de seu calibre. As lutas coreografadas e as atuações dos atores principais, Denzel e Oldman, ajudam a manter o bom ritmo do filme. Apesar de tudo, o livro se arrasta em algumas questões, mas consegue sempre prender o espectador com boas sacadas e ideias. Só a personagem de Mila Kunis, ela que deveria ser um alívio da tensão apocalíptica, se mostra meio perdida no contexto todo. Ela é triste, sofrida, arisca, esperta, o quê? Tudo isso junto? Não convence muito, mas ao lado de Denzel Washington ela praticamente some.

Já o ator está provando que pode assumir qualquer papel, especialmente os de ação. Washington tem abandonado um pouco os tipos de papel que lhe renderam elogios e assumido mais os tipos explosivos e armados. Como "O Livro de Eli" reúne questões profundas, como fé, religiosidade e humildade, o ator pode mostrar toda a sua versatilidade e provar porque é um dos atores mais consagrados do cinema. É dele e de Oldman o mérito do filme, e também dos irmãos diretores, que escolheram a história certa e o momento certo pra voltar à direção.

Nota: 8,0

quinta-feira, 18 de março de 2010

Ilha do Medo

Shutter Island
(EUA, 2010) De Martin Scorsese. Com Leonardo DiCaprio, Mark Ruffalo, Ben Kingsley, Michelle Williams, Patricia Clarkson, Emily Mortimer, Jackie Earle Haley e Max Von Sydow.

Um Scorsese é sempre um Scorsese. E esse filme em especial tem um "quê" de Kubrick nele. Vários aspectos me lembraram filmes da década de 1970, quando o próprio Scorsese começou sua carreira. E é esse charme de saudosismo que vemos em "Ilha do Medo", não só por esta aura setentista-kubrickiana (neologismos!) que eu achei, mas por retratar a década de 1950 pós-Segunda Guerra, uma das mais charmosas de se ver nas telas do cinema. Tive o prazer de assistir ao filme duas vezes, e na segunda pude perceber as reações da plateia, enganada pelo título brasileiro que sugere um grande filme de terror. Não é isso, mas não deixa de ser uma obra brilhante.

O detetive Edward "Teddy" Daniels foi solicitado para investigar o desaparecimento de uma paciente em um hospital psiquiátrico na misteriosa Shutter Island. Ele e seu parceiro desembarcam na ilha, cercada de regras tanto da polícia quanto do administrador do hospital. Para Teddy descobrir que há algo de errado na ilha não demora muito e ele parte em busca de resolver o mistério. Mas sua busca vai além quando tem um sonho com sua ex-mulher, morta em um estranho incêndio, e ela diz que o responsável por sua morte também está na ilha. Teddy começa a busca pela mulher desaparecida e pelo assassino de sua mulher, mas vai perceber que sua busca vai lhe mostrar que nada é o que parece ser e que ele não pode confiar em ninguém.

Assim como eu falei de Almodóvar e "Abraços Partidos", este aqui também não é o melhor d Scorsese. Mas ainda assim é uma obra do diretor. Com maestria digna de sua filmografia, o diretor conduz a trama com todo o suspense que ela merece, orquestrada também com a brilhante trilha sonora de Benjamin Pedersen, parceiro do diretor em "O Aviador" e "Os Infiltrados" . Cada nuance, da fotografia às tomadas panorâmicas (muitas delas), fazem você se sentir tão prisioneiro da ilha quanto os detetives.


Mas o que impressiona também é a atuação de Leonardo DiCaprio. Como ele evoluiu desde o franzino Jack Dawson de "Titanic"!. Mark Ruffalo, Ben Kingsley, Michelle Williams e o monstro do cinema, Max Von Sydow, todos do elenco mostram porque estão em um filme de Scorsese, o verdadeiro dono da festa. É ele o responsável por fazer o espectador ficar em dúvida nos minutos finais, se acredita no que está vendo ou não. É dele o mérito de colocar uma reviravolta espantosa que não vemos desde os tempos de "O Sexto Sentido". Se tem um filme que merece ser visto - prestando atenção nos detalhes - é "Ilha do Medo".

Nota: 9,5

terça-feira, 16 de março de 2010

Blog do Mês na Paradiso!!!! - Hora do Blush 15/03/10

Foi simplesmente incrível. Uma hora eu estava mega nervoso na sala de espera da Dial Brasil e no minuto seguinte estava eu discutindo cinema e dando dicas de filmes para Isabella Saes e Fernando Caruso! Um dia muito maneiro. Foi muito bom ter participado da Hora do Blush, principalmente porque eu escuto esse programa há muito tempo já e me divirto a beça com as antiácidas!

Isabella é linda, o Caruso é impagável até quando não percebe que está sendo engraçado. O clima lá é muito bom (o que me faz ainda mais querer trabalhar em rádio) e eles foram tão simpáticos!! Galera, simplesmente obrigado! Sucesso pra Hora do Blush, pro Comédia em Pé e pra todos na Paradiso. Um beijo e um abraço especiais para a Isabella Saes, pro Fernando Caruso e pro Leonardo Cataldo, do marketing! vlw!!!!!

domingo, 14 de março de 2010

Sobre o Pôster de "Lembranças"


Só eu reparei que mal dá pra ver o rosto de Emilie De Ravin no pôster de "Lembranças"? A cabeça do Robert Pattinson cobre ela toda! Tudo bem que é uma ótima jogada de marketing anunciar aos quatro ventos que o vampiro Edward é o protagonista. Mas se eu não fosse pesquisar ou visse no comercial, nem ia saber quem era a menina com ele no filme.

Emilie De Ravin não é tãaao desconhecida assim. Afinal, ela está em uma das séries mais comentadas de todos os tempos, "Lost". Mas pra que dizer isso né? Vamos ganhar mais dinheiro com nosso novo super astro no pôster. Vale lembrar que durante as filmagens, várias tomadas externas tiveram que ser refeitas por causa de fãs ensandecidas gritando por Rob Pattinson. Haja.

sábado, 13 de março de 2010

Os Inquilinos

Os Inquilinos
(Brasil, 2009) De Sérgio Bianchi. Com Marat Descartes, Ana Carbatti,Umberto Magnani, Lennon Campos, Cássia Kiss, Caio Blat, Ana Lúcia Torre, Aílton Graça, Sidney Santiago, Leona Cavalli.

Ás vezes você vai ao cinema e tem algumas surpresas. Fui para assistir "Direito de Amar" mas o cinema estava sem luz. Tive que ir em outro cinema no bairro carioca de Botafogo (que aliás eu amo) tentar ver se o filme estava passando lá. Não estava. Decidi ver "O Segredo de Seus Olhos", mas só ia passar muito tarde. O jeito foi assistir a "Os Inquilinos", que estava passando no horário. O que era quase uma punição se tornou uma experiência interessante, que faz ver que no cinema brasileiro existe vida além de "Se Eu Fosse Você", Xuxas e Didis afins. "Os Inquilinos" mostra que o brasil pode ir além no seu cinema, mesmo que o filme seja falho e pouco satisfatório. No fim, esse filme foi um dos casos onde o que contou foi a intenção.

Valter é um homem comum, pacato e trabalhador que mora em uma comunidade de São Paulo com a mulher e os dois filhos. O vizinho é obrigado pela ex-mulher a alugar a casa dos fundos para três homens misteriosos e suspeitos. Eles são bagunceiros, barulhentos, desordeiros e aos poucos começam a mudar a rotina e os pensamentos da família do lado. Valter começa a se preocupar mais ainda com sua família ao mesmo tempo que precisa manter um olho bem aberto na casa do lado.

A princípio, pelo trailer, "Os Inquilinos" dá aquele ar de suspense, mas vai muito além disso. É basicamente uma crítica social à violência e ao caos urbano que vemos todo dia no cotidiano. Pipocam ônibus queimados, tiros dados a esmo e até menção à pedofilia. O filme é bem produzido e filmado, mas todas essas tramas paralelas estão lá apenas para encher linguiça, já que o próprio filme se encarrega de dizer que o foco da trama não são esses e sim o tal causo dos vizinhos indesejados. Aí sim, quando o filme toma esse rumo as coisas degringolam, tomando forma. Faz até você pensar no seu próprio vizinho barulhento que quase todo mundo tem ao lado. A história se desenrola mesmo do meio para o fim, quando tudo quanto é diálogo sobre a sociedade se dissipa e a trama se concentra.

Cheio de coadjuvantes de luxo, como Cássia Kiss, Caio Blat e Aílton Graça, o filme perde metade da graça quando vemos o casal de protagonistas, interpretados por Marat Descartes e Ana Carbatti. Eles não tem química e ele é o típico marido banana. A gente se pergunta porque uma mulher forte como ela quis ficar com um frouxo como ele. Não dá, simplesmente eles não funcionam juntos. Separados até que ganham outras conotações, como quando Valter toma uma injeção de "seje homi" e enfrenta os inquilinos suspeitos. Fica a crítica social e a boa produção de Sérgio Bianchi, mas se era para fazer um filme desse tipo, ele podia ser mais focado e menos alegórico.

Nota: 6,5

sexta-feira, 12 de março de 2010

CINEMARCOS - Os Melhores de 2009

OK, já se passaram todas a premiações, os críticos já deram seus pareceres e vimos os filmes que se saíram consagrados no ano passado. Agora é a minha vez de dizer quai foram os melhore filmes na minha opinião em 2009. Tivemos grandes surpresas como filmes pequenos e ótimos como "(500) Dias Com Ela'' e "Distrito 9", e grandes, gigantescos filmes como "Avatar". 2009 no Brasil foi o ano dos filmes de 2008 passarem como "A Troca" e "Quem Quer Ser Um Milionário?''. E o cinema brasileiro? Presente com a maior bilheteria da história com "Se Eu Fosse Você 2" e com ótimos filmes não tão assistidos assim quanto "Simonal..." e "Se Nada Mais Der Certo". Hora de ver os meus indicados aos melhores do ano. Que os jogos comecem!

* Lembrando que a lista de indicados é baseada nos filmes que estrearam em salas brasileiras, de 1° de janeiro a 31 de dezembro de 2009.


MELHOR FILME
Avatar
Bastardos Inglórios
Quem Quer Ser um MIlionário?
(500) Dias com Ela
Star Trek

MELHOR ATOR
Brad Pitt - Bastardos Inglórios (Tenente Aldo "Apache" Raine)
Matt Damon - O Desinformante! (Mark Whitacre)
Mickey Rourke - O Lutador (Randy)
Sean Penn - Milk, A Voz da Igualdade (Harvey Milk)
William Dafoe - Anticristo (Ele)

MELHOR ATRIZ
Angelina Jolie - A Troca (Christine Collins)
Audrey Tatou - Coco Antes de Chanel (Gabrielle "Coco" Chanel)
Charlotte Gainsboury - Anticristo (Ela)
Kate Winslet - O Leitor (Hannah Schimitz)
Meryl Streep - Dúvida (Irmã Aloysious Beauvier)

MELHOR ATOR COADJUVANTE

Christoph Waltz - Bastardos Inglórios (Coronel Hans Landa)
Josh Brolin - Milk, A Voz da Igualdade (Dan White)
Michael Shannon - Foi Apenas um Sonho (John Givins)
Philip Seymour Hoffman - Dúvida (Padre Brendan Flynn)
Stephen Lang - Avatar (Coronel Miles Quaritch)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Amy Adams - Dúvida (Irmã James)
Lorna Raver - Arrasta-me Para o Inferno (Sylvia Ganush)
Marisa Tomei - O Lutador (Cassidy)
Melanie Laurent - Bastardos Inglórios (Shossana Dreyfuss)
Taraji P. Hanson - O Curioso Caso de Benjamin Button (Queenie)

MEHOR DIREÇÃO

Danny Boyle - Quem Quer Ser um Milionário
Gus Van Sant - Milk, a Voz da Igualdade
James Cameron - Avatar
Lars von Trier - Anticristo
Quentin Tarantino - Bastardos Inglórios

MELHOR COMÉDIA/MUSICAL

Ele Não Está Tão a Fim de Você
A Proposta
(500) Dias com Ela
Se Beber, Não Case
A Verdade Nua e Crua

MELHOR FILME DE AÇÃO

Bastardos Inglórios
O Exterminador do Futuro: A Salvação
O Sequestro do Metrô
Star Trek
Trama Internacional

MELHOR FILME DE TERROR/SUSPENSE

Arrasta-me Para o Inferno
Atividade Paranormal
Deixa Ela Entrar
Evocando Espíritos
A Órfã

MELHOR DRAMA

Anticristo
O Curioso Caso de Benjamin Button
Foi Apenas um Sonho
O Leitor
A Troca

MELHOR ROMANCE

Avatar
Ele Não Está Tão a Fim de Você
A Proposta
(500) Dias com Ela
Te Amarei Para Sempre

MELHOR CANÇÃO
"I See You" - Avatar
"Jai Ho" - Quem Quer Ser um Milionário
"Down New Orleans" - A Princesa e o Sapo
"The Climb" - Hannah Montana: O Filme
"Walk the Dinosaur" - A Era do Gelo 3

MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO
Coraline e o Mundo Secreto
O Fantástico Sr. Raposo
A Era do Gelo 3
Tá Chovendo Hambúrguer
Up - Altas Aventuras

MELHOR FILME DE FICÇÃO CIENTÍFICA / HQ
Avatar
Distrito 9
O Exterminador do Futuro: A Salvação
Star Trek
Watchmen

MELHOR FILME ESTRANGEIRO NÃO-NORTE-AMERICANO
Coco Antes de Chanel (França)
Deixa Ela Entrar (Suécia)
Os Falsários (Áustria)
A Teta Assustada (Peru)
Valsa com Bashir (Israel)

MELHOR CENA DE EFEITOS ESPECIAIS
Christine Brown é arrastada para o inferno - Arrasta-me Para o Inferno










Bombardeio à Casa da Árvore (e o resto do filme) - Avatar






Invasão do Distrito 9 - Distrito 9







Destruição do Cristo Redentor e demais cidades - 2012







Ataque à Torre Eiffell - G.I. Joe: A Origem de Cobra







MELHOR FILME NACIONAL

Divã
Hotel Atlântico
Salve Geral
Se Nada Mais Der Certo
Simonal - Ninguém Sabe o Duro Que Eu Dei

MELHOR ATOR NACIONAL

Cauã Reymond - Se Nada Mais Der Certo
Daniel de Oliveira - A Festa da Menina Morta
Gero Camilo - 5 Frações de uma Quase História
Júlio Andrade - Hotel Atlântico
Selton Mello - Jean Charles

MELHOR ATRIZ NACIONAL
Andréa Beltrão - Salve Geral
Caroline Abras - Se Nada Mais Der Certo
Glória Pires - É Proibido Fumar
Lília Cabral - Divã
Mariana Ximenes - Hotel Atlântico

Extra:
FILME DE VAMPIROS DO ANO
Deixa Ela Entrar
Anjos da Noite 3: A Rebelião
Lua Nova
Matadores de Vampiras Lésbicas

quinta-feira, 11 de março de 2010

Blog do Mês na Paradiso!!!!

Galera, o CINEMARCOS foi escolhido o blog do mês de fevereiro da SulAmerica Paradiso!!! O que isso significa? Que este que vos fala vai estar na "Hora do Blush" junto com a Isabella Saes e os Homens de Segunda, Léo Jaime e Fernando Caruso!!! Valeu por todo mundo que lê o blog e valeu galera da Paradiso!!!! Tamo junto ae!

É na proxima segunda-feira, às 17h dentro da Hora do Blush!!!