segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

SAG: “O Discurso do Rei”, favorito?



Esquenta a disputa. Esses dias li num artigo que estavam tachando “O Discurso do Rei” como favorito no Oscar somente por causa do seu número de indicações e que, em vez disso, o favorito ainda seria “A Rede Social”, por seu contexto. Concordo com o fato de que número de indicações realmente não quer dizer nada – a história do Oscar está cheia de exemplos nesse sentido, mas será que o longa britânico é tão pouco creditado assim entre os votantes da Academia para não ser chamado de favorito?

Tudo indica que não. “O Discurso do Rei” vem fazendo uma carreira bonita nas premiações, cuja última aclamação aconteceu neste domingo, dia 30 de janeiro, na premiação do Screen Actors Guild, o sindicato dos atores norte-americanos. O filme levou o prêmio de Melhor Elenco (o equivalente a “Melhor Filme”, já que o SAG só premia atuações) e Melhor Ator para Colin Firth, esse sim franco favorito ao Oscar.

E não é só de SAG que vive “The King’s Speech”, no original. O sindicato dos produtores de Hollywood o elegeu como Melhor Filme do ano, desbancando o longa de David Fincher sobre a criação do Facebook. Já os diretores elegeram Tom Hooper como o Melhor na direção em 2010. Além disso, o filme tem um monte de outros prêmios na bagagem. Bem menos do que “A Rede Social”, é verdade.

Se o rei inglês do início do século XX vai bater o rei americano do início do século XXI no Oscar, só saberemos mesmo no dia 27 de fevereiro. Vai ser acirrada a briga, que ainda tem “Bravura Indômita” no páreo e outros sete filmes, mas surpresa, surpresa mesmo, vai ser se “Inverno da Alma” levar o prêmio pra casa.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Road to Oscars - Dobradinha


Não sei se fui só eu ou se mais alguém percebeu. Nos últimos anos do Oscar, apareceram duas atrizes do mesmo filme na categoria Atriz Coadjuvante. Virou quase uma regra nas listas dos indicados nessa categoria. Duvida?






2001 – Francis McDormand e Kate Hudson, por Quase Famosos


2002 – Helen Mirren e Maggie Smith, por Assassinato em Gosford Park


2003 – Catherine Zeta-Jones e Queen Latifah, por Chicago


2007 – Rinko Kikuchi e Adriana Barraza, por Babel


2009 – Amy Adams e Viola Davis, por Dúvida


2010 – Vera Farmiga e Anna Kendrick, por Amor Sem Escalas


2011 – Amy Adams e Melissa Leo, por O Vencedor

Talvez isso aconteça porque as atrizes coadjuvantes acabem tendo um peso importante para os filmes em questão, o suficiente para não deixá-las esquecidas. Curioso que desses nomes, só Catherine Zeta-Jones ganhou a estatueta e, talvez, Melissa Leo este ano (consolo por “Frozen River”?).

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Biutiful

Biutiful
(México/Espanha, 2010) De Alejandro Gonzáles Iñárritu. Com Javier Bardem, Maricel Álvarez, Diaryatou Daff, Luo Jin, Cheng Tai Shen, Hanaa Bouchaib, Guillermo Estrella e Eduard Fernández.

Alejandro Gonzáles Iñárritu não tem uma filmografia extensa. “Biutiful” é apenas o seu quarto longa metragem. Porém, nesse caso, número não quer dizer nada, já que o diretor mostra que tem força para segurar um bom filme desde “Amores Brutos”, de 2000. Os três primeiros filmes utilizaram a técnica do “recorte e cole” do diretor, picotando o filme inteiro, jogando pra cima e recolocando os pedaços. Em “21 Gramas”, a não linearidade foi algo novo e instigante na trama. Já em “Babel”, apesar da mesma técnica de montagem aleatória, os pedaços seguiam uma linha narrativa cronológica. Em “Biutiful”, Iñárritu não usa nada disso, mas espalha ao longo do filme pequenas dicas de como tudo irá se conectar no fim. Porém, não é de técnica que se trata o longa, e sim explorar o drama particular do personagem de Bardem que, honestamente, poderia acontecer com qualquer um.


Uxbal é um homem que atua negociando trabalho de chineses ilegais a uma fábrica de produtos falsificados, repassando esses produtos a senegaleses, também ilegais. Esse é o trabalho que sustenta os seus dois filhos, Ana e Mateo. Uxbal sente o peso da responsabilidade de ter que criar os filhos e ter que afastá-los da mãe, Marambra, uma ex-viciada com transtorno bipolar. Só que aos poucos, ele percebe que é responsável por muito mais coisa nesse mundo. Uxbal possui o dom de se comunicar com os mortos e a aflição dele só aumenta quando ele mesmo terá que encarar a morte, cada vez mais próxima, por conta de um câncer de próstata.



“Biutiful” escancara a forma como vemos a morte. Por causa de seu dom, Uxbal parece treinado para encarar o evento como apenas um rito de passagem, mas ele percebe que ao seu redor, não é tão simples assim. Ele simplesmente se recusa a partir deixando pra trás todos os problemas que tem e seus filhos desamparados. É nesse drama todo que entra o talento de Javier Bardem, um dos melhores atores da atualidade, mais versátil impossível e que acaba de conquistar mais uma indicação ao Oscar por causa do papel.



Apesar das tramas paralelas que se inserem meio sem sentido (há espaço até para um romance gay), o diretor deixa sua marca registrada ao estampar um drama profundo nas telas e mostrar que a vida não é um mar de rosas. Temos problemas, momentos felizes e tristes e tudo isso pode ser interrompido a qualquer momento. “Biutiful” é sobre a natureza humana no seu mais íntimo.
Nota: 8,0




*Indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro pelo México e de Melhor Ator para Javier Bardem.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Revirando o Lixo


No ano passado, escrevi sobre “Lixo Extraordinário” logo após a exibição do filme no Festival do Rio. Já tinha me convencido de que eu tinha acabado de assistir ao melhor filme do festival, que fez com que Vik Muniz, a equipe de produção e, principalmente, os catadores de lixo protagonistas do documentário fossem aplaudidos de pé e com entusiasmo por toda a plateia do Odeon. Essa honra não é pra qualquer um. Quantos filmes passaram pelo Festival, bons filmes, e não tiveram a mesma recepção? E assim, um tanto quanto tardiamente, vejo “Lixo...” ser agraciado pela imprensa, laureado por jornalistas e críticos, após o seu anúncio como “o filme brasileiro no Oscar”.

“Lixo Extraordinário” não tinha toda essa pretensão de se tornar um sucesso. Claro, os produtores sabiam o rico material que tinham nas mãos e o potencial da história toda. Mais do que simplesmente ser reconhecido pelo mundo, o documentário quer simplesmente contar uma história e se essa história tocar o maior número de pessoas possível já é uma vitória. E não deveria ser assim a maioria dos filmes? Não foi pra isso que o cinema foi criado, mais do que só entreter, mas como uma forma a mais de contar histórias?

E mesmo com um filme brilhante em cartaz, rodado quase que inteiramente no Brasil, os brasileiros preferem a fanfarronice de “De Pernas pro Ar”. Tem uma história incrível passando nos cinemas cariocas, mas as pessoas encaram como “mais um filme da realidade chocante do nosso Brasil, como os que só mostram traficantes e favelas”. Mas a realidade é essa! Não vivemos no mundo perfeito de Manoel Carlos e suas novelas das oito, onde todos os personagens moram muito bem no Leblon e passam os fins de tarde na orla da praia.

Vik Muniz já é reconhecido por seu trabalho no exterior, com as suas peças construídas com material reciclável espalhadas em composições gigantes e depois retratadas. Para o seu próximo trabalho, ele decidiu que ia fazer diferente. Ele mergulhou no maior aterro sanitário do mundo, o Jardim Gramacho, que recebe toneladas de lixo do Rio e do Grande Rio. Foi quando ele viu que ali ele podia fazer muito mais. Através de personagens marcantes do aterro, como Tião, o presidente da associação que cuida dos interesses de catadores de lixo, Irmã, uma senhora que cozinha para os trabalhadores, entre outros, ele vai desenhando portfólios desses personagens, que cresceram ali sem nenhuma perspectiva.

O artista então convida alguns deles para participar do seu projeto. Primeiro ele tira fotos deles no aterro, e essas imagens vão se transformar em arte, feita pelos próprios catadores. O resultado desse trabalho vai ser vendido e o dinheiro revestido para obras sociais para os catadores. Mas isso vai muito além do dinheiro. O importante é a mudança de perspectiva que o trabalho com a arte causa nessas pessoas, que começam a ver uma oportunidade de vida melhor fora do lixo.

“Lixo...” chega ao Oscar como um vitorioso, o documentário mais premiado dentre os cinco concorrentes da categoria e franco favorito a ganhador. A torcida está grande, mas em vez de só torcer e vibrar, vamos saudar o filme como ele merece: assistindo o documentário! Até porque, mesmo sem estatueta, eu já assisti a vitória de “Lixo...” há meses atrás, com uma plateia emocionada e entusiasmada aplaudindo o filme por consideráveis minutos, praticamente pulando na cadeira.


Clique AQUI e veja a crítica de "Lixo Extraordinário"

Os esquecidos

Sempre tem uns largados de mão sem dó nem piedade pela Academia e 2010 foi um ano tão plural na produção de filmes que certamente alguém ficaria de fora. Vejam alguns dos principais esquecidos da cerimônia do dia 27 de fevereiro.

Andrew Garfield – O ator deu vida nas telas a Eduardo Saverín, parceiro de Mark Zuckerberg na criação do Facebook. Em “A Rede Social”, Garfield revela um talento descomunal, o que lhe rendeu garantias de portas abertas como interpretar o novo Homem-Aranha. Uma indicação ao Oscar só melhoraria sua carreira.



Mark Wahlberg – Comentei uma vez no Facebook que deve ser difícil para um protagonista ver os seus coadjuvantes sendo laureados e premiados, enquanto você chupa o dedo. É assim esse ano com Mark Wahlberg, que é um bom ator quando encontra papéis decentes pra fazer. Ele já foi indicado por “Os Infiltrados” e esse ano só ganhou reconhecimento da Academia com a indicação de “O Vencedor” a Melhor Filme. Wahlberg é um dos produtores.

Mila Kunis – Ela teve que engordar alguns quilos para o seu papel em “Cisne Negro” e, convenhamos, ser coadjuvante de Natalie Portman e não permanecer na sombra não é fácil. Apesar de uma relativamente longeva carreira na TV e no cinema, este é o primeiro grande papel da ex-namorada de Macaulay Culkin, que merecia algum reconhecimento, mas passou batido do Oscar.

Christopher Nolan – Quando “O Cavaleiro das Trevas” não foi indicado a Melhor Filme de 2008, o burburinho foi tão grande que tiveram que mudar as regras do Oscar, aumentando o número de indicados de 5 para 10. O mesmo não aconteceu com a categoria de diretor, deixando de fora uma das mentes mais brilhantes do cinema deste início de século. Nolan construiu uma trama que precisa ser assistida várias vezes para ser entendida, tamanha a sua complexidade. Mas ninguém pode dizer que “A Origem” não é um máximo. Se Nolan não foi indicado na direção, ao menos no roteiro a Academia teve a decência de o fazer.

Julianne Moore – Honestamente, diante da atuação de Annette Benning, Julianne Moore até que é relativamente mais fraca. Porém, ela é a segunda metade desta laranja chamada “Minhas Mães e Meu Pai”, chegando a aparecer até mais do que Benning no filme. Acredito cegamente que foi por falta de vagas – e não de talento – que Julianne não recebeu sua quinta indicação ao Oscar.

Tron: O legado – Podiam ter lembrado “Tron” em Efeitos Especiais e na trilha sonora composta pelo Daft Punk, não apenas na Edição de Som. Mas, pelo que o filme é, até está de bom tamanho.

Enrolados – A Disney suou para colocar uma animação digital decente no mercado e conseguiu o feito com a história da Rapunzel. Pelas regras da Academia, devido ao número de inscritos, só três animações seriam as finalistas. Apesar de mais do que concordar com os escolhidos (““ Como Treinar Seu Dragão”, “O Mágico” e” Toy Story 3”), “Enrolados” merece menção honrosa como a grande animação que é.

Clint Eastwood e Martin Scorsese – Por anos a fio assistimos a batalhas incansáveis entre os dois diretores, mas parece que eles perderam a mão depois de um tempo. Só isso pra justificar o porquê de seus filmes ficarem fora da corrida principal. Clint saiu esse ano com “Além da Vida” e Scorsese deu “Ilha do Medo” ao mundo. Bons filmes, mas não o suficiente para cativar a Academia.

Burlesque – Cher e Christina Aguilera foram solenemente ignoradas. Thank you.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

OSCAR 2011 - Os Indicados


Acabou a espera. Na verdade, acabou a espera pelo nada, já que tudo indicava que a lista de indicados ao Oscar 2011 iria repetir uma tendência polarizada. Aparentemente, a batalha vai ser mesmo entre “A Rede Social” e “O Discurso do Rei”. Este último obteve 12 indicações, liderando a corrida deste ano. Seu rival internético recebeu apenas 8 indicações. Na categoria Melhor Filme, com dez vagas em aberto, era possível saber que a lista ia abranger vários dos filmes esquecidos até agora nas premiações, mas funcionando mesmo como um prêmio de consolação. Quem deve surpreender mesmo é “Bravura Indômita”, com 10 indicações, mostrando que a Academia realmente adora os irmãos Coen, depois de “Onde os Fracos Não Tem Vez” e “Um Homem Sério”.

Dentre as surpresas, temos a ausência (muito, muito sentida) de Andrew Garfield da lista de atores coadjuvantes. O cara merecia essa indicação por “A Rede Social”, talvez mais até do que Jesse Eisenberg. Em seu lugar, figurou John Hawke por “Inverno da Alma” e Mark Ruffallo, até então bem esquecido, por “Minhas Mães e Meu Pai”. Outra surpresa, foi a indicação de Hailee Steinfield, de “Bravura Indômita”. Surpresa não pela atuação, porque ela realmente é boa no papel, mas tinha nomes mais fortes pra entrar no páreo de atriz coadjuvante como Mila Kunis, por “Cisne Negro”, e Julianne Moore, de “Minhas Mães e Meu Pai”.

Christopher Nolan foi solenemente ignorado na direção, mas “A Origem” conseguiu 8 indicações, entre elas Melhor Filme e Melhor Roteiro Original. Já “Toy Story 3” se tornou a terceira animação a conseguir o feito de ser indicada a Melhor Filme, depois de “A Bela e a Fera” e “Up”. Claro que isso deve se repetir cada vez mais, com a regra de 10 filmes indicados e com a Pixar só aumentando seu gabarito.

No mais, a gente vai acompanhando o desenrolar da briga até o desfecho no dia 27 de fevereiro, quando as estatuetas serão entregues, em cerimônia apresentada por James Franco e Anne Hathaway. A propósito, vai ser muito estranho James Franco ganhar o Oscar sendo o apresentador, ou a indicação do host significa que ele já não vai ganhar mesmo? Só em fevereiro pra saber.

Confira as indicações:

Melhor filme
"Cisne Negro"
"Bravura Indômita"
"A Rede Social"
"Toy Story 3"
"A Origem"
"O Discurso do Rei"
"O Vencedor"
"127 Horas"
"Minhas Mães e Meu Pai"
"Inverno da Alma"

Melhor direção
Darren Aronofsky - "Cisne Negro"
David Fincher - "A Rede Social"
David O. Russell - "O Vencedor"
Tom Hooper - "O Discurso do Rei"
Joel Coen e Ethan Coen - "Bravura Indômita"

Melhor ator
Javier Bardem - "Biutiful"
Jeff Bridges - "Bravura Indômita"
Colin Firth - "O Discurso do Rei"
James Franco - "127 Horas"
Jesse Eisenberg - "A Rede Social"

Melhor atriz
Annette Bening - "Minhas Mães e Meu Pai"
Natalie Portman - "Cisne Negro"
Nicole Kidman - "Rabitt Hole - Reencontrando a Felicidade"
Jennifer Lawrence - "Inverno da Alma"
Michelle Wiliams - "Blue Valentine"

Melhor ator coadjuvante
Geoffrey Rush - "O Discurso do Rei"
Christian Bale - "O Vencedor"
Jeremy Renner - "Atração Perigosa"
John Hawkes - "Inverno da Alma"
Mark Ruffalo - "Minhas Mães e Meu Pai"

Melhor atriz coadjuvante
Melissa Leo - "O Vencedor"
Amy Adams - "O Vencedor"
Helena Bonham Carter - "O Discurso do Rei"
Hailee Steinfeld - "Bravura Indômita"
Jacki Weaver - "Animal Kingdom"

Melhor animação
"Toy Story 3"
"Como Treinar o Seu Dragão"
"O Mágico"

Melhor roteiro original
"Cisne Negro"
"A Origem"
"Anotyher Year"
"O Vencedor"
"O Discuros do rei"

Melhor roteiro adaptado
"127 Horas"
"Bravura Indômita"
"A Rede Social"
"Toy Story 3"
"Inverno da Alma"

Melhor filme estrangeiro
"Fora da Lei" (Argélia)
"Incendies" (Canadá)
"Em Um Mundo Melhor" (Dinamarca)
"Dente Canino" (Grécia)
"Biutiful" (México)

Melhor documentário
"Lixo Extraordinário"
"Trabalho Interno"
"Exit Through the Gift Shop"
"Gasland"
"Restrepo"

Melhor trilha sonora
Hans Zimmer - "A Origem"
Trent Reznor e Atticus Ross - "A Rede Social"
Alexandre Desplat - "O Discurso do Rei"
John Powell - "Como Treinar o seu Dragão"
A.R. Rahman - "127 Horas"

Melhor canção original
"Coming Home" - "Country Strong"
"I See the Light" - "Enrolados"
"If I Rise" - "127 Horas"
"We Belong Together" - "Toy Story 3"

Melhor edição
"127 Horas"
"Cisne Negro"
"A Rede Social"
"O Discurso do Rei"
"O Vencedor"

Melhor fotografia
"A Origem"
"Cisne Negro"
"A Rede Social"
"O Discurso do Rei"
"Bravura Indômita"

Melhor figurino
"O Discurso do Rei"
"Bravura Indômita"
"Alice no País das Maravilhas"
"I am Love"
"The Tempest"

Melhor direção de arte
"Alice no País das Maravilhas"
"A Origem"
"O Discurso do Rei"
"Bravura Indômita"
"Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte I"

Melhor mixagem de som

"Salt"
"A Origem"
"O Discurso do Rei"
"Bravura Indômita"
"A Rede Social"

Melhor edição de som
"Toy Story 3"
"Tron - O Legado"
"A Origem"
"Bravura Indômita"
"Incontrolável"

Melhor maquiagem
"O Lobisomem"
"Caminho da Liberdade"
"Minha Versão para o Amor"

Melhores efeitos visuais
"Além da Vida"
"A Origem"
"Homem de Ferro 2"
"Alice no País das Maravilhas"
"Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte I"

Melhor curta-metragem
"The Confession"
"The Crush"
"God of Love"
"Na Wewe"
"Wish 143"

Melhor documentário em curta-metragem

"Poster Girl"
"Strangers no More"
"Killing in the Name"
"Sun Come Up"
"The Warriors of Qiugang"

Melhor curta-metragem de animação
"Day & Night"
"Let's Pollute"
"The Lost Thing"
"The Gruffalo"
"Madagascar, Carnet de Voyage"

sábado, 22 de janeiro de 2011

O Turista


The Tourist
(EUA/UK, 2010) De Florian Henckel von Donnersmark. Com Angelina Jolie, Johnny Depp e Paul Bettany.

Johhny Depp é conhecido por seus papeis camaleônicos, podendo interpretar praticamente qualquer papel, seja ele excêntrico, esquisito, fantasiado, maluco ou comum. Já Angelina Jolie, de beleza e elegância incontestáveis, tem a incrível habilidade de sempre interpretar a si mesma, salvo algumas exceções. Não que isso na Sra. Pitt seja ruim, não, o público adora ver Angelina nas telas. Os atores são dois dos maiores astros do cinema neste início de século e estão no topo dos preferidos dos diretores. "O Turista" chegou pra mostrar que os dois são grandes demais pra trabalhar juntos.

No filme, a namorada de um ladrão foragido da polícia britânica, Elisa Ward, recebe recados dele para despistar a policia e ir se encontrar com ele. O ladrão, Alexander Pearce, dá as instruções para que ela embarque em um trem e escolha alguém com o mesmo tipo físico dele e fazer a polícia acreditar. Elisa então escolhe o professor de matemática Frank Tupelo e no meio do plano de fazer a polícia acreditar, Frank se apaixona por Elisa. O que ela não sabe é que o mafioso de quem Alexander roubou dinheiro também estava de olho neles. Agora, todos pensam que Frank é Alexander, e cabe à Elisa proteger e zelar pela segurança do turista.



Apesar das promessas de uma suposta aura hitchcockiana, "O Turista" é fraco, especialmente pelo brilho do casal principal. Claro, temos que concordar que uma personagem tão estilosa como Elisa ficou perfeita em Angelina e o cara bobão e sonso também caiu como uma luva em Depp. Porém, os dois não tem a menor química nas telas. Aliás, parece que ninguém combina com Angelina Jolie além dela mesma, que rouba todas as cenas simplesmente com a sua presença. Johnny Depp perto dela fica totalmente apagado. O que dizer então de Paul Bettany...



O thriller tem bons momentos de comédia e um charme irresistível - que começa na expectativa de ver os dois na tela, ainda do lado de fora do cinema. O filme é bom, mas não o suficiente para justificar os atores juntos que, repito, não combinam. Bom veículo para os dois, ainda mais para Angelina que, repito, está linda. Ponto para o diretor alemão de "A Vida dos Outros" que, no primeiro trabalho maior, conseguiu uma equipe tão bacana pra trabalhar mas, repito, "O Turista" é fraco.

Nota: 7,0

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Meet The Catwoman!


Pois é, os rumores se confirmaram. Apesar de ser um papel bastante disputado, foi Anne Hathaway quem levou o papel de Selena Kyle no novo filme da franquia Batman, "The Dark Knight Rises", que tem previsão de estreia para 20 de julho de 2012. Me referi ao papel como Selena Kyle porque sabemos a carga dramática que o diretor Christopher Nolan trouxe aos personagens do universo de Gotham City. Mesmo que depois ela se torne a Mulher-Gato, é a parte humana quem vai chamar mais a atenção.

Anne Hathaway cresceu muito como atriz nos últimos anos, deixando de ser uma princesa de filmes bobos ("O Diário da Princesa", "Uma Garota Encantada") para se entregar aos mais diversificados papeis, seja em um blockbuster ("Agente 86") ou em um drama familiar ("O Casamento de Rachel", sua primeira indicação ao Oscar). Parece que a escolha foi perfeita para o papel, mas ser a Mulher-Gato no cinema é meio, digamos, enigmático. Nunca se sabe o que vai sair de lá. Michelle Pfeifer ainda é a mais reverenciada e Hale Berry, pffff, nem deve ser levada em conta.

A franquia Batman se tornou a mais desejada dos cinemas dos últimos tempos, raças a brilhante mente de Christopher Nolan e sua equipe de produção. Para o terceiro filme, Christian Bale retorna para a capa do Homem-Morcego, assim como Michael Cane, Morgan Freeman, Gary Oldman e uma adição, Tom Hardy, como o vilão Bane.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Enterrado Vivo

Buried
(EUA/Espanha, 2010) De Rodrigo Cortés. Com Ryan Reynolds.

Aparentemente, você já viu esse filme. Monólogos ensaiados em que o protagonista fica isolado quase o filme inteiro, atuando com o nada, tipo “Náufrago”, em que Tom Hanks consegue segurar a peteca sozinho ao lado de uma bola apelidada de Wilson, ou “Eu Sou a Lenda”, cuja coadjuvante de um solitário Will Smith é uma linda cadela de pastor alemão em boa parte do filme. Porém, em “Enterrado Vivo” existe um fator adicional. Não temos aqui uma ilha paradisíaca ou cidades devastadas pelo fim do mundo. Ryan Reynolds está dentro de um caixão e é ali que o filme se passa. Inteiro. Um show de claustrofobia que se fundamenta em um roteiro bem amarrado e, quem diria, numa boa atuação de Reynolds.

No Iraque, o motorista Paul Conroy é vítima de uma emboscada e acaba sequestrado e colocado dentro de um caixão de madeira no meio do deserto. Literalmente enterrado vivo, ele acorda e se vê apenas com um isqueiro e com um celular, cuja bateria está acabando. É desse celular que vem todas as esperanças de Paul continuar vivo, que precisa lutar contra o tempo para evitar que os sequestradores o deixem para morrer, além de conseguir guiar o resgate até onde ele está, local que nem ele sabe.



O diretor Rodrigo Cortés se arriscou ao contar esta história sem muitos detalhes e tentar conseguir prender a atenção do espectador por uma hora e meia. Mas ao longo do filme, vamos nos envolvendo mais com a história de Conroy e a cada segundo uma nova informação nos faz perceber que a situação, que não tinha como ficar pior, piora. Repito: o único cenário do filme é o caixão onde Paul está. Não há flashbacks, lembranças, imagens, nada, a não ser por um vídeo que ele recebe no celular, coisa de uns 30 segundos.



Com uma excelente montagem e trilha sonora, além do roteiro bem amarrado, o mérito do filme se deve, quase que integralmente, ao desempenho de Ryan Reynolds, que escancara o desespero do personagem na tela, contribuindo para a agonia de quem assiste. Ouso dizer que esta é a melhor atuação de Reynolds, que sempre esteve à frente de papeis mais simples, sem muita carga dramática.



“Enterrado Vivo” foi gravado em duas semanas e só gastou US$ 3 milhões. Prova de que não é preciso rios de dinheiro para se fazer um bom filme. Cinco caixões foram utilizados no filme.

Nota: 9,0

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

IMP Awards - Os Melhores Pôsteres de 2010

O site Internet Movie Poster (IMP) divulgou os indicados ao prêmio anual do portal, o IMP Awards, onde são escolhidos os melhores pôsteres do ano que passou em várias categorias.
Para Melhor Pôster, o IMP escolheu os seguintes: "Cisne Negro", "Enterrado Vivo", "I'm Still Here" (o documentário falso de Joaquim Phoenix), "Rabbit Hole" e "127 Horas".





Dentre as categorias, estão os pôsteres mais engraçados, mais assustadores, com a frase mais engraçada e mais séria. Para ver todas as categorias é só clicar AQUI.

O IMP também separa os piores pôsteres do ano, que não necessariamente são de filmes ruins. O prestigiadíssimo "O Discurso do Rei", por exemplo, está na categoria, junto com "Viagens de Gulliver", "A Última Música", "Finding Bliss" e "Ladrões".




O site destacou também os cinco melhores pôsteres de vários países, inclusive o Brasil. Veja os cinco melhores pôsteres brasileiros, segundo o site: "5X Favela: Agora Por Nós Mesmos", "Chico Xavier", "Reflexões de um Liquidificador", "Nosso Lar" e "Os Fantasmas e os Duendes da Morte".




O resultado do IMP Awards sai no dia 24 de janeiro.