sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Saem os indicados para o Oscar...


Surpresas? Algumas. Como sempre, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas consegue provocar alguns sustos e decepções, mas também muitas alegrias. Heath Ledger consegue, um ano após sua morte, uma indicação ao prêmio de melhor ator coadjuvante. E não só isso, como chega com chances reais de ganhar a estatueta. O líder das indicações é "O Curioso Caso de Banjamin Button" com 13 indicações, incluindo Melhor Ator para Brad Pitt. Dentre os favoritos, Mickey Rourke com "O Lutador", Kate Winslet com "O Leitor", filme surpresa do ano e o inglês "Quem quer ser Milionário?". Confira as indicações:

ATOR
Richard Jenkins -- O Visitante {"Walter Benjamin"}
Frank Langella -- Frost/Nixon {"Richard Nixon"}
Sean Penn -- Milk {"Harvey Milk"}
Brad Pitt -- O Curioso Caso de Benjamin Button {"Benjamin Button"}
Mickey Rourke -- O Lutador {"Randy"}

ATOR COADJUVANTE
Josh Brolin -- Milk {"Dan White"}
Robert Downey Jr. -- Trovâo Tropical {"Kirk Lazarus"}
Philip Seymour Hoffman -- Dúvida {"Father Brendan Flynn"}
Heath Ledger -- O Cavaleiro das Trevas {"The Joker"}
Michael Shannon -- Apenas um Sonho {"John Givings"}

ATRIZ
Anne Hattaway -- O Casamento de Rachel {"Kym"}
Angelina Jolie -- A Troca {"Christine Collins"}
Melissa Leo -- Frozen River {"Ray Eddy"}
Meryl Streep -- Dúvida {"Sister Aloysious Beauvier"}
Kate Winslet -- O Leitor {"Hanna Schmitz"}

ATRIZ COADJUVANTE
Amy Adams -- Dúvida {"Sister James"}
Penélope Cruz -- Vicky Cristina Barcelona {"Maria Elena"}
Viola Davis -- Dúvida {"Mrs. Miller"}
Taraji P. Hanson -- O Curioso Caso de Benjamin Button {"Queenie"}
Marisa Tomei -- O Lutador {"Cassidy"}

FILME DE ANIMAÇÃO
Bolt -- Chris Williams and Byron Howard
Kung Fu Panda -- John Stevenson and Mark Osborne
WALL-E -- Andrew Stanton
DIREÇÃO DE ARTE
A Troca -- James J. Murakami, Gary Fettis
O Curioso Caso de Benjamin Button -- Donald Graham Burt, Victor J. Zolfo
O Cavaleiro das Trevas -- Nathan Crowley, Peter Lando
A Duquesa -- Michael Carlin, Rebecca Alleway
Apenas um Sonho -- Kristi Zea, Debra Schutt

FOTOGRAFIA
A Troca -- Tom Stern
O Curioso Caso de Benjamin Button -- Claudio Miranda
O Cavaleiro das Trevas -- Wally Pfister
O Leitor -- Chris Menges, Roger Deakins
Quem Quer Ser um Milionário? -- Anthony Dod Mantle

FIGURINO
Australia -- Catherine Martin
O Curioso Caso de Benjamin Button -- Jacqueline West
A Duquesa -- Michael O'Connor
Milk -- Danny Glicker
Apenas Um Sonho -- Albert Wolsky

DIREÇÃO
O Curioso Caso de Benjamin Button -- David Fincher
Frost/Nixon -- Ron Howard
Milk -- Gus Van Sant
O Leitor -- Stephen Daldry
Quem Quer Ser Um Milionário? -- Danny Boyle

DOCUMENTÁRIO LONGA-METRAGEM
The Betrayal (Nerakhoon) -- Ellen Kuras, Thavisouk Phrasavath
Encounters at the End of the World -- Werner Herzog, Henry Kaiser
The Garden -- Scott Hamilton Kennedy
Man on Wire -- James Marsh, Simon Chinn
Trouble the Water -- Tia Lessin, Carl Deal

MONTAGEM E EDIÇÃO
O Curioso Caso de Benjamin Button -- Kirk Baxter, Angus Wall
O Cavaleiro das Trevas -- Lee Smith
Frost/Nixon -- Mike Hill, Dan Hanley
Milk -- Elliot Graham
Quem Quer Ser um Milionário? -- Chris Dickens

FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
The Baader Meinhof Complex -- Germany
The Class -- France
Departures -- Japan
Revanche -- Austria
Waltz With Bashir -- Israel

MAQUIAGEM
O Curioso Caso de Benjamin Button -- Greg Cannom
O Cavaleiro das Trevas -- John Caglione, Jr., Connor O'Sullivan
Hellboy II: O Exército Dourado -- Mike Elizalde, Thom Floutz

TRILHA SONORA
O Curioso Caso de Benjamin Button -- Alexandre Desplat
Defiance -- James Newton Howard
Milk -- Danny Elfman
Quem Quer Ser Um Milionário? -- A.R. Rahman
WALL-E -- Thomas Newman

CANÇÃO ORIGINAL
"Down to Earth" -- WALL-E
"Jai Ho" -- Quem Quer Ser um Milionário?
"O Saya" -- Quem Quer Ser Um Milionário?

MELHOR FILME
O Curioso Caso de Benjamin Button
Frost/Nixon
Milk
O Leitor
Quem Quer Ser um Milionário?

MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO
La Maison de Petits Cubes -- Kunio Kato
Lavatory - Lovestory -- Konstantin Bronzit
Oktapodi -- Emud Mokhberi, Thierry Marchand
Presto -- Doug Sweetland
This Way Up -- Alan Smith, Adam Foulkes

EDIÇÃO DE SOM
O Cavaleiro das Trevas-- Richard King
Homem de Ferro -- Frank Eulner, Christopher Boyes
Quem Quer Ser Um Milionário? -- Tom Sayers
WALL-E -- Ben Burtt, Matthew Wood
O Procurado -- Wylie Stateman

MIXAGEM DE SOM
O Curioso Caso de Benjamin Button -- David Parker, Michael Semanick
O Cavaleiro das Trevas -- Lora Hirschberg, Gary Rizzo, Ed Novick
Quem Quer Ser Um Milionário? -- Ian Tapp, Richard Pryke, Resul Pookutty
WALL-E -- Tom Myers, Michael Semanick, Ben Burtt
O Procurado -- Chris Jenkins, Frank A. Montaño, Petr Forejt

EFEITOS VISUAIS
O Curioso Caso de Benjamin Button -- Eric Barbam Steve Pregg, Burt Dalton, Craig Barron
O Cavaleiro das Trevas -- Nick Davis, Chris Corbould, Tim Webber, Paul Franklin
Homem de Ferro -- John Nelson, Ben Snow, Dan Sudick, Shane Mahan

ROTEIRO ADAPTADO
O Curioso Caso de Benjamin Button -- Eric Roth, Robin Swicord
Dúvida -- John Patrick Shanley
Frost/Nixon -- Peter Morgan
O Leitor -- David Hare
Quem Quer Ser Um Milionário? -- Simon Beaufoy

ROTEIRO ORIGINAL
Frozen River -- Courtney Hunt
Simplesmente Feliz -- Mike Leigh
Na Mira do Chefe -- Martin McDonagh
Milk -- Dustin Lance Black
WALL-E -- Andrew Stanton, Jim Reardon, Pete Docter

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Internet Movie Poster Awards 2008

O IMP - Internet Movie Poster - o banco de dados mais completo de pôsteres de filmes da internet divulgou os melhores e piores pôsteres de 2008, que são os indicados ao Internet Movie Poter Awards, premiação anual do site.

Dentre os 5 indicados a melhor poster do ano o primeiro teaser de Queime Depois de Ler, um de Batman-O Cavaleiro das Trevas, onde o principal destaque é o coringa com a célebre frase "Why So Serious?", a Estátua da Liberdade decepada de Cloverfield-Monstro, a imagem de Mickey Rourke caído em The Wrestler e o pôster do documentário vencedor do Oscar Táxi to the Dark Side.

Já os piores, segundo o site, são os pôsteres de A Troca, Marido por Acaso, Perigo em Bancock, Ataque das Loiras (filme de Pámela Anderson e Denise Richards) e The Hottie and the Nottie (com Paris Hilton).
O site tem ainda como categorias melhor poster de terror, poster mais engraçado e melhores taglines, aquelas frases que se destacam no pôster. Os vencedores foram anunciados no dia 19 de janeiro:

Melhor Pôster: Batman – O Cavaleiro das Trevas
Pior Pôster: Perigo em Bancock



Melhor Teaser Pôster: Cloverfield – Monstro



Melhor Pôster de um Blockbuster: Batman – O Cavaleiro das Trevas






Pôster mais engraçado: Religulous






Tagline mais engraçada: W ("A life misunderestimated.")






Melhores Pôsteres de Personagens: Appaloosa






Pior Teaser Pôster: O Procurado







Pôster mais “corajoso”: Dúvida





Pôster mais assustador: Olho do Mal







Melhor Tagline Séria: O curioso caso de Benjamin Button ("We are defined by opportunities, even the ones we miss")

domingo, 18 de janeiro de 2009

Passagem para a Índia

O Brasil está prestes a ser invadido por um furacão de informações sobre a cultura indiana, graças à nossa querida e amada televisão. Através do vídeo, muitos brasileiros vão ter o seu primeiro contato com uma cultura ao mesmo tempo misteriosa mas não totalmente desconhecida. Certamente alguém já acendeu um incenso, usou alguma roupa com estampas indianas, e já ouviu falar de alguma coisa do sistema de castas ou dos deuses indianos com cara de animais - quem nunca ouviu falar que a vaca é sagrada na Índia? Mas um dos principais atrativos indianos do século XXI continua escondido e enclausurado para os brasileiros, mesmo que seja um dos mercados mais lucrativos do país: o cinema indiano.

A Índia começou a produzir filmes em 1913, apenas 18 anos após o primeiro filme da história. A maioria dos filmes produzidos são musicais, com narrativas que misturam a cultura indiana com aqueles velhos termos clichês do cinema (amores impossíveis, a luta do bem contra o mal, etc). Na prática, até meados dos anos 1990, os filmes indianos eram quase todos de baixo orçamento, até o momento em que a televisão e os grandes filmes chegaram ao mercado asiático com maior abertura. A partir daí, a pressão para que os filmes na Índia passassem por uma melhoria técnica aumentou, o que resultou no boom dos filmes de Bollywood por todo o mundo, passando inclusive a sofrer influências ocidentais.

"Bollywood" é o termo usado para definir o cinema "pipoca" indiano, uma mistura de Bombaim - antigo nome da cidade de Mumbai, onde se concentra a indústria desse gênero no país - e Hollywood, a capital mundial do cinema. Os filmes de Bollywood são específicos de apenas uma área e idioma, mas a popularidade desses filmes ao redor do mundo acabou fazendo com que esse termo representasse todo o cinema indiano. Apesar de ser criticado por distorcer alguns valores culturais, o cinema de Bollywood concentra a maior parte dos lucros de todo o cinema indiano. Sua produção é a maior do mundo(cerca de 800 filmes por ano, só em longa-metragem) e é um raro caso onde os filmes nacionais ultrapassam as bilheterias de filmes estrangeiros.

O cinema na índia ainda é ajudado por alguns fatores. O bilhete de cinema é um dos mais baratos do mundo e eles contam com uma vantagem populacional, com mais de 1 bilhão de habitantes. Bollywood é o cinema falado no idioma oficial indiano, o Híndi, o que facilita a difusão desse gênero específico. Os outros moldes de cinema estão também baseados nos outros 21 idiomas e dialetos falados na Índia.

Apesar de estar há tanto tempo em produção (a Universal mantém uma agência de distribuiação de filmes lá desde 1916), o mundo está apenas começando a descobrir o cinema na Índia. Os anos 50 tiveram um significativo reconhecimento com os diretores Satyajit Ray e Mehboob Khan. Mas foi a partir do fim dos anos 80, quando o mundo conheceu Salaam Bombay!(1988), de Mira Nair, que o mercado internacional passou a voltar seus olhos para a Índia. Desde então, Mira Nair fez carreira internacional, dirigindo filmes como Feira das Vaidades (2004) e voltando aos temas indianos como Um Casamento à Indiana (2001) e Nome de Família (2006). Outros nomes conhecidos da Índia são Shekhar Kapur, que dirigiu as duas partes de Elizabeth (1998 e 2007) e M. Night Shayamalan, nascido na Índia, mas criado nos EUA.

A Índia já foi indicada ao Oscar de melhor filme estrangeiro por 3 vezes: Em 1957, com Mother India (de Mehboob Khan), em 1988 com Salaam Bombay! (de Mira Nair) e em 2001 com Lagaan (de Ashutosh Gowariker). Hoje podemos ver sempre um ou outro personagem de características indianas figurando no cinemão ocidental.Sem falar das inúmeras parcerias feitas entre hollywoodianos e bollywoodianos(em outubro de 2008, foi lançado Roadside Romeo, primeiro filme de animação da Índia, feito em parceria com os estúdios Walt Disney). E assim está prestes a ser com o Brasil, mas conhecemos tão pouco do cinema de lá, e olha que temos uma brasileira atuando na Índia, a atriz Bruna Abdalah. A imensidão de títulos indianos ainda está distante de estar disponível no Brasil, mas não é de se admirar que um país de mais de 1 bilhão de habitantes comece a dominar o mundo, mesmo que culturalmente.

O Curioso Caso de Benjamin Button

The Curious Case of Benjamin Button (EUA, 2008)
De David Fincher. Com Brad Pitt, Cate Blanchett, Tilda Swinton, Julia Ormond.

Quando a parceria David Fincher/Brad Pitt fez sucesso em Clube da Luta, todos sabiam que ela um dia iria se repetir. Só faltava a história certa. Pois, essa história certa é O Curioso Caso de Benjamin Button, o filme em que Brad Pitt enterra, de uma vez por todas, o mito de ser apenas um galã - é um galã de talento. Apesar de todos os efeitos especiais, da maquiagem e de todos os aparatos para reconstruir Nova Orleans em várias épocas, o mérito maior do filme está nas brilhantes atuações e na incrível história desmembrada em um fabuloso roteiro.

Benjamin nasceu no final da Primeira Guerra Mundial com uma estranha anomalia: ele veio ao mundo com a aparência e as doenças referentes a um homem de 80 anos de idade, com pouco tempo de vida. Ele foi abandonado pelo pai, após sua mãe ter morrido durante o parto, e deixado na porta de um asilo. Enquanto criança, Benjamin parece com um velho, mas no seu interior permanece uma infância pouco desfrutada, por conta de sua aparência. Conforme o tempo vai passando, Benjamin descobre que está rejuvenescendo, enquanto todos ao seu redor envelhecem e morrem. Ainda criança, ele conhece Daisy, a menina por quem se apaixona e não vai deixar por toda a vida. Só há um porém: como estar ao lado da mulher amada enquanto ela envelhece e ele se torna cada vez mais jovem? Como encarar um futuro juvenil carregando o peso da idade? E como ver todos ao seu redor morrendo enquanto você parece cada vez mais distante do fim? São essas questões que Benjamin Button procura resolver por si mesmo, enquanto assiste à sua própria vida caminhando para um rumo diferente da maioria dos seres humanos.


O filme em si é uma ode ao bom cinema. Da fotografia à trilha sonora (do compositor Alexandre Desplat), tudo parece se encaixar às diferentes épocas vividas por Benjamin e Daisy. David Fincher comprova mais uma vez que é um diretor competente que sabe muito bem como contar uma boa história. A maquiagem e os efeitos visuais são de impressionar, deixando Brad Pitt e Cate Blanchett mais velhos e - o mais interessante - deixando-os também mais novos! É uma tentação para os olhos ver Cate com 20 anos (e talvez um colírio para os olhos femininos ver Brad Pitt igualmente jovem). Falando neles, a alma do filme está em Brad Pitt. O ator interpreta Benjamin Button em quase todas as fases da vida e seu personagem cativa a platéia em poucos minutos. Pode-se dizer que é o caso de filme perfeito para o ator perfeito.



O Curioso Caso de Benjamin Button não é só a história do homem que nasceu com 80 anos e rejuvenesce em vez de envelhecer. É um filme para se pensar. O que fazemos com o nosso tempo? Aliás, o que é o tempo? Um formador de acasos que interfere nas diferentes vidas existentes no planeta. Enquanto muitos se preocupam com a idade, poderiam se preocupar em não perder mais um dia e aproveitar cada segundo. Somos impotentes na infância e na velhice? Aproveitamos a vida como ela é ou as oportunidades que nos são dadas são ignoradas? O tempo passa pra todos, igualmente. Crescer faz parte e envelhecer também. Mas a cada dia deveríamos agradecer por ter mais um dia acrescentado. Como Benjamim diz em certa parte do filme: "A vida é feita de oportunidades, inclusive as que nós perdemos".

*Só lembrando: O filme obteve 5 indicações ao Globo de Ouro, incluindo melhor ator (Brad Pitt) e melhor diretor (David Fincher). Que venha então o Oscar.

Nota: 9,5

domingo, 11 de janeiro de 2009

58...

Essa foi a quantidade de vezes que eu estive numa sala de cinema em 2008. O número é incrivelmente escasso, considerando o número de filmes lançados no ano passado e a minha incrível devoção à 7a. Arte. É de se esperar, considerando o preço das sessões de cinema. Mas das 58 vezes que eu estive no cinema, algumas foram, com certeza, motivo de destaque:

-Experiências em 3D com "Beowulf" e "Viagem ao Centro da Terra";

-Sair com a cabeça doendo, tentando entender "Onde os Fracos Não Tem Vez" (continuando o raciocíno em casa e entendendo, por fim, o brilhantismo do filme);

-Insistir 3 vezes para assistir "Juno" na pré-estréia e nas 3 vezes o cinema cancelar a exibição;
(chorar ao ver Juno na quarta tentativa)

-Assistir a "Sweeney Todd" no horário ingrato das 22hs, cansado de um dia duro de trabalho;

-Ser quase o único na única exibição de "Persépolis" na zona norte - só havia mais uma pessoa;

-Entrar em desespero emocional ao perceber que é o único que não está em par na exibição de "Um Beijo Roubado", lindo romance impróprio para solteiros;

-Segurar a vontade de ir no banheiro durante quase toda a exibição de "Speed Racer", só pra não perder nada do visual psicodélico do filme;

-Explodir em fúria ao final de "Fim dos Tempos" (gargalhar sem parar na cena em que Mark Whalberg conversa com uma planta de plástico);

-Sentir-se a mais honrada das criaturas por ter podido testemunhar nos cinemas a "Batman - O Cavaleiro das Trevas";

-Chorar de emoção assistindo a "Wall-e" (correr para a Lojas Americanas mais próxima para comprar o boneco do robozinho - ainda bem que tinha!);

-Ficar irritado com Maria Bello por destruir a dra. Eve de Rachel Weisz no terceiro "A Múmia";

-Sentir embrulho no estômago nas sessões de "Ensaio Sobre a Cegueira" e "Violência Gratuita";

-Saber que valeu a pena ser uma das poucas pessoas que estavam esperando "Violência Gratuita";

-Vibrar com cada canção de "Mamma Mia!" - em cada uma das 3 vezes assistidas no cinema!;

-Curtir cada momento do Festival do Rio - 2009 tamo aí;

-Adorar se envolver com "Vicky Cristina Barcelona" e rir da desgraça alheia em "Queime Depois de Ler";

-Ficar indignado com Pedro Cardoso e seu discurso gigantesco contra a nudez num filme desnecessariamente pornográfico;

-Levar sustos com [REC] (nas duas vezes vistas), finalmente um terror decente e original;

-Comprar "Crepúsculo", o livro, por causa de "Crepúsculo", o filme, e não se arrepender nem um pouco disso (logo em seguida comprar os livros seguintes);

-Chorar mais do que em qualquer outro filme em "Marley e Eu", porque tinha um cachorro na cirurgia.

Que venha 2009. Que seja mais de 58.

A Troca

Changeling (EUA 2008)
De Clint Eastwood. Com Angelina Jolie, John Malkovich.

Começa a largada para as premiações. Ano passado já haviamos sido brindados com Vicky Cristina Barcelona e Queime Depois de Ler, mas é agora que a disputa começa pra valer. O primeiro da safra é A Troca, novo filme do diretor Clint Eastwood, que não somente é um forte candidato ao Oscar de melhor filme como tem sérias pretensões de dar uma segunda estatueta a Angelina Jolie. No Globo de Ouro, foram duas indicações, para Jolie, claro e para a trilha sonora de Eastwood.

Em 10 de março de 1928, o filho de Christine Collins, Walter, desapareceu e ela deu queixa na polícia de Los Angeles, conhecida na época por ser corrupta, violenta e improdutiva. Alguns meses depois, a polícia acha um menino que considera como sendo filho de Christine, que não o reconhece e sabe que não é seu filho, mas o aceita, coagida pelo seu filho. Quanto mais ela tenta provar que aquele não é o seu filho, mais ela provoca o poder da polícia local e começa a adentrar num jogo de poder que pode lhe render perigosas consequências.

Baseado em história real, A Troca é corajoso por mostrar um lado obscuro do que um dia foi a polícia de Los Angeles e o sistema públicoo dos Estados Unidos. Clint Eastwood ainda toca na ferida de crianças desaparecidas de uma forma excepcionalmente forte, do meio para o final, de uma maneira que o espectador fique chocado e simpatize com a história de Christine Collins. Some-se a isso um visual brilhante da LA de 1920, uma fotografia impecável e atuações como a de Angelina Jolie, em seu melhor papel na carreira, segundo a minha modesta opinião, temos um filme brilhante - mais um de Clint.

Em tempo: torcendo para Angelina Jolie no Oscar 2009 =D

Nota: 9,0

Sete Vidas

Seven Pounds (EUA 2008)
De Gabrielle Muccino. Com Will Smith, Rosario Dawson, Woody Harrelson.

Quando um filme tem Will Smith no elenco, uma coisa é certa: grandes filas dobrando esquinas para ver a obra, tendo absoluta certeza de que Will vai arrasar. Em 2008 foi assim com Eu Sou a Lenda e foi assim com Hancock. E assim também é com este Sete Vidas, onde o ator repete a parceria com o diretor Gabrielle Muccino, o mesmo de À Procura da Felicidade, que quase rendeu um Oscar a Smith. E é a mesma capacidade de achar que Will Smith segura um filme sozinho que leva esse exemplar a um marasmo, mesmo que tenha um final surpreendente e bem intensionado.

Will Smith é Ben, um homem que pretende mudar a vida de sete pessoas diferentes que passam por dificuldades. É nesse contexto que ele conhece uma mulher que precisa de um transplante de coração, um radialista cego, uma mexicana que apanha do namorado. Essas pessoas receberão a mudança mais inesperada em suas vidas, mas como Ben irá ajudar essas pessoas? E como não se envolver o suficiente com suas histórias? É o que acontece com a mulher do transplante, interpretada - brilhantemente - por Rosario Dawson. Ben acaba se envolvendo emocionalmente, mas a forma como vai salvar a vida dessas pessoas, supera qualquer trauma.

Vamos lá. O filme é bom, tem apelo e expulsa algumas lágrimas dos olhos. Will Smith, é óbvio, está muito bem, tão bem que Rosario Dawson tem que suar pra sair de sua sombra. Mas o roteiro enrola em alguns aspectos, provocando uma sensação de monotonia, sobretudo no meio do filme. Ele perde-se tentando explicar apenas a personagem de Rosario, enquanto os outros são simples coadjuvantes que precisam estar lá pra somar sete. Woody Harrelson que o diga. Mas, apesar de tudo, do meio para o fim a história se desenvolve e o filme se agiliza, revelando um final surpreendente. Bem que poderia ser melhor, pelo bem de Will.

Nota: 6,0

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Resquícios de 2008 - Marley e Eu

Marley and Me (EUA 2008)
De David Frankell. Com Owen Wilson , Jennifer Anniston e Alan Arkin.

Para acabar 2008 de uma forma toda especial, o filme escolhido para levar embora tristezas e mazelas e acrescentar mais algumas alegrias foi "Marley e Eu". O filme é baseado no best-seller mundial que conta a história do pior cão do mundo e suas estripulias na vida de um casal. Não só foi bem recebido neste natal, como foi a maior bilheteria tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Um aviso: se você estiver com um cão numa doença grave e passando por uma intervenção cirúrgica, não vá ver este filme. Palavra de quem já passou por essa experiencia.

John Grogan é um jornalisra recém-casado com Jennifer, também jornalista. Ela vive com planos regrados para sua vida enquanto ele age por razões espontâneas. O casal se muda para uma casa no litoral e Jennifer decide ter um filho. Para que ela vá se acostumando com a idéia e preencha um pouco do vazio da casa, John decide então comprar um cachorro, um filhote de labrador, e coloca o nome de Marley. O que ele não sabe é que Marley é muito mais que um simples cachorro: ele é o pior cão do mundo que vai se meter nas mais incríveis confusões.

O filme tem um roteiro que chama a atenção de qualquer espectador comum; cachorros. É claro que o fato de a história ser conhecida do grande público ajuda muito. Owen Wilson está meio apático como o dono do cachorro, mas Jennifer Anniston está completamente à vontade. “Marley e Eu” não é exatamente fiel ao livro, pende muito mais para o drama do que para a comédia, e deixa um fim mais triste do que o do livro. Mas nada disso tira o mérito do filme, que se mostra despretensioso e consegue arrebatar cada segundo da atenção. Uma ótima maneira de terminar o ano.

Nota: 8,5