(EUA/UK, 2011) De Paul W. S. Anderson. Com Mathew Macfayden, Luke Evans, Ray
Stevenson, Mads Mikkelsen, Milla Jovovich, Christoph Waltz, Logan Lerman e
Orlando Bloom.
Um por todos e todos por um. Já se ouviu essa frase tantas
vezes que pensar em mais um filme dos Três Mosqueteiros, uma das histórias mais
refilmadas da...er, história, parecia uma brincadeira de uma Hollywood cansada
demais para inventar novas tramas. E logo quem foi o responsável por trazer
mais uma vez os heróis medievais à tona? O Sr. Resident Evil, Paul W. S.
Anderson, que trouxe à tiracolo sua mulher, a Sra. Resident Evil Milla Jovovich.
O que parecia estar fadado a mais um fracasso, até que funciona bem nas
telonas, contrariando todo mundo que esperava um colapso total. Uma boa
produção de época dá o tom certo da história, embora seja difícil não reparar
que o filme acaba se tornando uma piada de si mesmo.
Athos, Portos e Aramis estão aposentados de suas vidas de
mosqueteiros do rei da França quando são surpreendidos pela chegada de D’Artagnan,
um jovem filho de um ex-mosqueteiro que está decidido a entrar para a gangue.
Após fazê-los entrar em uma batalha com a guarda pessoal do Cardeal Richelieu,
principal conselheiro do rei, os mosqueteiros e D’artagnan acabam recolocados
ao posto nobre, mas se vêm envolvidos em uma trama bolada para colocar a França
em guerra contra a Inglaterra e fazer o rei abdicar do seu trono – que seria
usurpado pelo Cardeal. O plano é arquitetado pela espiã Milady de Winter, um
antigo amor de Athos que agora trabalha como agente dupla, tanto do Cardeal
como do intendente da Inglaterra, o Duque de Buckingham. Os mosqueteiros
precisam arranjar uma maneira de acabar com o plano e se livrarem da guarda do
Cardeal que está atrás deles.
A produção de época realmente está de parabéns. Valeu cada
centavo dos US$ 75 milhões gastos com os detalhes e a conversão em 3D – que eu
não conferi, mas imagino ter ficado boa, dada a quantidade de espadas, balas de
canhão e fragmentos de coisas explodindo que vem na direção do espectador,
mesmo no formato 2D. O que sobra na produção, falta no enredo rocambolesco que
diverte, mas não convence. Christoph Waltz, o vilão ganhador do Oscar de “Bastardos
Inglórios” é mal aproveitado demais, e até os mosqueteiros principais viram
coadjuvantes ao lado do D’artagnan de Logan Lerman (“Percy Jackson e o Ladrão
de Raios”) e da Milady de Winter, a sexy toda vida Milla Jovovich.
Apesar disso, a versão 2011 de “Os Três Mosqueteiros”
diverte para uma tarde, mas não tem o potencial de uma franquia como “Piratas
do Caribe”, por exemplo, embora o final deixe bem claro de que a ideia é certamente
produzir uma sequência. Veremos como o filme vai se sair, já que até agora só
conseguiu arrecadar US$ 49 milhões nos cinemas mundiais. Vale lembrar que os
Estados Unidos ainda não assistiram ao filme, que chegou primeiro ao Brasil, um
caso raro. Se o filme for bem, Orlando Bloom pode comemorar mais um filme de
época com espadas e lutas e navios e guerreiros e castelos...
Nota: 8,0
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