quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Porque “Valente” não deve ganhar o Oscar


Difícil uma torcida contra um filme da Pixar, que mantem uma hegemonia no quesito Animações no Oscar. Mas a verdade é que o filme de 2012, “Valente”, não está mesmo entre os favoritos da competição.

Feito sob encomenda da Pixar para incluir mais meninas em seu público-alvo, e entrar de vez no seleto grupo de Princesas da Disney, o filme acabou derrapando no roteiro e ficando mais fraco, digamos, que seus pares em anos anteriores como “Toy Story 3”, “Up” e “Wall-e”.

Esse pequeno descuido da Pixar abriu espaço para filmes como “Frankenweenie” e “Detona Ralph”. O primeiro já chama atenção simplesmente por ter sido dirigido por Tim Burton, a estética do filme acompanhando o estilo do diretor. Contribui ainda mais para isso o fato de ele ter sido feito em preto e branco e o roteiro em si, falando de um menino que consegue trazer o seu cachorro de volta dos mortos. Mórbido, porém fofo. 

Já “Detona Ralph” conseguiu um apelo ainda mais popular por conta do universo dos games retratado no filme. Ao levar às telas a história de um vilão de jogo de fliperama que não queria mais ser um vilão, a Disney acertou em cheio o coração de crianças e adultos do mundo todo que, em algum momento da vida, passaram pelo mundo dos games.

Outro que já é um queridinho da Academia e que ganhou visibilidade foi Peter Lord com seu “Piratas Pirados”. Conhecido por “A Fuga das Galinhas” e por “Wallace e Gromit – A Batalha dos Vegetais”, esse último vencedor do Oscar de Animação em 2005, ele desponta mais uma vez na categoria com um filme que pode surpreender na cerimônia do dia 24.

“ParaNorman” é o representante da Focus Features e dos estúdios de animação Laika e deve correr por fora na disputa.

De qualquer forma, mesmo que “Valente” não corresponda às expectativas, os favoritos continuam residindo na Disney, que deve coletar mais um Oscar. “Frankenweenie” continua como favorito ao lado de “Detona Ralph”, produções que devem trazer de volta para a Disney um pouco do prestígio em prêmios de animação que outrora ela sustentava sozinha.

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