Queria ter podido escrever mais sobre o Oscar 2011. Essa cerimônia, que muitos desdenham, é a mais importante do cinema, gostem ou não. É claro que há muito tempo os escolhidos pela Academia deixaram de ser referência para o melhor filme do ano, tendo-se apostado mais nos grandes Festivais espalhados pelo mundo, como Sundance, Cannes, Veneza e Berlim. Mas o Oscar é o Oscar e eu sou fascinado por ele. Esse ano não tem muita coisa de especial, mas a cerimônia também é um produto de entretenimento televisivo e, portanto, precisa de audiência. É com essa expectativa que os produtores prepararam um show à parte para o programa que vai ao ar no dia 27 agora.
A primeira é a duração. Todo mundo reclama da duração do Oscar, mas também pudera: são 22 categorias, mais as apresentações de homenagens e momentos especiais da história do Oscar e do cinema, mais DEZ clipes com os indicados a melhor filme... Mesmo assim, parece que o tempo vai ser diminuído.
Eles estão apostando tudo na dinâmica dos novos tempos. Cenários virtuais, participações pelo twitter e uma dupla de jovens atores apresentando a cerimônia. James Franco e Anne Hathaway são os mais jovens na função de anfitriões desde o início do Oscar. Ela já tinha se destacado em uma performance ao lado de Hugh Jackman, dois anos atrás, e todo mundo adorou. Ele é o ator bacana que todo mundo gosta de ver por aí, sem falar que está indicado esse ano.
Ah, e as interpretações dos indicados a Melhor Canção vão voltar! Sério, uma das maiores besteiras que eles fizeram na cerimônia passada foi cortar as canções e colocar um grupo de street dancers, sei lá o que, fazendo umas dancinhas meio desconexas. Então, sobem ao palco no dia 27 pra soltar a voz: Gwyneth Paltrow, que está badaladíssima no mundo musical após participação em Glee, vai cantar o tema de “Country Strong”; Mandy Moore e Zachary Levy, que cantam o tema de “Enrolados” com o compositor Alan Menkin; Randy Newman com seu violão irá cantar “We Belong Together”, de “Toy Story 3”; e Florence Welch, do Florence+The Machine substitui Dido na performance de “IF I Rise”, por “127 Horas”, ao lado de A.R. Rahman. Ainda na seção cantoria, vai ter um coral de crianças fofiinhas de Nova York vai apresentar “Over the Rainbow”, de “O Mágico de Oz”, a mais célebre canção ganhadora do Oscar de todos os tempos.
Se bem que, apesar de todo o esforço pra fazer a cerimônia mais trivial, é o tradicional glamour da festa que faz todo mundo querer assistir, não adianta mudar. No fundo, no fundo, o que conta são os discursos inflamados, as gafes, as coisas que acontecem fora do roteiro e, claro, se tiveram surpresas nas vitórias ou se tudo correu como o esperado. Como eu já repeti acima, o Oscar é o Oscar, e eu vou estar lá sentado pra ver, a partir das 23h deste domingo (ops! 22h, quando começa o pré-show com o tapete vermelho!).
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