(EUA, 2012)
De Peter Berg. Com Taylor Kitsch, Liam Neeson, Alexander Skarsgaard, Rihanna e
Brooklyn Decker.
Quando “Transformers” foi realizado, estava aberto um novo gênero
no cinema: filmes sobre brinquedos. É claro que eles sempre existiram, de uma
forma ou de outra. Tá aí os zilhões de filmes da Barbie, do Max Steel e afins,
assim como a franquia Piratas do Caribe e os filmes baseados em videogame.
Porém, capitaneados pela Hasbro, a empresa americana de brinquedos, os filmes
dos Transformers realmente provaram que tudo era possível, pelo menos no que
diz respeito aos efeitos especiais para tornar os brinquedos realidade.
Seguindo os robôs-alienígenas vieram os Comandos em Ação ou simplesmente “G.I.
Joe – A Origem de Cobra”. Daí nem é surpresa que “Battleship” tenha saído,
enfim, do papel, levando para as telas um dos jogos mais populares da história,
o Batalha Naval (sim, aquela plataforma separada ao meio por uma coluna onde
você tentava afundar os navios do adversário!). A tendência pode soar estranha
ou interessante, depende do gosto do freguês, mas até agora tem se mostrado uma
má ideia. Ao misturar os brinquedos com uma narrativa, os produtores criam
histórias fracas e sem qualquer apelo mais profundo do que simples explosões. Foi
assim com os três “Transformers” e se repete agora em “Battleship”.
-Sei não. Acho que B5 é um tiro n'água, mas no H2 tem um cruzador. |
O tenente da Marinha, Alex Hopper, precisa provar seu valor
a bordo de um treinamento num encouraçado, que pode ser o último caso não
mostre que realmente tem potencial. Seu irmão, Stone, um comandante no mesmo
pelotão, faz de tudo para encorajá-lo. Alex precisa criar coragem ainda para
pedir a mão da namorada, Sam, em casamento para o pai dela, o almirante Shane,
o mais alto comandante de seu pelotão. O
que ele não contava é que uma invasão alienígena iria mudar o destino das
coisas, atacando primeiro no mar, exatamente no meio do treinamento. Sem
querer, Alex se vê no meio de uma batalha ao lado de seus companheiros e com o
destino da Terra nas suas mãos.
“Battleship” não é um filme ruim. Ele se arrasta bem chato
no começo, tentando dar um propósito heroico para Alex Hopper, mas a história clichê
não anima nem empolga. A esse ponto, o público quer mesmo é ver Rihanna
explodindo coisas e um roteiro com um mínimo de integridade. É essa segunda
parte que falta porque, veja só, Rihanna está muito bem como a oficial Raikes,
aquele tipo de soldado mais engraçadinho, supercompetente, que sempre está do
lado do herói principal, só que agora é uma mulher.
Como protagonista, Taylor Kitsch tenta, mas não consegue emplacar
um mocinho decente. Apesar do rosto bonito e de ter participado de produções
como “X-Men Origens: Wolverine” e “John Carter”, seu desempenho ainda é bem
fraco. Já Liam Neeson e Alexander Skarsgaard (o vampiro Eric, de “True Blood”)
são coadjuvantes de luxo e seus personagens não são tão explorados na trama.
Explosões têm de sobra, os efeitos são bacanas, tanto os
visuais quanto os sonoros. Apesar disso, tudo é simplesmente jogado na tela,
embora haja uma tentativa de explicar quem são os ETs e de onde eles vêm (já o
que eles querem, nunca saberemos). No fim, a conclusão é a mais improvável
possível, com uma mensagem bonitinha e cafona. É um bom entretenimento e no fim
das contas até faz jus ao jogo original: explodir e afundar navios (com direito
a um momento Titanic). Fica também um
aviso: a Hasbro ainda quer emplacar mais filmes de jogos, como os do Banco Imobiliário,
War, Detetive e da Tábua Ouija. Que os mares nos protejam.
Nota: 6
-Boom! |
PS: Só lembrando que Batalha Naval pode ser isso:
ou isso:
ou isso:
-Playstation! Playstation! |
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