terça-feira, 22 de maio de 2012

Desabafo - ou "Gente que xinga muito no Twitter"

Há algum tempo atrás eu fui bombardeado por fãs de Johnny Depp no Twitter. Não entrava muito por lá, tanto que nem tinha notado o que aconteceu. Alguma coisa que eu disse por volta do dia 5 de março não agradou o povo. O problema é que eu não faço ideia do que foi! Adoro o trabalho de Johnny Depp e de Tim Burton. Já critiquei aspectos positivos e negativos de ambos quando assisto seus filmes e todos eles são a minha opinião mais pura e sincera. Mesmo assim, não compreendi o motivo do ódio dos DeppHeads (como eles mesmos se denominaram no "tweetis").

Eu recuperei os posts que eu fiz sobre filmes do Johnny Depp no blog. Nenhum deles fala nada demais, porém nem é a preocupação com o que eu disse ou deixei de dizer que me motivou a escrever esse post (até porque o blog é meu, eu escrevo o que eu quiser e quem não gosta pode clicar no “X” pra fechar a página – e sim, se eu achar que Johnny Depp se saiu mal em algum filme, eu direi). O que me levou a escrever foi essa lufada de ódio gratuito que surgiu com as redes sociais e a superpopularização da Internet. Pessoas que se escondem por trás de um perfil como @ForeverJohnnyDepp ou @LuanSantanaMyDream ou @BeliebersParaSempre começam a atacar (sim, atacar e não criticar, argumentar, debater) gratuitamente qualquer pessoa de opinião contrária.

Suponhamos que eu realmente detestasse Johnny Depp (quem me conhece, sabe que não). Ainda assim, seria um direito meu não gostar. Como jornalista e crítico (crítico só do meu humilde blog, mas crítico), me sinto ainda no dever de alertar, por exemplo, que Julia Roberts poderia estar melhor em “Espelho, Espelho Meu”, mesmo sendo ela uma das maiores atrizes de Hollywood. Ou Meryl Streep. Ou Jack Nicholson. Ou Marlon Brando, se assim achasse que ele fez algum trabalho mediano.  Não é ódio ou querer o mal de alguém: é destacar um ponto, positivo ou negativo, de um trabalho.


Me preocupa essa geração que grita aos mil ventos que fulano é otário, idiota ou imbecil e se compromete arduamente com uma causa que, convenhamos, não vale a pena. Estamos vivendo os tempos dos fãs radicais, dos Little Monsters, dos Beliebers, da Família Restart e, acredite, dos DeppHeads. Claro, esses não tem nada a ver com os fãs de verdade de Lady Gaga, Justin Bieber, Restart ou Johnny Depp. Fã que é fã admira o trabalho do seu ídolo, mas tem a consciência de que o próprio ídolo tem seus ídolos. Fã mesmo nem se liga em crítica! Confere o trabalho do cara, ama, cultua e dá uma banana para o que a crítica escreve mas, mesmo assim, respeita. No máximo, rebate os argumentos nos comentários (sim, gente, dá pra fazer isso na internet!) e assim contribui para a discussão em torno do filme/música/artista.

Para finalizar tenho dois pedidos aos quatro ou cinco fãs do Johnny Depp que me xingaram muito no Twitter. O primeiro, ponham nos comentários suas impressões sobre os filmes dele. Se expressem, o blog é aberto a comentários e, desde que não tenham ofensas, tudo será publicado. Segundo, expliquem o que foi que gerou esse ódio, porque eu tô perdido até agora hehehehehe

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