Chernobyl Diaries
(EUA, 2012) De Bradley Parker. Com Jesse McCartney,
Johnathan Sadowski, Olivia Dudley, Ingrid Berdal e Dimitri Diatchenko.
Você já assistiu a este filme. Grupo de jovens se perde no
meio do nada e um a um vai morrendo. No fim, descobre-se o mistério que
(geralmente) não é satisfatório. Pegue esse roteiro e faça com que ele se passe
em Chernobyl, a cidade ucraniana devastada por um acidente nuclear na década de
1980. O que parece ser uma ideia de gênio se transforma num filme absolutamente
sem pretexto, com único intuito de mostrar gente morrendo. O terror que
pretende ser do tipo mais psicológico e não mostra o que é o
monstro/assassino/força sobrenatural em questão de início, não funciona e aposta
mais em momentos toscos do que no desenrolar da história em si.
Os amigos Zoe, Amanda e Chris encontram Paul, irmão de
Chris, na Ucrânia, de onde eles devem embarcar num passeio turístico a Moscou.
Porém, Paul consegue um passeio à cidade fantasma de Pripyat, vizinha à usina
nuclear de Chernobyl. Além deles e de Uri, o guia, mais dois turistas se juntam
ao passeio. A princípio, todos são barrados, mas Uri conhece um desvio e eles
acabam por entrar na cidade, mesmo consciente dos níveis de radiação. Conforme
alguns eventos estranhos acontecem, eles decidem ir embora, mas a van de Uri
quebra e eles ficam à deriva, em plena Pripyiat. Quando anoitece, o perigo
aumenta, colocando a vida de todos em risco, fazendo com que eles sejam
atacados criaturas estranhas.
Como se não fosse o suficiente não conseguir fazer o espectador acreditar
que aquela história pudesse mesmo se passar em Chernobyl na maior tranquilidade
(!), o suspense também não contribui nem um pouco para torná-lo crível. A cada
passo dos personagens dentro da cidade-fantasma, uma situação bizarra acontece,
a ponto de um urso (sim, um urso) estar escondido dentro de um prédio, no maior
clima de “Lost”.
As atuações não convencem e o roteiro não explica nada sobre
o que pode ter acontecido no local (além do próprio acidente nuclear, claro)
para que os mistérios e perigos pudessem estar acontecendo. Afinal, quem são os
inimigos? São zumbis? São pessoas contaminadas pela radiação? E os animais?
Também foram contaminados? Mas não deviam ter morrido todos? Eles têm
intelecto, mas comem gente? Como é que é isso? Enfim, se um roteiro levanta
mais perguntas do que consegue responder, sinal de que eu não devia estar
prestando atenção a elas. O final, tão clichê quanto possível, deixa claro o
que você já sabia desde o começo. Melhor ler sobre o caso Chernobyl na
internet, que dá muito mais medo.
Nota: 3,0
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