De Todd Philips. Com Bradley Cooper, Ed Helms, Zach Galifianakis, Justin Bartha, John
Goodman, Heather Graham e Ken Jeong.
O “final épico” que prometeram para a trilogia “Se Beber,
Não Case”, nome que perde totalmente o sentido nesse último filme, enfim
chegou. Só que esqueceram da parte épica. Se o primeiro trazia originalidade a
um mundo dominado por Jim Carrey’s, Adam Sandler’s e Ben Stiller’s, esse
exemplar deixou qualquer originalidade no esquecimento, tornando a Parte III um
filme bem fraco. Nem a apelação do segundo, recheado de violência e sexo, se
faz presente. Parece que fizeram por obrigação. Além disso, fizeram a besteira
de centrar tudo no personagem tosco de Zach Galifianakis, que tem o dom da
irritação.
Quando a família de Alan decide interna-lo para tratar de
seus transtornos mentais, os amigos Stu, Phil e Doug decidem ir com ele em uma
viagem até a casa de repouso. NO meio do caminho, eles são abordados por um
grupo de bandidos. Marshall, o líder da gangue, foi roubado por Mr. Chow e
descobriu a ligação deles com o grupo. Marshall sequestra Doug – sempre ele –
como garantia de que os três, Stu, Phil e Alan, descubram o paradeiro de Chow e
levem até ele.
Piadas sem graça, momentos que não trazem nada de especial e
um roteiro que esquece o principal – a “ressaca” do título original. Nem mesmo
a cena que traz de volta o bebê do primeiro filme, agora um garotinho de quatro
anos, tem alguma apelação. E não pense que “Se Beber, Não Case – Parte III” é
um filme chato. Ele até que é bem ágil, com uma montagem rápida que faz com que
os acontecimentos pulem de um pra outro, o que não prejudica o acompanhamento
do espectador. Mas a comédia independente de maior sucesso de todos os tempos
merecia um final mais inteligente.
Destaque para a participação de Melissa McCarthy que, em
poucos minutos em cena e dotada de um humor negro peculiar, consegue alguns
momentos de alívio cômico. Nem o trio original consegue ser carismático.
Bradley Cooper passa um ar de quem está bem desconfortável no papel (o primeiro
pós-indicação ao Oscar), Ed Helms some deixando a ação para os outros e Zach
Galifianakis pisa fundo no “modo idiota”, protagonizando momentos completamente
chatos e nada engraçados.
“Se Beber, Não Case” deve encontrar um público ainda
disposto a rir das baboseiras do trio, mas, como já disse, se era digno de um
final épico, esse não chegou. Todd Philips conseguiu se estabelecer como
diretor e produtor de comédias e deve criar um selo “The Hangover” de qualidade
a partir de agora. E esse é o maior mérito do filme, criar uma trilogia
cinematográfica de comédia que, bem ou mal, entrou para a história.
Nota: 4,0
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