segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Super 8

Super 8

(EUA, 2011) De J. J. Abrams. Com Joel Courtney, Elle Fanning, Riley Griffiths, Kyle Chandler, Jessica Tuck, Noah Emmerich.

Tá na hora de tirar o pó do blog. E comecei o texto com essa frase porque foi essa a impressão que “Super 8” me deu. Um ótimo filme que tirou o pó de um monte de aventuras dos anos 1980 – é, aquelas que nos 1990 você não aguentava mais ver e que nos 2000 ficou todo saudosista. A primeira impressão que eu tive era de ver uma espécie de mash-up de “Os Goonies” com “E.T. – O Extraterrestre”. Aliás, temos a mente criativa de J. J. Abrams conduzindo os trabalhos, mas foi tudo bolado por Spielberg no melhor momento Spielberg dos últimos anos. Não só é um filme divertido como tem um roteiro bem amarrado e uma inocência atrelada, daquelas que é bem difícil de achar em qualquer produção hoje em dia.

Quatro meses após a morte de sua mãe, o garoto Joe tenta levar a vida ao lado do pai, o policial Jackson, que não tem muito jeito pra pai. Ele e seus amigos são fascinados em cinema e estão montando um filme sobre zumbis com uma câmera Super 8. Os amigos ficam mais eufóricos com o filme com a entrada de Alice, uma menina descolada do colégio, por quem Joe tem uma queda. Porém, durante as filmagens, um mega acidente de trem e uma série de situações bizarras fazem com que um mistério que envolve o exército dos Estados Unidos paire sobre a cidade e desperte ainda mais a curiosidade dos garotos.

Claro que “Super 8” tem méritos por seus efeitos especiais e ritmo de montagem. Estamos falando da união do criador de “Lost” com Spielberg, boa coisa tinha que sair. O suspense que ronda o filme inteiro, que nos leva a tentar descobrir qual é a razão de todos os mistérios (apesar de meio óbvia) , faz com que a aventura se torne ainda mais divertida de assistir. Os jovens talentos de Elle Fanning, Joel Courtney e todos os outros atores mirins ajudam a dar o tom certo para o filme.

“Super 8” é uma grande homenagem de Spielberg a ele mesmo, e claro a uma época do cinema que não volta mais, dado o apreço a filmes de super-heróis, ação violenta, entre outros. É como se Spielberg quisesse trazer de volta o fascínio pelo estilo “Sessão da Tarde” com um toque de superprodução, marca registrada dele. Com “Super 8”, J. J. Abrams sobe mais uns graus na escala de gênio e firma seu nome com cola extra-forte em Hollywood.

Nota: 9,0

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