segunda-feira, 25 de abril de 2011

A Garota da Capa Vermelha


Red Riding Hood

(EUA, 2011) De Catherine Hardwicke. Com Amanda Seyfried, Gary Oldman, Shiloh Fernandez, Max Irons, Virginia Madsen, Billy Burke e Julie Christie.

Era uma vez uma menina chamada Chapeuzinho Vermelho. Um dia, sua mãe pediu para ela levar alguns doces na casa da sua avó, que morava na floresta. A garota então foi levar os doces para a sua avó. No meio do caminho, Chapeuzinho Vermelho encontrou um lobo e blá, blá, blá. Essa história quase todas as crianças do planeta sabem de cor. O que pouca gente sabe (ou muitas ignoram) é que os contos de fadas foram baseados em lendas sangrentas e obscuras da Idade Média. Chapeuzinho Vermelho não foi uma exceção e sua versão original ganhou as telas agora em “A Garota da Capa Vermelha” pelas mãos de Catherine Hardwicke, a diretora de “Crepúsculo”.

Valerie é uma moça de um vilarejo que está prometida a um rapaz, Henry, embora seja apaixonada por Peter, um lenhador. Quando eles planejam fugir, eles são surpreendidos pela morte da irmã de Valerie pelo terrível lobisomem que assola o vilarejo há várias gerações, embora nenhuma morte acontecesse há alguns anos. Com isso, os homens do local decidem matar a criatura, mas seus esforços são em vão. Somente com a chegada do padre Solomon, os aldeãos descobrem o verdadeiro desejo do lobisomem: Valerie. Ela, que ganhou uma capa vermelha de sua avó, é a chave de todo o mistério. Enquanto tenta descobrir quem é o lobisomem, que pode ser qualquer um da vila, Valerie também precisa descobrir como irá ser feliz ao lado de seu amado, sem ferir os sentimentos da mãe e de seu prometido.

O filme é bem produzido e tem uma direção mais voltada para o público adolescente (especialidade de Hardwicke), embora tenha cenas muito pesadas em alguns pontos. Apesar disso, a história é um tanto quanto fraca, afinal, ainda é Chapeuzinho Vermelho. Poderíamos ter mais sangue, artes das trevas e um lobisomem mais bem feito digitalmente, se a intenção era realmente tratar de uma história sombria. Com Amanda Seyfried, a versão original se transformou em um novo conto de fadas (aliás, incrível como numa aldeia rural da Idade Média tinha tanta gente bonita e limpa!).

Apesar de caprichar no suspense e em boas atuações – mesmo em papeis fracos para nomes como Gary Oldman e Julie Christie -, “A Garota da Capa Vermelha” fica mais preso ao gênero que consagrou a saga “Crepúsculo” entre seus fãs do que a um filme mais sobrenatural e dark, como ele pretendia. Ao final, é mais uma história de amor bobinha que estava sendo contada. Pontos positivos também para todas as menções à história de Chapeuzinho como conhecemos, o que aproxima o espectador da história. A parte do “Vovó, mas que olhos grandes você tem!” é sensacional!

Nota: 6,5


2 comentários:

Anderson Siqueira disse...

Eu gostei. Achei bem produzido, pós-produzido e com uma ambientação que condiz ao roteiro. Mas nada demais.

Anônimo disse...

Ah... um dos meus filmes preferidos! Inclusive, achei teu blog no final da pesquisa para ter certeza do título!