(EUA, 2011) De Brad Bird. Com Tom Cruise, Jeremy Renner,
Paula Patton, Simon Pegg.
A série “Missão Impossível” deu sinais de que tinha perdido
o fôlego. Com o terceiro filme, lançado em 2006 e dirigido por J.J. Abrahams, recém-conhecido
por LOST, parecia que Ethan Hunt finalmente tinha se aposentado, assentado no
casamento e encerrado a carreira de espião. Então, mas sabe como é Hollywood
né, sempre a fim de ganhar uns trocos, mas como a crise criativa afetou de vez
a cabeça dos roteiristas, a saída principal é ativar sequências, remakes,
prequels e o que mais der para extrair de franquias de sucesso. Tom Cruise, que
não é bobo nem nada, voltou para uma quarta parte, agora sob o comando de Brad
Bird – sim, a mente por trás de “Os Incríveis”, da Pixar.
Nesta missão, o agente Ethan Hunt é liberto da prisão por
alguns dos companheiros da IMF para que, juntos, eles possam impedir o roubo
dos códigos que ativam as bombas atômicas da Rússia. Só que algo sai errado e
um atentado ao Kremilin, sede do governo russo, recai nas costas de Ethan e
seus parceiros, fazendo com que o governo americano feche a IMF. Hunt consegue
uma única chance de reverter a situação e consertar os erros, enfrentando
obstáculos como uma ladra profissional e toda a máfia russa atrás de Ethan e
sua equipe.
Clichê? Claro. Mas não dá pra negar que a série não conseguiu perder o fôlego. Aliás, quem perde é o espectador, que vislumbra cenas de ação eletrizantes que, claro, condiz com Ethan Hunt - ou melhor, Tom Cruise. O ator, do alto dos seus 49 anos, não podia estar em melhor forma. Claro que, com o apoio do CGI, dos dublês e de todos os efeitos especiais de hoje em dia, ele conseguiu uma ajudinha. Porém, Tom Cruise é a alma do filme, tanto que não dá pra imaginar um “Missão Impossível” sem ele.
Curiosamente, é isso mesmo que deve acontecer, já que os
planos é passar o bastão a longo prazo para Jeremy Renner, novo queridinho de
Hollywood, que mistura boa carga dramática de atuação com bom desempenho na
ação, como foi em “Guerra ao Terror” e “Atração Perigosa” e como deve ser em “Os
Vingadores”.
Brad Bird se saiu bem na sua primeira película live action,
embora o roteiro tenha alguns momentos de morosidade e confusão. A trama fica
complexa demais do meio pro final e o espectador pode ficar meio perdido. Mas a
emoção de ter visto cada segundo das ações de Hunt por lugares como Dubai, Mumbai
e Moscow valem o ingresso. Sobretudo a famigerada sequência em que ele escala o
Burj Dubai, o edifício mais alto do mundo. Não recomendado para pessoas que
sofrem de taquicardia.
Nota: 8,0
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