quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Resident Evil 5: Retribuição


Resident Evil: Retribution
(EUA, 2012) De Paul W.S. Anderson. Com Milla Jovovich, Siena Guillory, Michelle Rodriguez, Kevin Durand e Shawn Roberts.

Peço desculpas desde já pelo afastamento de tanto tempo do blog (nossa, última atualização foi em 20 de agosto, shame on you, blogueiro!). Peço mais desculpas ainda se a volta ao blog é com o quinto filme da franquia “Resident Evil”. Sim, desculpas, mas é preciso falar sobre esse filme. Filme? Que filme? “Retribuição” é um videogame de quase 2 horas, onde a cada vilão vencido pela heroína ela pula uma fase, até chegar ao chefão final. E nem é dos bons. Seria melhor ter pego toda a sequência de “Resident Evil 5”, o jogo, e lascar na tela. Os personagens virtuais têm muito mais diálogo e história do que o filme, que apela para uma ação desenxabida sem o mínimo comprometimento com a história. História? Que história?

No quinto filme, após um flashback que mostra o que aconteceu nos outros quatro, Alice é capturada pela Umbrella Corporation e é auxiliada por Ada Wong, uma agente que trabalha para Albert Wesker, antes vilão, agora parceiro. Wong faz parte de uma missão que pretende resgatar Alice, mas escapar da Umbrella não será tão fácil, ainda mais depois que antigos companheiros voltam do mundo dos mortos e Alice encontra uma garotinha, que acredita que a agente é sua mãe.


Mesmo esse arremedo de história aí não convence e é muito mal explicado. Apesar do flashback, fica difícil de tentar entender tudo o que acontece e com qual propósito. Na verdade, a minha impressão foi de que eu deveria ter assistido ao quarto filme e isso aí era alguma fase secreta do jogo, porque o que importa mesmo será o que vem no próximo. Próximo? Que próximo?

Sim, senhores leitores, haverá um próximo, dado o final deste. Aliás, esse quinto filme é absolutamente descartável (assim como os outros quatro). Nem zumbis tem direito e quando tem eles não são mostrados muito bem. Mas “The Walking Dead” tá aí né pra quem quiser ver zumbis e histórias de verdade.

O que me deixa intrigado é que o diretor Paul W.S. Anderson se leve tão a sério, assim como os estúdios que ainda capitaneiam essa bodega.  “Resident Evil”, o jogo, merece um tratamento de mais respeito e, não, a linguagem de videogame não se adapta ao cinema. É preciso recontar a história, de maneira satisfatória, mas sem perder sua essência. Para quem gosta de ação, isso o filme tem de sobra, com saltos espetaculares, muitos tiros e explosões e perseguições de zumbis (que zumbis?). Mas só isso também. O espectador ficará mais perdido do que cego em tiroteio.

Ah, de bom o filme tem Milla Jovovich. Ela tá mais artificial do que nunca, mas pelo menos é bonita.

Nota: 2,0


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