Numa noite recheada de emoções e surpresas, a festa do Oscar na noite deste domingo relembrou os 80 anos de entregas de prêmios aos melhores filmes. Marcaram presença na festa Jessica Alba, Jennifer Garner, Seth Rogen, Colin Farrel, Nicole Kidman, Martin Scorsese, Hillary Swank, John Travolta, Tom Hanks e Jack Nicholson, entre outros. Estava lá ainda Miley Cyrus - a Hannah Montana - fazendo-se o quê, não se sabe, mas ela apresentou uma das canções do filme Encantada.
Por falar em Encantada, que concorria com três canções na categoria de Canção Original, não levou nenhum prêmio, apesar das coreografias inspiradas no filme (uma em que a própria Amy Adams cantou a canção "Happy Working Song"). Os louros de melhor canção ficou para o filme irlandês Once, com a canção "Falling Slowly". A dupla vencedora Glen Hansard e Marketa Irglova discursou emocionada sobre a honra de estar numa festa como aquela.
Os prêmios técnicos foram divididos entre vários filmes, à exceção de O Ultimato Bourne, que levou 3 Oscars pra casa, Montagem, Edição de Som e Mixagem de Som, deixando pra trás o até então favorito para os prêmios tecnicos, Transformers. O filme dos robôs alienígenas perdeu ainda o prêmio de Efeitos Visuais, onde é mestre praticamente, para A Bússola de Ouro. Tudo bem que eu também não gostei de Transformers, mas a apuração técnica é inegável. Enfim, a academia é famosa por injustiças (ou nesse caso, foi feito justiça mesmo?).Já para Figurino, Elizabeth-A Era de Ouro faturou a estatuetadeixando para trás Across the Universe e Sweeney Todd, que levou o prêmio de Direção de Arte. Piaf-Um Hino ao Amor ganhou o Oscar de Maquiagem, pela caracterização de Marion Cotillard em Edith Piaf.
Piaf-Um Hino ao Amor ainda levou um dos prêmios principais da noite, nesse caso para Maion Cotillard, como melhor Atriz do ano. Marion interpreta Edith Piaf de uma forma assombrosa de arrepiar a espinha até de quem nunca ouviu mais do que "La Vie en Rose" de Edith Piaf. A atriz recebeu o Oscar das mãos de Forest Withaker, e, emocionada, agradeceu a honra máxima do cinema absolutamente surpresa - a até então favorita era Julie Christie, apesar de esta ser uma das categorias mais apertadas.
Outra surpresa de abocanhar a todos foi a entrega do prêmio de atriz coadjuvante para Tilda Swinton, por Conduta de Risco. Não que Tilda não tenha merecido, mas o mundo inteiro já tinha se rendido ao Bob Dylan de Cate Blanchett em Não Estou Lá. Cate, que foi indicada duas vezes esse ano, não levou nenhuma das duas pra casa, mas vibrou muito com a premiação tanto de Tilda Swinton, quanto de Marion Cotillard.
Ratatouille confirmou o favoritismo como longa de animação, vencendo o francês Persepolis. O outrora favoritão da noite, o inglês Desejo e Reparação teve de se contentar com o prêmio de Trilha Sonora para Dario Marianelli (apesar de eu preferir O Caçador de Pipas, humpf!). E a garota mais querida de Hollywood, Juno, fez Diablo Cody sair aos prantos do palco, ao receber o prêmio de Roteiro Original, e Ellen Page ser ovacionada ao ter seu nome anunciado.
Sangue Negro deixou uma dúvida no ar: será que o filme é bom mesmo ou você se encantou demais por daniel Dae-Lewis? Palavras de José Wilker (que eu faço questão de registrar a minha antipatia), mas sou obrigado a concordar. O longa de Paul Thomas Anderson levou o oscar de Fotografia e, claro, o prêmio de melhor ator para Daniel Dae-Lewis, com o seu enigmático Daniel Plainview. Ele recebeu seu oscar das mãos de Hellen Mirren, que ganhou ano passado por A Rainha. Daniel, se curvou e foi "condecorado" no palco por Hellen.
Mas não teve jeito. A noite foi deles. Os irmãos Joel e Ethan Coen roubaram a noite arrasando no palco do Kodak Theather com os concorrentes nas categorias principais. Os Coen levaram o prêmio de Roteiro Adaptado e Direção. Não satisfeitos, aind afaturaram a estatueta de Melhor Filme. Onde os Fracos Não tem Vez arrebatou platéias do mundo todo com a história não dos personagens reais, mas de uma personagem abstrata,a violência desencabida que habita cada um de nós secretamente, que foi personificada com Javier Bardem, que obviamente levou o prêmio de ator coadjuvante por seu impressionante Anton Chigurg.
No mais, foi entregue um prêmio honorário a Robert Boyle, diretor de arte há mais de 50 anos, o prêmio de filme estrangeiro foi para a Áustria por The Counterfeiters, soldados americanos no Oriente Médio apresentaram a categoria de melhor Documentário em Curta Metragem, e Michael Moore voltou pra casa chupando o dedo, porque não levou o prêmio de Documentário em Longa Metragem, por SOS Saúde (quem levou foi o favorito Taxi to the dark Side). E ainda teve as piadas impagáveis de John Stuart, o anfitrião da noite. Noite que aliás, vai entrar pra história do Oscar, como uma das premiações mais surpreendentes desses 80 anos de Oscar. Após um ano muito conturbado na indústria do cinema, essa festa foi o sinal de que bons tempos no mundo dos filmes irão chegar.
Filme - Onde Os Fracos Nâo Tem Vez
Direção - Joel e Ethan Coen(Onde os Fracos Não tem Vez)
Ator - Daniel Dae-Lewis (Sangue Negro)
Atriz - Marion Cotillard (Piaf - Um Hino ao Amor)
Ator Coadjuvante - Javier Bardem (Onde os Fracos Não tem Vez)
Atriz Coadjuvante - Tilda Swinton (Conduta de Risco)
Roteiro Original - Juno
Roteiro Adaptado - Onde os Fracos Não tem Vez
Animação - Ratatouille
Figurino - Elizabeth-A Era de Ouro
Maquiagem - Piaf-Um Hino ao Amor
Direção de Arte- Sweeney Todd
Montagem - O Ultimato Bourne
Edição de Som - O Ultimato Bourne
Mixagem de Som - O Ultimato Bourne
Efeitos visuais - A Bússola de Ouro
Canção - "Falling Slowly" (Once)
Trilha Sonora - Desejo e Reparação
Fotografia- Sangue Negro
Filme Estrangeiro - The Counterfeiters
Documentário - Taxi to the Dark Side
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