The Godfather (EUA, Itália, 1972)
De Francis Ford Coppola. Com Marlon Brando, Al Pacino, James Caan, Robert Duvall, Diane Keaton, Talia Shire.
"Não é nada pessoal, são só negócios."
"Eu vou fazer uma oferta que ele não pode recusar".
Alguém pode ter a noção do que significa assistir a "O Poderoso Chefão" em tela grande? Isso nos dias de hoje é mais raro de achar, porque as pessoas que tiveram o privilégio de estar raciocinando na época que viram o filme já não se encontram mais tão disponíveis. A obra é tão emblemática, taão enigmática, tão cinema, que é impossivel descrever a sensação de, em pleno século XXI, era das projeções digitais, assistir a um filme em sua cópia original e um cinemão tradicional, no caso, o Palácio.
Baseado na obra de Mario Puzzo, o filme narra a saga da família Corleone no controle da Máfia Italiana infiltrada nos Estados Unidos. Enquanto Don Vito Corleone comanda como o "padrinho" de toda a comunidade, seus filhos vão tomando os mesmos rumos que o pai, com exceção de Michael, que quer levar uma vida normal. Quando o patriarca sofre um atentado e os "negócios" ficam arruinados, é hora de Michael deixar o orgulho de lado e lutar pela honra de sua família, como um legítimo Corleone.
O filme dispensa apresentações. O Don Vito de Marlon Brando entrou pra história, na sua interpretação mais profunda em todos os seus filmes. Brando está tão natural e tão ele mesmo que é impossível achar que ele está representando. Ele é Don Corleone e isso é inegável. Al Pacino está no seu melhor papel, talvez só igualado em "Scarface". Mario Puzzo assina o roteiro junto com Coppola, que entrega uma direção tão perfeita que chega a fazer chorar. Só mesmo num festival para se ter a honra de assistir a uma copia restaurada e original.
E é só o que eu posso escrever. A emoção de assistir a um filme desses num cinema de verdade. Não posso julgar, não cheguei nesse nível, e pra julgar Marlon Brando você precisa ser Marlon Brando, e isso acho que nunca daria pra mim. Sou um mero espectador que teve a honra máxima da sua vida num festival, que dentre tantas estréias e filmes aguardados do mundo todo, ainda venera um dos maiores clássicos da história.
Nota: Quem sou eu pra dar nota.
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