segunda-feira, 19 de julho de 2010

Encontro Explosivo

Knight and Day
(EUA, 2010) De James Mangold. Com Tom Cruise, Cameron Diaz, Peter Sarsgaard e Viola Davis.

Tom Cruise tem talento, isso é fato. Mas bem mais do que isso, ele é um astro, e astros precisam brilhar de vez em quando. Não á toa seus filmes sempre soam como uma grande autopromoção, a maioria das vezes na ação. É claro que esses veículos também são usados para ele colocar o seu expoente dramático pra fora, vide filmes como "Operação Valquíria" e "O Último Samurai". Porém Cruise brilha mesmo quando ele é levemente colocado de lado da posição de estrela-mor da produção, como em "Magnólia" e "Trovão Tropical". "Encontro Explosivo" é o mais novo exemplar de como Cruise gosta de inflar o seu ego em um filme feito por ele e pra ele. Assim como na série "Missão Impossível" e outros, o destaque é mais para o ator do que para os eventos ocorridos, por mais absurdos que sejam, por mais capaz que Cameron Diaz seja de tirar o foco. Tom Cruise é sempre Tom Cruise.

A bela June precisa voar de volta pra casa por conta do casamento de sua irmã, mas no meio do caminho encontra . O que ela não espera é que ele é um agente secreto que está encarregado de proteger uma bateria de energia infinita e o seu criador. Para proteger June, acaba por colocá-la no meio da confusão e começa a arrastar a moça para todos os cantos do planeta, não só para fugir da agência que ele trabalha, que acha que ele é um traidor, como do traficante espanhol que também está atrás da bateria.


"Encontro Explosivo" não é um filme ruim. É um filme correto. Sem muitas falhas, ele apresenta a ação necessária para o gênero, além das piadas inseridas e a pitada de romance dos protagonistas. Essa mistura de ação com comédia romântica só funciona porque temos no casal principal dois mestres no assunto. O charme de Tom Cruise e Cameron Diaz e a química entre eles são inegáveis. Porém, ser clichê e simplesmente abrir espaço para um Cruise mais abobalhado do que nunca não me parecem ser as razões para se fazer um filme do tipo. "Sr. e Sra. Smith", por exemplo, tinha os mesmos elementos e tirou muito mais o fôlego dos espectadores. Esse é mais um filme de Tom Cruise, o que não quer dizer que seja ruim. Simplesmente cumpre seu papel corretamente: entreter e nos lembrar que o ator é quem é, mesmo que mais fraco. Que venha "Missão Impossível 4".

Nota: 6,5

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