quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Eu, Meu Irmão e Nossa Namorada


Dan in Real Life (EUA 2007)
De Peter Hedges. Com Steve Carrell, Juliette Binoche, Dany Cook, Amy Ryan.

É engraçado como Steve Carrell se coloca facilmente em papéis do tipo"perdedor convicto". Foi assim em "O Virgem de 40 anos", em "Pequena Miss Sunshine" e até em "Agente 86". Pois bem, em "Dan in Real Life" (me recuso a dizer o nome em português além do título) não é diferente. Nessa comédia romântica, o ator prova mais uma vez porque é o comediante mais querido da atualidade e lembra aos grandes de Hollywood que não é preciso efeitos especiais mirabolantes pra se fazer um filme deliciosamente divertido.

Dan é um jornalista que escreve colunas inspiradoras sobre com as pessoas devem levar as suas vidas de uma maneira simples e sem preocupações. Ele mesmo é que parece não ouvir seus próprios conselhos. Viúvo e pai de três meninas (duas adolescentes e uma quase pré-adolescente), ele vai passar uma temporada num encontro de família que sempre acontece, reunindo todos os parentes. Quando resolve dar uma volta pela cidade natal, encontra numa livraria Marie, uma mulher inteligente e sofisticada que chama a sua atenção. Os dois passam uma tarde agradável conversando mas a surpresa acontece quando Marie precisa sair porque é comprometida. Dan passa o caminho de volta pensando na mulher e quando chega em casa tem uma desagradável surpresa: Marie é ninguém menos do que a namorada do seu irmão! Agora, além de lidar com seus problemas familiares ele precisa dar um jeito de conviver com esse novo sentimento que, de certa forma, deveria ser proibido.

O filme tem uma narrativa legal e é todo centrado em Dan. Alguns bons momentos de Danny Cook são logo ofuscados por Steve Carrell. Juliette Binoche está ótima atriz como sempre, mas não sei se seu talento, tão acostumado com filmes mais profundos, como "Caché" e "O Paciente Inglês", fica muito à vontade numa comédia romântica. Parece um grande desperdício. E em dado momento da trama, a mudança de humor do personagem de Dan, de um sujeito legal para um cara grosso e arrogante (perverso às vezes), acontece de forma brusca. Mas todas essas coisas acabam se acomodando bem ao roteiro e a trama segue num tom leve e descontraído.

Nota: 7,5

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