
De José Alvarenga Jr. Com Lília Cabral, José Mayer, Alexandra Richter, Reynaldo Gianeccini, Cauã Reymond, Eduardo Lago.
Depois de presenciar "Se Eu Fosse Você 2" se tornar a maior bilheteria do cinema nacional, imagina-se que seja difícil um longa superar essas expectativas. Depois de "Cidade de Deus" se tornar o maior filme da história do cinema nacional, imagina-se que o padrão do cinema como um todo seja mudado. Pois é, algumas coisas não se tornam tão verdades assim. "Divã" é um exemplo estranho do que o cinema pode se tornar quando levado a sério ao mesmo tempo que pretende divertir. Uma mistura de "Se Eu Fosse Você" com "Cidade de Deus"? Lógico que não, isso é maluquice! Mas é a resposta de que dá pra fazer cinema inteligente e divertido sem herdar gags de televisão como o primeiro e sem ser pretensioso como o segundo.
O filme conta a história de Mercedes, mulher cansada da vida que leva que procura um analista para saber se o problema é com ela ou com as coisas ao seu redor. Depois de se separar do marido, Gustavo, supostamente por uma traição, ela procura nos mais variados ambientes se reinventar e se apaixonar perdidamente por Téo, um bon-vivant que deixa ela no primeiro piscar de olhos e depois por Murilo, um adolescente baladeiro que só quer saber de viver a vida. Sempre apoiada pela amiga, Monica, ela embarca numa jornada para descoberta de si mesmo e das relações humanas, sem saber que as respostas sempre estiveram nela mesma.
Descrição profunda né? "Divã" é uma comédia altamente divertida e, apesar de alguns momentos extremamente melancólicos, comove a plateia e a faz pensar em qual o rumo que suas vidas estão tomando. Lilia Cabral está em um dos melhores papeis de sua carreira (no cinema, com certeza). A edição rápida permite um ritmo acelerado sem nunca cair no marasmo e é apoiado por uma trilha sonora moderna e bacaninha.

Nota: 8,5
2 comentários:
Mais um filme simples do simples Brasil.
Você achou "Cidade de Deus" pretensioso? Conte-me isto!
Postar um comentário