
De Michael Haneke. Com Naomi Watts, Tim Roth, Michael Pitt, Brad Colbert.
Depois de muito esperar, eis que finalmente Violência Gratuita, versão USA, estréia por aqui. São poucos os filmes que despertam tanta expectativa dessa maneira, e talvez o pôster de Naomi Watts chorando tenha sido o responsável imediato, já que prometi assistir a tudo o que Naomi fizer no cinema. Mas depois de já conhecer a sinopse e toda a história de desenvolvimento do filme, posso dizer que já entrei na sala de cinema com medo. Sim, estava com medo. Sabia o que ia acontecer, sabia que a cara de rapazes bem educados de Michael Pitt e Brad Colbert escondiam dois sádicos, mas nem assim deixei de ter medo pelo que iria acontecer.
Violência Gratuita conta a história de um casal e seu filho que vão passar o fim de semana numa casa de férias e são surpreendidos por dois rapazes bem educados e aparentemente santos e tranquilos. Os dois entram na casa e se recusam a sair, é quando começa a tortura dos dois com a família, que passa a ser vítima de jogos sádicos onde está em jogo a vida dos três. Agressões, espancamentos, terror psicológico, piadas com as vítimas e tudo sem a menor explicação. Tudo é mesmo gratuito.
O que diferencia o filme de Haneke de um filme tosco e sem explicações é a maneira como o filme é conduzido. Esse é um remake de uma obra sua de 1997, e todos os padrões do original foram mantidos, com exceção de uma ou outra cena que se adequou ao século XXI. Tudo na casa é branco, talvez para se contrastar com a violência que se instala no lugar. O filme tem planos longos, mas possivelmente para atraira a tenção do expectador para alguma coisa que possa acontecer. E acontece, o sofrimento de cada um dos personagens é acompanhado de perto em longas sequencias sem cortes, sobretudo quando (... censurado...).
OBS: Um detalhe importante e incrivelmente interessante do filme é o fato de o personagem de Michael Pitt vez ou outra olhar para a câmera e conversar com o espectador na sala de cinema. Medo...
Nota: 8,5