Mês passado foi anunciado o fim da revista SET, já que o grupo editorial que a publicava, a Editora Peixes, estaria indo pras cucuias. Imagina com que pesar essa notícia não recaiu sobre o meu coração de cinéfilo/jornalista/cinéfilo? Pra quem não sabe, porque não convive comigo diariamente, o simples fato de a SET ter existido´ajudou a consolidar essa paixão desgramada por filmes.

A turma encabeçada por Roberto Sadovski fez de um tudo nessa revista e a transformou na mais conceituada revista de cinema do país e uma das melhores do mundo. Praticamente um sonho de consumo trabalhar lá. Pobre mortal. A verdade é que a SET já estava condenada há algum tempo e não por causa da qualidade ou por ser de um público segmentado. Como todo bom jornalista sabe, o impresso está condenado. Como disse o Pablo Vilhaça do Cinema em Cena - cujo curso estou ainda estupefato comigo mesmo de não ter feito - vários fatores estão contribuindo (economia, praticidade, ecologia). Isso vale para o jornal, para as revistas e isso inclui a SET também. Mas o fato de a SET estar viva me motivava a pensar que ainda havia esperança para o jornalismo impresso. Bom, esperança há, nem tudo está perdido e pode ser que o papel ganhe mesmo uma sobrevida. Nem todo mundo acredita no fim do jornal de papel, até porque boa parte da população (leia-se quase todo mundo) precisa desse veículo para se manter informado.
Bom, não sou teórico do jornalismo para pensar no fim do papel, embora seja inevitável falar disso. E nem é essa a ideia do post. A ideia é falar sobre essa revista, que compôs cada minuto da minha vida (desde 2004 hehe) e alimentou o sonho de se fazer jornalismo cinematográfico (se é que esse é o termo certo). Ora, só estou hoje escrevendo sobre cinema por causa dela! Meu estilo de escrever é bem parecido com o que eu lia na SET e, aos poucos, vou adaptando isso para o CINEMARCOS e para o CINEMA COM RAPADURA.
Não faltaram bons momentos com a revista. Lembro de muitos editoriais do Sadovsky, das piadas infames do "Respondedor de Cartas" ( que poderia ser revelado, já que essa formação da revista acabou") e das críticas né, como sempre. Discordava muito de várias coisas, mas acabei incorporando a visão da revista para formar a minha própria. E as matérias? Pensava eu," um dia estarei no set de filmagens de 'O Neto de Indiana Jones' ou 'A Lista de Schindler Reloaded (Não necessariamente nesses títulos rs)". Ou quem sabe eu consiga testemunhar o lançamento de "Mulher Maravilha"? Nada é impossível.

Separo aqui 4 revistas de importância imprescindível para mim nesses anos de coleção de SET.
- A já citada n° 208 de outubro de 2004, a minha primeira, com o Jude Law na capa e o filme "Capitão Sky e o Mundo de Amanhã"



No mais, vamos esperar para ver os novos (e talvez derradeiros) passos de SET. Fã que é fã sempre espera. E eu espero o melhor.
2 comentários:
Eu gosto da SET e um mês sem a revista parece que não foi um mês completo, gosto bastante dos textos e a acessibilidade que a revista tem com os gigantes do cinema, apesar de ser imparcial com certos assuntos e diretores e a obrigatória atenção ao cinema pipoca.
abraço!
Leio a SET, desde novembro de 2002. Na comunidade da Nova SET no orkut o novo editor mantém os leitores informados sobre a revista.
A edição de maio virou Maio/junho, e deve chegar até o dia 6 nas bancas. E a promessa é normalizar publicação em Julho p/ começar o 22º ano da revista com o pé direito.
O Sadovski (escrevi certo?) não trabalha mais na SET, ele tem seu proprio blog. Coloca o nome do cara do St. Google que vc acha.
Pelo que sei da história da revista, ela ja passou por algumas dificuldades antes. Acho que supera essa mesmo com tanta turbulencia.
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