Reli as minhas críticas de filmes
anteriores. Exaltei “Crepúsculo”, que para mim é o melhor filme dos quatro
produzidos. “Lua Nova” apresentou os lobisomens e deu certa continuidade ao
primeiro. “Eclipse” derrapou sim em algumas coisas, mas não chega a ser tão
ruim como eu havia dito aqui. Digo isso porque pode parecer muita contradição
eu ter gostado tanto do primeiro filme e as minhas impressões irem decaindo ao
longo das produções. Isso se dá porque, ao longo dos anos, a minha própria
percepção com relação aos filmes e à escrita cinematográfica mudou. Minha ótica sobre o livro “Crepúsculo”, quando o li a primeira vez,
é diferente de quando li “Amanhecer”. Apesar de gostar da leitura, nunca
discordei que Stephenie Meyer escreve como uma adolescente. Apesar disso, a
aura que ela cria nos personagens funcionou para inebriar esses mesmos
adolescentes que ela almeja – coisa que eu mesmo era quando o primeiro livro
foi lançado.
Já com os filmes, é diferente. É outra linguagem, mesmo que
seja a mesma história. Cada diretor foi único em sua produção e sem dúvida
imprimiu sua marca nos filmes. A Summit, de olho no dinheiro que eles iriam
trazer, é que forçou a mão enchendo o filme de efeitos e elementos visuais
(leia-se Taylor Lautner sem camisa) e esqueceu-se de acertar o roteiro. Confiou
demais na legião de fãs e se apoiou na fama de arrasa-quarteirão para entregar
histórias que melhoraram na qualidade, mas decaíram no conteúdo. E é assim que
percebo a saga: uma saga acomodada em fãs. Claro, o fato de “Amanhecer” ser um
tanto mais sem graça que os outros é culpa também do diretor. Embora a
principal culpada mesmo seja Stephenie Meyer, que anos depois de escrever “Crepúsculo”,
escreveu o desfecho da história de forma simplista, preguiçosa e ruim. Desfecho
esse que o público vai esperar um ano para conferir nas telonas.
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