terça-feira, 9 de junho de 2009

A Mulher Invisível


9/junho/2009

A Mulher Invisível (Brasil, 2009)
De Cláudio Torres. Com Selton Mello, Luana Piovani, Vladimir Brichta, Maria Manoella, Paulo Betti e Fernanda Torres.

O cinema brasileiro não ganha muito mais com A Mulher Invisível, filme do diretor Cláudio Torres (Redentor, A Mulher do Meu Amigo). Mas uma coisa não se pode negar. A qualidade dos filmes está realmente aumentando, isso na parte técnica. Nesse quesito, A Mulher Invisível não fica muito atrás de produções americanas do gênero como os recentes Ele Não está Tão A Fim de Você e Um Louco Apaixonado, por exemplo. Agora, o roteiro, hum, esse precisa mesmo de uma atenção especial. As piadas são fracas, apesar de algumas situações engraçadas.

Pedro é um controlador de tráfego que é abandonado pela mulher após 6 anos de casamento. Enquanto isso, sua vizinha Vitória perde o grotesco marido em um enfarto fulminante. Vitória espiona a vida de Pedro ano após ano, escutando através da parede. Após ser abandonado, Pedro entra em um estado catatônico e paranóico, perdendo seu emprego e sua vida social. Até que aparece Amanda, outra vizinha sua, e ambos se apaixonam na hora. Ela é a mulher perfeita, bonita, gostosa, prendada, entre outras qualidades. Enquanto Pedro vive sua intensa relação, os amigos começam a desconfiar de seu estado mental, porque, afinal, Amanda não existe! É uma invenção da mente de Pedro. Agora, como provar pra ele que ela nao existe? Como fazer Amanda ir embora, já que a moça insiste em atormentá-lo? E como Vitória, que ama Pedro em segredo, vai conseguir chamar a atenção dele com uma concorrência tão desleal?

Apesar de muitos momentos engraçados, quase todos concedidos por Fernanda Torres, A Mulher Invisível não funciona. O fraco roteiro não se sustenta e chega a enrolar em muitos momentos. A ideia é boa, a premissa inteligente, mas falta algo mais. Selton Mello, um dos maiores do novo cinema nacional, parece pouco à vontade no papel. Já Luana Piovani está muuuuuito à vontade no papel, já que o filme é um veículo para autopromoção dela mesma. Ia dar destque para Maria Manoella (de Nossa Vida Não Cabe Num Opala), mas pensei melhor. Ela convence como a vizinha sem graça, mas não como a atirada nem muito menos esposa de um cafajeste. E olha que sua personagem Vitória, é a verdadeira Mulher Invisível do filme. Vladimir Brichta também é engraçado mas fica meio perdido na situação toda. Não fosse Fernanda Torres, o programa seria válido, mas esquecível. O filme não é de todo ruim, mas fica muito aquém do desejado, depois do ótimo Divã. A dupla Selton/Luana deve garantir a boa bilheteria. Devemos ver Selton Mello com um desempenho melhor em Jean Charles, que chega aos cinemas dia 26 de junho.

Nota: 6

Um comentário:

Anderson Siqueira disse...

Acabei de chegar do cinema. Achei fraco, salvo as atuações e a trilha sonora. O roteiro é atrapalhado, cheio de clichês, machista e monótono.

NOTA (0 a 5): 3
***