Tudo bem que o nosso "verão" é só no final do ano, mas o verão a que estou me referindo é o americano, o período em que os principais blockbusters chegam aos cinemas e "arrasam o quarteirão", na tradução literal. Claro que esse período nas salas dos Estados Unidos é diferente do nosso. Por exemplo, uma das apostas de lá foi a animação "Up - Altas Aventuras", da Pixar, que ainda não estreou por aqui. Mas ultimamente as produções estão saindo-se bem em estreias mundiais simultâneas e cheam ao Brasil no mesmo dia. Vamos ver como foi esse verão nos cinemas, e, temos que admitir, o do ano passado foi bem melhor.
X-Men Origens: Wolverine - Reuniram um arsenal inteiro de fatos sobre o personagem que eu duvido tenha cabido numa série inteira de HQ's. Por conta disso, e dos inúmeros efeitos especiais (esses sim de fazer saltar os olhos), a montagem do filme é absurda e nem sequer respeita alguma continuidade. A estrela do filme, Jackman,parece querer carregar o filme inteiro nas costas, pouco se importando com a história dos outros mutantes. Se não queria que eles aparecessem, pra que mostrou? Sem falar que dessas muitas "origens",nada fica muito claro sobre ninguém.
Star Trek - O filme é bem dirigido e tem efeitos de tirar o fôlego. Mesmo sem conhecer os personagens da série clássica, acredito eu que a iagem de nenhum deles tenha sido comprometida, e mais, posso dizer que presenciei pessoas chorando no cinema ao verem o Spock original de Leonard Nimoy recitando a abertura clássica ao fim do filme.
Anjos e Demônios - Ron Howard faz um bom trabalho conduzindo o filme, que é superior ao primeiro, mas é incrivelmente previsível até pra quem não conhecia a história. Poucas surpresas e pouco suspense, mas o mais atraente mesmo são as ações que se desenvolvem dentro do Vaticano durante o Conclave, o processo de eleição do novo Papa e a oposição de fé e ciência dentro do filme e da cabeça de Langdon, que acaba sendo o bode expiatório do espectador.
Uma Noite no Museu 2 - Contando com os mesmos diretores e roteiristas do primeiro longa, esta sequência esquece o pequeno detalhe do argumento utilizado não ser mais uma novidade e, assim, torna-se mais uma boba e vazia continuação de cinema, embora tenha ido muito bem nas bilheterias...
Heróis - É tudo meio confuso, não se sabe de onde eles vieram, para onde vão, quem são, o que é e o que está na mala, porque é importante e outras perguntas que não são respondidas. Apesar de tudo o filme é ligeiramente interessante, sobretudo pelo ritmo acelerado. Mas os efeitos parecem que saíram de algum episódio dos Power Rangers e só servem pra confundir mais ainda .
A Mulher Invisível - Apesar de muitos momentos engraçados, quase todos concedidos por Fernanda Torres, A Mulher Invisível não funciona. O fraco roteiro não se sustenta e chega a enrolar em muitos momentos. A ideia é boa, a premissa inteligente, mas falta algo mais. Selton Mello, um dos maiores do novo cinema nacional, parece pouco à vontade no papel. Já Luana Piovani está muuuuuito à vontade no papel, já que o filme é um veículo para autopromoção dela mesma.
O Exterminador do Futuro: A Salvação - O bom de T4 são mesmo os efeitos, de primeiríssima. A cada momento, uma explosão ou algo cheio de ação. O visual apocalípticodo que a Terra se tornou após o domínio da Skynet é muito legal. A mitologia da série é bem presente e fiel a todo o original mas fica tudo por aí.
Intrigas de Estado - O que impressiona é a naturalidade com que o clima de redação de jornal nos dias atuais passa para o espectador. Talvez para as pessoas comuns não faça muita diferença, mas para quem quer ser jornalista de verdade um dia, vale muito. Tudo funciona muito bem na tela, a relação de Russel Crowe com Rachel McAdams na corrida por uma boa história, escândalos políticos envolvendo grandes corporações, a crise do impresso e Hellen Mirren como uma Miranda Priestly sem Prada, mais amigável e bem mais realista.
Trama Internacional - Clive Owen correndo pra cima e pra baixo e uma Naomi Watts incrivelmente vulnerável. Bom clima de espionagem, mas o melhor mesmo da história é o tiroteio que destruiu uma réplica idêntica do Museu Guggenheim.
Transformers: A Vingança dos Derrotados - Não é preciso ser genio pra adivinhar que o filme tem explosões, lutas, batidas e muitos efeitos especiais. O problema é que Michael Bay mandou ver nos efeitos e desprezou a história toda, fazendo com que ela fique confusa e perdida às vezes. Personagens secundários toscos (os gêmeos e o carrinho decepticon) e uma precariedade de alguns efeitos sonoros contribuem para a imagem ruim.
A Era do Gelo 3 - Assistir à "A Era do Gelo 3" foi uma das experiências mais divertidas que tive com animações no cinema. Não lembro de nenhum outro filme que me deixasse com a sensação de que acabei saindo da sala de projeção com uma diversão acima do esperado.
A Proposta - Apesar de ser gritante de tão óbvio - a cena inicial, da entrada de Margaret no escritório, é toda "O Diabo Veste Prada" - "A Proposta" é muito divertido, do começo ao fim. Bullock e Reynolds, além de todo o elenco complementar, sustentam muito bem todas as piadas.
Harry Potter e o Enigma do Príncipe - Pensa só. Você é um diretor/roteirista com um livro imenso nas mãos para ser adaptado. Tem uma grande história a ser contada e detalhes que não podem ser ignorados, pois implicam no desfecho de uma trama que dura mais de dez anos. E os próximos filmes vão precisar de tanta atenção, que nunca mais haverão espaços para comédia ou romance de novo. Acho que até mesmo J.K. Rowling pensou nisso quando escreveu o livro. Por isso, acho até meio injusto tanta revolta de fãs sedentos por uma cópia fiel de "O Enigma do Príncipe". Se eu gostaria de mais batalhas, como a memorável batalha final do livro? Sim, mas me diz se, em toda a série, você viu o Quadribol tão legal de assistir. Se eu gostaria que as ameaças de Dumbledore aos Dursley estivessem lá? Claro, mas vê como é legal assistir aos momentos de Harry e Gina. E Draco Malfoy? Não é o melhor momento dele, em toda a saga Harry Potter?
Inimigos Públicos - Johnny Depp se esforça até a alma pra carregar esse filme nas costas, que tem seus bons momentos, mas não consegue se vender. É cansativo, confuso e tem um clima esquisito. Apesar de que Marion Cotillard está muito bem no seu papel.
G.I. Joe - A Origem de Cobra - O longa tem uma ação rápida e que não deixa nem um segundo para o espectador respirar. Grandes cenas de ação que se arrastam por todo o filme, com incríveis efeitos especiais - só para citar um exemplo, a perseguição em Paris que os Joe fazem atrás dos Cobra, culminando na destruição da Torre Eiffel é demais!
Top 10 do verão:
1 A Era do Gelo - 9,0
2 Star Trek - 9,0
3 G.I. Joe - 9,0
4 Intrigas de Estado - 9,0
5 Harry Potter - 8,5
6 A Proposta - 8,5
7 Trama Internacional -8,0
8 Exterminador do Futuro -7,5
9 Anjos e Demônios, 7,0
10 Inimigos Públicos - 7,0
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